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Enciclopédia Itaú Cultural
Música

Benjamim de Oliveira

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 23.08.2024
11.06.1870 Brasil / Minas Gerais / Pará de Minas
03.05.1954 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro
Reprodução fotográfica Acervo Família Benjamin de Oliveira

Benjamim de Oliveira, aos 80 anos, 1950
Celidônio Mazzei, Benjamim de Oliveira
Acervo Família de Benjamim de Oliveira

Benjamim Oliveira (Pará de Minas, Minas Gerais, 1870 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1954). Palhaço, ator, cantor, instrumentista e compositor. Benjamim é um dos responsáveis pela difusão do circo-teatro no Brasil, mesclando o ambiente e técnicas circenses com adaptações de clássicos da dramaturgia.

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Benjamim Oliveira (Pará de Minas, Minas Gerais, 1870 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1954). Palhaço, ator, cantor, instrumentista e compositor. Benjamim é um dos responsáveis pela difusão do circo-teatro no Brasil, mesclando o ambiente e técnicas circenses com adaptações de clássicos da dramaturgia.

Benjamim, filho de Malaquias Chaves, capataz de fazenda, e de Leandra de Jesus, escravizada na mesma fazenda, nasce alforriado e aos 12 anos foge pela primeira vez com o Circo Sotero. Antes de fugir, exerce diversos trabalhos, como candeeiro, guarda-freio e vendedor de bolos para o público que frequenta o Sotero, onde tem seu primeiro contato com o universo circense.

É no Sotero que aprende suas primeiras acrobacias e técnicas de trapézio com o mestre Severino de Oliveira, de quem adota o sobrenome na vida artística. Três anos depois, foge novamente, possivelmente devido à discriminação racial e agressões sofridas.

Benjamim trabalha em alguns circos pelo interior de Minas Gerais e São Paulo, até que consegue um trabalho remunerado como acrobata no circo do norte-americano Jayme Pedro Adayme, na cidade paulista de Mococa. Aos 20 anos, substitui o palhaço da companhia, marcando seu início nesse papel. Sem experiência, em suas primeiras apresentações é vaiado e criticado pelo público.

Após se firmar como palhaço, passa por outras companhias circenses até 1892, quando começa a trabalhar para o circo do português Manoel Gomes, conhecido como Comendador Caçamba. Nesse momento, Benjamim já é reconhecido pela crítica por sua atuação como palhaço. É com o circo de Comendador Caçamba que chega ao Rio de Janeiro e passa a ter seu trabalho admirado por importantes figuras públicas da época, entre elas, o Marechal Floriano Peixoto (1839-1895), então presidente da recém-proclamada República brasileira.

A partir de 1896, Benjamim atua no circo Spinelli e passa as primeiras décadas do século XX gravando cançonetas, lundus e modinhas, totalizando seis discos pela Columbia Records entre 1907 e 1912. Nesse período, estampa os materiais de divulgação da companhia por seu reconhecimento do público e da crítica.

Ainda atuando no Spinelli, é um dos responsáveis pela introdução do circo-teatro no Rio de Janeiro. Além disso, canta e toca violão nos entreatos, especialmente composições de seu amigo Catulo da Paixão Cearense (1863-1946). A atuação de Benjamim marca uma revolução no circo brasileiro, ao introduzir outras linguagens artísticas, contribuindo para a divulgação de importantes composições e textos para o grande público. 

Lembrado como importante nome por representantes do teatro brasileiro, como o ator Procópio Ferreira (1898-1979), Benjamim enfrenta dificuldades financeiras após encerrar sua carreira no circo, em 1940, o que mobiliza artistas e intelectuais, como o escritor Jorge Amado (1912-2001), em uma campanha para que receba auxílio financeiro do governo federal, aprovado apenas sete anos depois de sua aposentadoria.

Mesclando modos de interpretar e incorporando a música em sua atuação, Benjamim de Oliveira particulariza o modo de fazer circo de lona no país, levando para as grandes capitais a estética típica dos espetáculos do interior, aliada a textos conhecidos nos palcos de grandes companhias teatrais.

Obras 6

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Exposições 2

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Mídias (1)

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O circo-teatro e o artista nato – Ocupação Benjamim de Oliveira
Erminia Silva, Maurício Tizumba e Wildson França comentam o circo-teatro e a formação de Benjamim, que tinha um conhecimento geral de artes e desempenhava diferentes tarefas: escrevia, compunha músicas, atuava, era protagonista. Tizumba e França falam ainda do racismo estrutural com que Benjamim convivia e ainda hoje convive – por um apagamento de sua história.

A 54ª "Ocupação Itaú Cultural" apresenta a vida e a obra de um dos mais importantes artistas circenses do Brasil, Benjamim de Oliveira. Esta "Ocupação" – a primeira a homenagear um artista circense – apresenta a família e a carreira de Benjamim, assim como representa o circo no Brasil entre o final do século XIX e o começo do XX.

Acesse o site da "Ocupação Benjamim de Oliveira": https://www.itaucultural.org.br/ocupacao/benjamim-oliveira/

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Interpretação em Libras: FFomin Acessibilidade e Libras (terceirizada)
Trilha sonora: "The romantic side of the looney cat", piano version, de Ziv Grinberg/(Artlist)

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Fontes de pesquisa 7

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