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Enciclopédia Itaú Cultural
Dança

Márcia Dailyn

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 20.11.2023
1978
Márcia Dailyn (Jales, São Paulo, 1978). Bailarina, atriz. Formada pela Escola Municipal de Bailado, é a primeira bailarina transexual do Theatro Municipal de São Paulo.

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Márcia Dailyn (Jales, São Paulo, 1978). Bailarina, atriz. Formada pela Escola Municipal de Bailado, é a primeira bailarina transexual do Theatro Municipal de São Paulo.

Durante a infância, influenciada por sua mãe, professora de aeróbica, Márcia se interessa pelo universo da dança. Faz aulas de jazz, sapateado e teatro. É neste período também que começa a vivenciar questões em relação ao seu gênero – identificando-se como mulher aos 12 anos.

Em 1996, aos 18 anos, ingressa na Escola Municipal de Bailado do Theatro Municipal – renomeada, em 2011, para Escola de Dança de São Paulo. Durante a formação, relata ter enfrentado momentos de preconceito, porém se torna a primeira bailarina transexual do Theatro Municipal, título do qual se orgulha, tanto pela importância da conquista de um espaço nunca ocupado por uma pessoa trans, quanto pela representatividade racial no mundo do balé, quebrando o estereótipo da imagem da bailarina como uma mulher branca.

Em sua trajetória na dança, desenvolve seus estudos na Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, em Joinville (SC), e em aulas na Royal Academy of Dance e na Cuba Ballet. Participa de trabalhos nos quais divide o palco com figuras importantes da dança como Ana Botafogo (1957) e Ilara Lopes (1947). Atua no espetáculo teatral Entrevista com Phedra, em 2019, escrita pelo crítico Miguel Arcanjo Prado (1981), baseado na vida e trajetória artística da atriz cubana Phedra de Córdoba (1938-2016), papel interpretado por Márcia.

Como atriz, participa de muitas produções do grupo Os Satyros, fundado por Ivam Cabral (1963) e Rodolfo Garca Vázquez (1962), responsável pela revitalização da Praça Roosevelt, em São Paulo. É nomeada pelo grupo como a diva da Praça Roosevelt – título antes dedicado a Phedra de Córdoba. Também possui o título de musa do Acadêmicos do Baixo Augusta, bloco de carnaval de rua da cidade de São Paulo.

Em 2020, retorna ao palco do Theatro Municipal com o espetáculo Divinas Divas, inspirado no documentário homônimo de Leandra Leal (1982). Neste mesmo ano, estreia o espetáculo Chão de Estrelas, no qual interpreta a cantora Maysa Matarazzo (1936-1977). Em 2022, comemora os 25 anos de carreira e apresenta no Centro de Referência da Dança (CRD) a gala de 25 anos de formação Uma passagem no tempo, performance artística em quatro atos com dança, música e poesia.

Atua também no projeto SP Transvisão, que promove uma série de ações voltadas para o debate sobre a tolerância e a diversidade, além de valorizar a cultura e o universo LGBTQIA+. Além do trabalho artístico, colabora como assistente administrativa na SP Escola de Teatro, localizada na Praça Roosevelt, em São Paulo.

Márcia Dailyn é uma artista da cena com trabalhos nos campos da dança e do teatro. É conhecida por ser a primeira bailarina transexual do Theatro Municipal de São Paulo. Em sua carreira como atriz já viveu uma diversidade de papéis e abordou temas variados nos espetáculos em que participou, não se limitando apenas a questões ligadas a gênero ou sexualidade. Participa de diferentes produções do grupo Os Satyros.

Espetáculos 9

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Espetáculos virtuais 1

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