Ordenação

Tipo de Verbete

Filtros

Áreas de Expressão
Artes Visuais
Cinema
Dança
Literatura
Música
Teatro

Período

A Enciclopédia é o projeto mais antigo do Itaú Cultural. Ela nasce como um banco de dados sobre pintura brasileira, em 1987, e vem sendo construída por muitas mãos.

Se você deseja contribuir com sugestões ou tem dúvidas sobre a Enciclopédia, escreva para nós.

Caso tenha alguma dúvida, sugerimos que você dê uma olhada nas nossas Perguntas Frequentes, onde esclarecemos alguns questionamentos sobre nossa plataforma.

Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Carlos Bracher

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 26.12.2016
19.12.1940 Brasil / Minas Gerais / Juiz de Fora
Reprodução fotográfica Iara Venanzi/Itaú Cultural

Rua, Ladeira e Igreja São José, 1982
Carlos Bracher
Óleo sobre tela, c.i.d.
59,60 cm x 80,00 cm

Carlos Bernardo Bracher (Juiz de Fora, Minas Gerais, 1940). Pintor, desenhista, escultor, gravador. Frequenta a Sociedade de Belas Artes Antônio Parreiras, em Juiz de Fora, Minas Gerais, por volta de 1959. Entre 1965 e 1966, em Belo Horizonte, é aluno de Fayga Ostrower (1920-2001) na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estuda técnicas d...

Texto

Abrir módulo

Biografia
Carlos Bernardo Bracher (Juiz de Fora, Minas Gerais, 1940). Pintor, desenhista, escultor, gravador. Frequenta a Sociedade de Belas Artes Antônio Parreiras, em Juiz de Fora, Minas Gerais, por volta de 1959. Entre 1965 e 1966, em Belo Horizonte, é aluno de Fayga Ostrower (1920-2001) na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estuda técnicas de mural e de mosaico com Inimá de Paula (1918-1999), na Escola Municipal de Belas Artes. Em 1967, recebe o prêmio de viagem ao exterior do Salão Nacional de Belas Artes (SNBA) do Rio de Janeiro. Vai para a Europa, fixa-se principalmente em Paris e Lisboa, estuda pintura e expõe em galerias locais. Retorna ao Brasil em meados de 1970 e reside em Ouro Preto, Minas Gerais. Em 1989, é realizada a exposição retrospectiva de seus 30 anos de trabalho, intitulada Pintura Sempre, em São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte. No ano seguinte, pinta uma série de quadros em homenagem ao centenário da morte do pintor holandês Vincent van Gogh (1853 - 1890), que é exposta em várias galerias e museus no Brasil e no exterior. São editados vários livros sobre sua obra, entre eles, Bracher, do crítico Olívio Tavares de Araújo, pela editora Métron, em 1989, e Bracher: Do Ouro ao Aço, pela editora Salamandra, em 1992.

Análise
Nos anos 1960, ainda em período de formação - quando estuda com Fayga Ostrower, na UFMG -, Carlos Bracher pinta, predominantemente, as igrejas barrocas e o casario colonial mineiro. Cria imagens que são muitas vezes submetidas a grandes deformações, aproximando-se do expressionismo, como no quadro Igreja da Glória, 1965, no qual utiliza pinceladas largas e matéricas. Já no fim daquela década, suas obras indicam a admiração pelo cubismo, como se observa em Ouro Preto Noturna, 1968, que apresenta grande simplificação formal. Bracher substitui a pincelada solta por outra mais impessoal, criando superfície lisas, valorizando as linhas de contorno e a definição quase escultórica das formas, com o predomínio de uma gama cromática constituída por tons frios.

Como nota o crítico Olívio Tavares de Araújo, Bracher apresenta uma visão dramática da paisagem mineira. Também as paisagens do Rio de Janeiro e São Paulo são marcadas por essa dramaticidade, conferida principalmente pela gama cromática densa e escura, como em Estação da Luz, São Paulo, 1989, na qual a pincelada volta a ser larga e gestual. Ao longo de sua carreira, o artista tem, como tema freqüente, a paisagem e dedica-se ao "dramático e mágico exercício de compreendê-la".

Obras 29

Abrir módulo

Exposições 192

Abrir módulo

Fontes de pesquisa 17

Abrir módulo
  • 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989.
  • BRACHER, Carlos. Carlos Bracher. Curitiba: Simões de Assis Galeria de Arte, 1987.
  • BRACHER, Carlos. Carlos Bracher. Rio de Janeiro: Galeria Bonino, 1989.
  • BRACHER, Carlos. Carlos Bracher. São Paulo: Sadalla Galeria de Arte, 1989.
  • BRACHER, Carlos. Carlos Bracher: homenagem a Van Gogh. Belo Horizonte : Museu de Arte de Belo Horizonte, 1990.
  • BRACHER, Carlos. Carlos Bracher: pintura sempre. São Paulo: MASP, 1989.
  • BRACHER, Carlos. Marinhas. Belo Horizonte : Matiz Arte Galeria, 1987. 241 p. il. p. b. , foto.
  • BRACHER. Apresentação Moacyr Laterza, Ferreira Gullar, Olívio Tavares de Araújo. São Paulo: Métron, 1989. 176p.
  • BRACHER. Apresentação Moacyr Laterza, Ferreira Gullar, Olívio Tavares de Araújo. São Paulo: Métron, 1989. 176p.
  • Carlos Bracher, Fani Bracher, Inimá de Paula, Ivan Masquetti, Fernando Pacheco. Belo Horizonte: Nuance Galeria de Arte, 1995.
  • FANI e Carlos Bracher: duas vezes Minas. Curadoria Frederico Morais; tradução Ana Maria Barreiros. Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil, 1996.
  • LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988.
  • LOUZADA, Maria Alice do Amaral. Artes Plásticas Brasil 2000. São Paulo: Júlio Louzada, 1999. v. 12.
  • ORSINI, Elisabeth. O calor de telas moldadas a ferro e fogo. Jornal O Globo, Rio de Janeiro, 5 de jun. de 1996.
  • OSÓRIO, Ticiano. A Outra Face de Carlos Bracher. Jornal Zero Hora, Porto Alegre, 7 de nov. de 1996.
  • PONTUAL, Roberto. Arte brasileira contemporânea: Coleção Gilberto Chateaubriand. Tradução Florence Eleanor Irvin, John Knox. Rio de Janeiro: Edições Jornal do Brasil, 1976.
  • SALÃO DE ABRIL, 46., 1995, Fortaleza, CE. 46º Salão de Abril. Fortaleza: Fundação Cultural de Fortaleza, 1995.

Como citar

Abrir módulo

Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: