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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Keyla Sobral

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 22.02.2024
1975 Brasil / Pará / Belém
Keyla Cristina Tikka Sobral (Belém, Pará, 1975). Artista visual, editora, comunicóloga. Sua produção artística apresenta uma trajetória consistente, em que o desenho emerge como forma de relação com o ambiente, como um reflexo de seu estar no mundo e como resposta política a ele. Essa linguagem é posteriormente expandida para instalações e vídeo...

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Keyla Cristina Tikka Sobral (Belém, Pará, 1975). Artista visual, editora, comunicóloga. Sua produção artística apresenta uma trajetória consistente, em que o desenho emerge como forma de relação com o ambiente, como um reflexo de seu estar no mundo e como resposta política a ele. Essa linguagem é posteriormente expandida para instalações e vídeos, sempre envolvendo a palavra escrita. 

Mestre e doutoranda em Artes Visuais pela Universidade Federal do Pará (UFPA), é fundadora da revista eletrônica Não-Lugar, em 2008, em parceria com as artistas visuais Danielle Fonseca (1975) e Roberta Carvalho (1980). A revista publica três edições e encerra as atividades em 2010.

Em 2012, recebe convite do artista visual, curador e professor Orlando Maneschy (1968) para atuar como curadora-adjunta no projeto Amazônia, lugar da experiência. O convite surge como consequência de projetos anteriores realizados com o curador, como a exposição individual Mínimo, múltiplo, incomum, no Museu da Universidade Federal do Pará (Mufpa), em 2010; a mostra coletiva Outra natureza, que recebeu o Prêmio Banco da Amazônia em 2013, entre outros. Amazônia, lugar da experiência recebe o Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça / Prêmio Procultura de Estímulo às Artes Visuais 2010, da Fundação Nacional de Artes (Funarte), e é aprovado no edital de Circulação | Mediação do Instituto de Arte do Pará 2012 (IAP), ampliando as perspectivas de ação do projeto.

Em processo dialogal com o curador, Keyla Sobral reúne 31 artistas que, por meio de trabalhos de cunho político e poético, compõem diversos olhares subjetivos e contundentes sobre a região amazônica. É esse processo que encaminha os dois curadores para a constituição da Coleção Amazoniana, idealizada por Maneschy, que pretende reunir no próprio território amazônico as experiências artístico-estéticas realizadas na região Norte do Brasil. A coleção encontra-se no Museu da Universidade Federal do Pará (Mufpa) e Keyla Sobral é, desde 2019, pesquisadora-colaboradora.

Outra parceria entre os dois curadores é a dissertação de mestrado defendida na Universidade Federal do Pará, intitulada Fluxo norte: sobre diários de bordo e cartografia poética de determinada produção de artes visuais na Amazônia, que teve a participação de Maneschy como orientador. A experiência da Coleção Amazoniana influencia a pesquisa acadêmica e a produção artística de Sobral: para desenhar a cartografia poética de artistas visuais que pensam e trabalham na Amazônia Legal, a artista viaja para Porto Velho, Belém, Boa Vista, São Luís, Palmas, Cuiabá, Manaus, Macapá e Rio Branco, durante os anos de 2013 e 2014, com o objetivo de conhecer mais de perto o Norte do Brasil. Ao observar similitudes e diferenças entre essas cidades, sente-se por vezes uma espécie de estrangeira dentro de seu próprio território. Como metodologia de pesquisa, utiliza “diários de bordo” para a escritura sobre a região, os desenhos realizados dentro dos aviões e o registro de sensações imediatas. Esse espaço de prática poética sobre o deslocamento do corpo na região amazônica depois se transforma em livros de artista.

O som do rio diz o que eu penso (2018) é um projeto decorrente das investigações de bordo. A artista cria letreiros luminosos acoplados a embarcações que navegam pelos rios circundantes de Belém, apresentando narrativas curtas sobre o que é visível e invisível naquele ambiente. Keyla Sobral trabalha no cruzamento entre poesia e artes visuais desde 2009, mas no projeto de 2018, premiado pela Fundação Cultural do Pará, consegue inserir pela primeira vez anotações e sensações sobre as derivas pelo Norte do Brasil na própria paisagem geradora dessas reflexões. 

Uma amostra de suas pesquisas artísticas com audiovisual é selecionada pelo curador Paulo Herkenhoff (1949) para o panorama de videoarte da Amazônia do Arte Pará 2021, com as obras A praia (2013), Minutos de silêncio (2005), parceria com Roberta Carvalho, e Entre pombos (2008), parceria das duas artistas com o artista visual Acácio Sobral (1943-2009).

Artista engajada nas narrativas sobre a cultura amazônica, Keyla Sobral se dedica a pesquisas sobre o amplo território da Amazônia Legal. Por meio de frases, desenhos e anotações, suas obras evidenciam aspectos pouco visíveis da região. Além disso, a artista operar no cruzamento entre curadoria e pesquisa, ao lado de Orlando Maneschy, à frente da Coleção Amazoniana, com sede no Museu da Universidade Federal do Pará.

 

Exposições 29

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Fontes de pesquisa 7

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