Ordenação

Tipo de Verbete

Filtros

Áreas de Expressão
Artes Visuais
Cinema
Dança
Literatura
Música
Teatro

Período

A Enciclopédia é o projeto mais antigo do Itaú Cultural. Ela nasce como um banco de dados sobre pintura brasileira, em 1987, e vem sendo construída por muitas mãos.

Se você deseja contribuir com sugestões ou tem dúvidas sobre a Enciclopédia, escreva para nós.

Caso tenha alguma dúvida, sugerimos que você dê uma olhada nas nossas Perguntas Frequentes, onde esclarecemos alguns questionamentos sobre nossa plataforma.

Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Anésia Pacheco e Chaves

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 04.08.2019
1931 França / Ile de France / Paris
Anésia Pacheco e Chaves (Paris, França 1931). Pintora, desenhista, escultora, gravadora, escritora. Muda-se com a família para o Brasil, aos quatro anos de idade, e fixa residência em São Paulo. Inicia o aprendizado artístico nos cursos e ateliês de Anita Malfatti (1889-1964), Di Cavalcanti (1897-1976) e Livio Abramo (1903-1992), e participa do ...

Texto

Abrir módulo

Biografia

Anésia Pacheco e Chaves (Paris, França 1931). Pintora, desenhista, escultora, gravadora, escritora. Muda-se com a família para o Brasil, aos quatro anos de idade, e fixa residência em São Paulo. Inicia o aprendizado artístico nos cursos e ateliês de Anita Malfatti (1889-1964), Di Cavalcanti (1897-1976) e Livio Abramo (1903-1992), e participa do Atelier-Abstração. Em 1952, viaja para Paris, frequenta a Académie de la Grande Chaumière e faz o curso de história e crítica de arte na escola do Museu do Louvre. Na capital francesa, também estuda com Fernand Léger (1881-1955) e André Lhote (1885-1962). Participa da Bienal Internacional de São Paulo em 1953, 1957 e 1959. De volta ao Brasil, na década de 1960, dedica-se prioritariamente à pintura, cujos resultados são expostos em individual na galeria Atrium, em São Paulo, em 1965. Expõe na Bienal de Veneza, em 1978, e na Bienal Internacional de São Paulo, em 1989, ocupa uma sala especial com o trabalho Abandonando as Bagagens. Representa o Brasil na Exposição Internacional Poesia Visual, na Itália, em 1974. A partir de 1970, fortalece sua atividade de escritora e crítica e, entre 1978 e 1985, escreve sobre arte, cultura e feminismo no jornal Folha de S.Paulo. Realiza um audiovisual com base em seus livros-obras Cadernos de uma Mulher, em 1981. Publica os livros E Agora, Mulher?, em 1986, Cadernos, 1993, Rolos, 1997, Manchas, 1999, Objetos Ansiosos: Ensaios, 2001, entre outros.

 

Análise

A obra de Anésia Pacheco e Chaves localiza-se nas interseções do desenho, da pintura e da literatura, sobretudo da poesia. As inscrições no papel são antes de mais nada formas e grafismos. O próprio papel oscila entre o suporte e o objeto, apresentado de diversos modos: folhas planas, enroladas, amarradas, transformadas. A artista confere ao livro o estatuto de obra de arte; não "livro de arte", mas "livro-arte", objeto artesanal para ser visto, lido, manuseado, experimentado. As palavras escritas entram nas pinturas em 1972 e nunca mais são abandonadas. Os livros-obras, por sua vez, são realizados a partir de 1975. Neles, encontram-se desenhos, colagens, pinturas, gravuras e textos. "Os cadernos tornam possível jogar com o texto escrito e, ao mesmo tempo, com a imagem. Gosto disso, da ambiguidade. O que ilustra o quê? A imagem, o texto ou o texto, a imagem?" Mas o livro de Anésia Pacheco e Chaves não por acaso se intitula "caderno", lugar de anotações, de inscrições e de registros de vários tipos. O caderno guarda proximidade com o "diário" pelo tom confessional que possui. Forma aberta por natureza, traz consigo o sabor de obra em construção, de ensaio que, nesse caso, combina matéria artística e reflexiva. Em suas palavras: "O livro de artista tem um vínculo inegável com uma expressão feminina, o diário íntimo. Por isso encontramos, desde seu início, a presença de mulheres-artistas na sua criação, sem que isto exclua artistas-homens".

 

Exposições 74

Abrir módulo

Fontes de pesquisa 14

Abrir módulo
  • 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989.
  • BIENAL INTERNACIONAL DE SÃO PAULO, 20., 1989, São Paulo, SP. Catálogo geral. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1989. v. 1.
  • CHAVES, Anésia Pacheco e. Cadernos, 2. São Paulo: Miró, [2009].
  • CHAVES, Anésia Pacheco e. Cadernos. Tradução Rozanne M. de C. Leite Zachetti, Paulo Latez. São Paulo: Árvore da Terra, 1993.
  • CHAVES, Anésia Pacheco e. E agora, mulher? Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.
  • CHAVES, Anésia Pacheco e. Manchas. Tradução Maryvone Petorelli. São Paulo: Árvore da Terra, 1998.
  • CHAVES, Anésia Pacheco e. Perdição: ensaios. São Paulo: Árvore da Terra, 2003.
  • CHAVES, Anésia Pacheco e. Rolos. São Paulo: Árvore da Terra, 1996.
  • CHAVES, Anésia Pacheco e. Sem nome: ensaios. São Paulo: Edição do Autor, 2004.
  • DICIONÁRIO brasileiro de artistas plásticos. Organização Carlos Cavalcanti e Walmir Ayala. Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1973-1980. 4v. (Dicionários especializados, 5).
  • PANORAMA DE ARTE ATUAL BRASILEIRA, 1971, São Paulo, SP. Panorama de Arte Atual Brasileira 1971: desenho, gravura. São Paulo: MAM, 1971.
  • PANORAMA DE ARTE ATUAL BRASILEIRA, 1974, São Paulo, SP. Panorama de Arte Atual Brasileira 1974: desenho, gravura. São Paulo: MAM, 1974.
  • POÉTICAS visuais. São Paulo: MAC/USP, 1977.
  • ZANINI, Walter (org.). História geral da arte no Brasil. São Paulo: Fundação Djalma Guimarães: Instituto Walther Moreira Salles, 1983. v. 1.

Como citar

Abrir módulo

Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: