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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Sofia Borges

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 01.11.2022
28.03.1984 Brasil / São Paulo / Ribeirão Preto
Sofia Dellatorre Borges (Ribeirão Preto, São Paulo, 1984). Artista visual, curadora. Em seu trabalho utiliza a fotografia, a performance, o teatro e a curadoria para investigar noções filosóficas sobre a representação e a relação da linguagem com a existência e o significado.

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Sofia Dellatorre Borges (Ribeirão Preto, São Paulo, 1984). Artista visual, curadora. Em seu trabalho utiliza a fotografia, a performance, o teatro e a curadoria para investigar noções filosóficas sobre a representação e a relação da linguagem com a existência e o significado.

Gradua-se em artes visuais pela Universidade de São Paulo em 2008. Influenciada pelo cinema e pela pintura, inicia seu processo artístico voltando-se para uma investigação acerca da existência e do indivíduo. Esse trabalho é apresentado na individual Fotografias (2009), no Centro Universitário Maria Antônia, onde expõe um conjunto de retratos e auto-retratos.

Em 2011 apresenta as individuais Pré-História, na Galeria Virgílio, em São Paulo, e Estudo da Paisagem, na Galeria Artur Fidalgo, no Rio de Janeiro. Ambas as exposições apresentam obras que investigam a representação em contextos diversos, com base em arquivos, enciclopédias e recortes fotográficos de dioramas do Museu Americano de História Natural, de Nova York. Participa da 30ª Bienal de São Paulo: A Iminência das Poéticas com a individual Estudo Para Ausência, em 2012. Na época, com 28 anos, é destaque como a artista mais jovem a participar do evento.

De 2012 a 2018, vive e trabalha entre São Paulo e Paris. Nesse período, aprofunda sua investigação sobre arquétipos nos mais diversos tipos de museus, zoológicos e centros de pesquisa ligados à arqueologia, história natural e paleontologia. Animais empalhados representando a si mesmos, ou inseridos em ambientes artificiais, são objetos de análise e têm sua representatividade questionada por Sofia Borges por meio da fotografia, como na série Morsa (2012), em que a artista capta o animal em uma Antártida de plástico.

Em 2013, apresenta individuais na Cidade do México, em Madri, Paris, Lisboa e São Paulo. Na exposição Impossível, na Galeria Millan, em São Paulo, a artista investiga a abstração da forma e da compreensão dentro da linguagem fotográfica. É uma das finalistas do BES Photo Award, em Portugal, e realiza a individual Os Nomes, no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, e no Museu Berardo, em Lisboa, onde apresenta dez imagens que exploram a impossibilidade de nomear o indefinido.

Na tentativa de compreender as características de um primeiro museu, em 2015, Borges realiza expedições investigativas às cavernas pré-históricas do Sul da França, onde fotografa a réplica em tamanho real da Caverna de Chauvet. Impactada pela experiência, inaugura uma nova fase de seu trabalho, em que passa a investigar a linguagem enquanto instrumento de mediação do real. No mesmo ano, desenvolve No Sound, seu primeiro projeto experimental como curadora, realizado no galpão em construção da Galeria Millan. Sofia parte do princípio da falência da linguagem como estrutura fundamental da expressão para propor um happening de dez dias entre músicos, dançarinos, escritores, filósofos e artistas visuais. A permanência de parte dos artistas no espaço torna a exposição um processo e objeto de si mesma. A atividade como curadora se inicia na tentativa de ampliar sua pesquisa artística, e, ao pensar na exposição como um todo, potencializa o estudo sobre o sentido do objeto.

Em 2016, é contemplada pelo prêmio britânico First Book Award com seu projeto The Swamp (O Pântano). Lançado em uma exposição no Photo London 2016, o livro marca a conclusão de um primeiro período de trabalho de sete anos. Também apresenta a individual Giz Preto Carvão Branco ou O Mito da Matéria Ausente, no Foam Fotografie Museum, em Amsterdã, em que utiliza fogo para queimar fotografias em grande formato e questionar o sentido da imagem.

Na individual Nenhum Molde para o Branco mas Nenhum Molde para o Fogo (2017), na Float Gallery, em Atenas, dá continuidade a sua pesquisa sobre representatividade, mas introduz novos elementos para explorar a relação entre mimese, mito e matéria. Ainda em 2017, é contemplada pela Bolsa de Fotografia ZUM, e com o prêmio desenvolve o projeto experimental Teatro para Artifício, em que convida outros artistas para explorar a fronteira entre performance e fotografia. A partir desse projeto, volta-se cada vez mais para a intervenção na materialidade fotográfica e passa a integrar o teatro em seu processo criativo.

Em 2018, quatro de seus trabalhos são apresentados na exposição Being: New Photography, no MoMA, em Nova York, e adquiridos pelo museu. No mesmo ano, é convidada para desenvolver uma mostra coletiva como artista-curadora para a 33ª Bienal de São Paulo – Afinidades Afetivas. Intitulada A Infinita História das Coisas ou o Fim da Tragédia do Um, sua curadoria configura-se como uma tragédia conceitual, em que o elemento trágico da linguagem é embasado por um mito guarani que entende o número um como o mal. Ocupando quase o primeiro andar inteiro do pavilhão Ciccillo Matarazzo, a exposição se caracteriza como uma obra única e é constantemente ativada ao longo da mostra.

Apresenta as individuais As Cinzas, o Espelho, o Avesso do Brilho e o Devir do Fogo (2019), na galeria Mendes Wood DM, em São Paulo, e Era um Branco e Brilhante Fogo Cego (2020), na Galerie Kandlhofer, em Viena, e é contemplada pelo Foam Talent 2020 Dutch Award.
Os projetos artísticos e curatoriais em arte contemporânea de Sofia Borges e sua atuação nacional e internacional contribuem para estimular a pesquisa sobre fotografia, imagem, linguagem e exposição.

Espetáculos 2

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Exposições 53

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Fontes de pesquisa 16

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