Instituto Tomie Ohtake
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O Instituto Tomie Ohtake, localizado no bairro de Pinheiros, na cidade de São Paulo, é inaugurado em 2001 e homenageia a pintora, gravadora e escultora Tomie Ohtake (1913-2015). Seu objetivo principal é realizar mostras de arte nacionais e internacionais, nas áreas de artes visuais, arquitetura e design. Sua programação abrange, principalmente, os últimos 60 anos do cenário artístico e cultural.
O edifício do Instituto, projeto do arquiteto Ruy Ohtake (1938) destaca-se na arquitetura e na paisagem da cidade. Premiado na 9ª Bienal de Arquitetura de Buenos Aires, em 2001, ocupa espaço urbano onde trabalho, cultura e lazer interligam-se. Pertence a um complexo de edifícios, o Complexo Aché Cultural, constituído por dois prédios de escritórios, centro de convenções, teatro e o Instituto Tomie Ohtake. O prédio ocupa um espaço de 7.500 m2 com sete galerias para exposições, sala para o setor educativo e ateliês, espaço para palestras e setor de documentação. A torre central é visível na paisagem, e o edifício destaca-se pelo jogo de cores e volumes da fachada. O prédio do Instituto possui um átrio central, para onde convergem os outros espaços de atividades culturais. Segundo o arquiteto, a escolha da localização permite o acesso de pessoas provenientes de várias regiões da cidade.
A instituição apresenta outras atividades como cursos e debates, além de se dedicar à pesquisa e edição de publicações. A partir de 2014, destina uma sala à produção de Tomie Ohtake. Nas mostras que acontecem nessa sala, os curadores procuram novos recortes e interpretações do trabalho da artista. A primeira mostra dentro desse projeto é Tomie Ohtake – Litogravuras, com curadoria de Agnaldo Farias (1955) e Paulo Miyada (1958), que enfatiza a técnica empregada por ela no início da década de 1970.
Entre as mostras dedicadas à artista, podem ser ainda mencionadas: Tomie Ohtake: Correspondências (2013); Tomie Ohtake: Influxo das Formas (2013); Tomie Ohtake: Gesto e Razão Geométrica (2013-2014), Tomie Ohtake: Desenho; Projeto; Espaço (2014); Tomie Ohtake 100-101 (2015); Tomie Ohtake: Em Memória da Cidade (2015-2016) e Tomie Ohtake – Orbis Tertius (2016).
As exposições atraem grande público das artes plásticas, arquitetura, design e fotografia, como: Arquitetura Brasileira Vista por Grandes Fotógrafos (2013); Frida Kahlo: Conexões entre Mulheres Surrealistas no México (2015-2016); Sebastião Salgado: Perfume de Sonho - Uma Viagem ao Mundo do Café (2016) e Invenções da Mulher Moderna, para Além de Anita e Tarsila (2017).
Desde 2012, a instituição promove o programa Arquitetura Brasileira, que apresenta a produção de fotógrafos que realizam ensaios sobre arquitetura. É o caso das mostras: Viver na Floresta (2010), O Coração da Cidade: a Invenção do Espaço de Convivência (2011) e Arquitetura Brasileira Vista por Grandes Fotógrafos (2013).
Além das exposições, incentiva projetos que premiam e organizam mostras diversas. O Programa Arte Atual, criado em 2013, reúne pesquisas e obras de jovens artistas em mostras coletivas. Entre 2013 e 2014, apresenta as edições: Estranhamente Familiar, Medos Modernos e E se Quebrarem as Lentes Empoeiradas?. Em 2015, o programa passa a se chamar Arte Atual Festival e apresenta a mostra Coisas sem Nomes, que exibe produção experimental. O projeto é organizado pelo Núcleo de Pesquisa e Curadoria da instituição. A partir de 2016, o Arte Atual realiza exposições pensadas com base num tema central, como nas mostras: Quadro, Desquadro, Requadro (2013-2017) sobre as condições do enquadramento das artes e QAP: Tá na Escuta?, que aborda as possibilidades de contato e comunicação com o público.
Em 2014, o Instituto e a AkzoNobel instituem o Prêmio de Arquitetura AkzoNobel, procurando destacar, em mostras anuais, transformações e questionamentos da arquitetura contemporânea, além mapear a produção da arquitetura atual.
O Instituto organiza ainda os prêmios Energias na Arte (que explora as relações entre arte e ciências) e as exposições da série Mostra 3M de Arte Digital (para discutir arte contemporânea e suporte digital). O setor de Ação Educativa também merece destaque, por guiar visitas educativas às exposições e pelo programa de formação para educadores e professores.
Espetáculos de dança 2
Exposições 204
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0/0/0 - 0/0/2001
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28/11/2002 - 3/3/2001
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28/11/2002 - 3/3/2001
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7/3/2002 - 7/7/2002
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19/3/2002 - 26/5/2002
Links relacionados 1
Fontes de pesquisa 2
- INSTITUTO Tomie Ohtake. Concepção Agência Sabiá. São Paulo, 2014. Disponível em: http://www.institutotomieohtake.org.br/. Acesso em 10 set. 2017.
- OHTAKE, Tomie. Tomie Ohtake. São Paulo: Instituto Tomie Ohtake, 2001. Acesso 10 set. 2017.
Como citar
Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo:
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INSTITUTO Tomie Ohtake.
In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2025.
Disponível em: https://front.master.enciclopedia-ic.org/instituicao222696/instituto-tomie-ohtake. Acesso em: 04 de maio de 2025.
Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7