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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Helouise Costa

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 05.11.2024
03.02.1960 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro
Helouise Lima Costa (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1960). Curadora, pesquisadora, professora universitária. É um dos principais nomes em pesquisa e curadoria de fotografia no Brasil, com ênfase em fotografia moderna e fotojornalismo. Dedica-se também a estudos sobre museus, história das exposições e história da curadoria.

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Helouise Lima Costa (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1960). Curadora, pesquisadora, professora universitária. É um dos principais nomes em pesquisa e curadoria de fotografia no Brasil, com ênfase em fotografia moderna e fotojornalismo. Dedica-se também a estudos sobre museus, história das exposições e história da curadoria.

Gradua-se em arquitetura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1983. Em 1985, é contemplada com uma bolsa no concurso Cultura e Arte no Brasil: Tradição e Ruptura, realizado pela Fundação Nacional de Artes (Funarte). Com a bolsa, desenvolve o projeto de pesquisa Abstratos e Geométricos: a Fotografia Moderna no Brasil, que tem como objetivo estudar a instauração da fotografia moderna no ambiente fotoclubista. Essa pesquisa é publicada no livro A Fotografia Moderna no Brasil (1995).

De 1990 a 1993 atua no Projeto de Preservação do Acervo Iconográfico do Arquivo do Estado de São Paulo, com uma pesquisa sobre o jornal Última Hora.

Conclui mestrado em artes pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP) em 1994, defendendo uma dissertação sobre as origens do fotojornalismo no Brasil. O texto apresenta a história de O Cruzeiro, principal revista ilustrada brasileira do século XX. Com o título Aprenda a Ver as Coisas: Fotojornalismo e Modernidade na Revista O Cruzeiro, a pesquisa estabelece relações entre a arte de vanguarda e o fotojornalismo. Nela, Helouise explica que a renovação deste resulta do diálogo com as artes plásticas.

Participa de um grupo de estudos sobre fotografia, organizado pela professora Annateresa Fabris (1947), em 1989, que resulta no livro Fotografia: Usos e Funções no Século XIX. Após o mestrado, participa de processo seletivo para ingressar como professora no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP). Sua formação como arquiteta e pesquisadora permite que desenvolva projetos de pesquisa e exposições, e também atue como docente.

Em 1999, conclui o doutorado em arquitetura e urbanismo pela USP com a tese Um Olho que Pensa: Estética Moderna e Fotojornalismo. O estudo concentra-se no trabalho do fotógrafo francês Jean Manzon (1915-1990) para a revista O Cruzeiro entre 1943 e 1951, e assinala a contribuição do fotojornalismo europeu no Brasil para a construção de uma identidade nacional. 

Realiza concurso de livre-docência pelo MAC USP, em 2009, com o tema Da Fotografia como Arte à Arte como Fotografia – Reflexões sobre Curadoria e Museu, em que aponta o processo de legitimação da fotografia no sistema das artes no Brasil.

Com o trabalho de curadoria do acervo do MAC USP, realiza exposições que contribuem para o pensamento sobre fotografia, arte e história. Destaca-se a mostra Imagens Aprisionadas: a Foto/Objeto em Farnese de Andrade, realizada no Espaço Cultural Porto Seguro, em 2000, sobre o uso que o artista mineiro Farnese de Andrade (1926-1996) faz da fotografia com base em seus temas sobre a interioridade, questões de vida e morte, solidão e memória.

Em 2012, organiza a exposição Um Olhar sobre O Cruzeiro, no Instituto Moreira Salles (IMS), em parceria com o curador Sérgio Burgi (1958). Com mais de 300 imagens e matérias que revelam a história da principal revista ilustrada do país, a mostra traz a relação entre as imagens produzidas pelos fotógrafos e as fotorreportagens em uma abordagem inédita. Em 2013, o catálogo é publicado no livro As Origens do Fotojornalismo no Brasil. Um Olhar Sobre O Cruzeiro (1940-1960).

Realiza a mostra Arte Degenerada de Lasar Segall: Perseguição à Arte Moderna em Tempos de Guerra (2018), no Museu Lasar Segall. Esse projeto rememora a história de perseguição à arte moderna pelos nazistas, que realizam a exposição Arte Degenerada, em Munique, em 1937. A mostra contribui para uma reflexão crítica sobre a perseguição à arte moderna no Brasil e, como complemento à exposição, é realizado no MAC USP o seminário Arte Degenerada – 80 Anos: Repercussões no Brasil.

É curadora de outras exposições, como: Rafael França – Obra Gráfica, 1979-1981 (1997), um dos pioneiros da videoarte no Brasil; Waldemar Cordeiro e a Fotografia (2002), no Centro Universitário Maria Antonia, que traz o olhar original para a fotografia do artista concreto; Kurt Klagsbrunn: Faces da Cultura, Retrato de um Tempo (2019), no Centro Cultural da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), mostra inédita do fotógrafo Kurt Klagsbrunn (1918-2005).

Como produção acadêmica, pesquisa também a relação entre gênero, arte e fotografia. Em 2017, realiza o seminário Mulheres Fotógrafas, Mulheres Fotografadas: Fotografia e Gênero na América Latina, no MAC USP, com Erika Zerwes (1980), aprofundando a reflexão sobre a questão de gênero na fotografia e criando condições para a compreensão do papel das mulheres fotógrafas na América Latina.

O olhar de Helouise Costa como curadora e pesquisadora concebe a fotografia e o fotojornalismo como construção da realidade. A atuação no MAC USP é relevante por desdobrar a coleção do museu em outras atividades e exposições e resgatar a memória do acervo.

Exposições 27

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