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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Orlando Maneschy

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 06.12.2022
11.12.1968 Brasil / Pará / Belém

Sem Título, 1998
Orlando Maneschy
Fotografia

Orlando Maneschy (Belém, Pará, 1968). Artista multimídia, professor, curador independente. Tem uma produção estética e curatorial no campo da fotografia expandida, além de ser importante referência na cena paraense como articulador de exposições e de projetos de fomento da arte local.

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Orlando Maneschy (Belém, Pará, 1968). Artista multimídia, professor, curador independente. Tem uma produção estética e curatorial no campo da fotografia expandida, além de ser importante referência na cena paraense como articulador de exposições e de projetos de fomento da arte local.

Graduado em Comunicação Social pela Universidade Federal do Pará (UFPA), com habilitação em jornalismo (1991) e publicidade (1998). Mestre (2001) e doutor (2005) em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo. Pós-doutoramento na Faculdade de Belas Artes de Lisboa (2016). Professor-adjunto do Instituto de Ciências da Arte (ICA) da UFPA (2005), onde ministra cursos na graduação e pós-graduação. Coordenador do grupo de pesquisas Bordas Diluídas (UFPA/CNPq). Autor do livro Sequestros: imagem na arte xontemporânea paraense, publicado em 2007 pela UDUFPA.

Maneschy é um dos fundadores, ao lado de Flavya Mutran (1968), Cláudia Leão (1967) e Mariano Klautau Filho (1964), da Caixa de Pandora, grupo dedicado à pesquisa e à difusão de imagens. É também articulador do Mirante – Território Móvel, plataforma de ação que viabiliza proposições de arte, e curador da Coleção Amazoniana de Arte da Universidade Federal do Pará, além de se dedicar regularmente a curadorias de exposições fotográficas, como a mostra Perspectivas – Cinco olhares da Amazônia, realizada no evento Mês Internacional da Fotografia de São Paulo (1999).

Inicia sua produção poética audiovisual, nos anos 1990, no projeto FotoAtiva, sob orientação de Miguel Chikaoka (1950). Em 1993, exibe suas primeiras experimentações no campo da chamada fotografia expandida, que trabalha com operações não previstas pelo aparelho fotográfico: conjuga processos de interferência no próprio suporte e de superposições a partir de processos químicos, como os procedimentos de fotomontagem, solarização e outros tipos de manipulações na materialidade constituinte das imagens.

A instalação Caixa de Pandora (1993) simula o espaço da sala de uma casa abandonada e apresenta fotografias, algumas desfocadas, pertencentes à história de certa família que partiu sem deixar vestígios.

O estranho (1995) é o primeiro vídeo de um artista paraense a participar do Festival Mix Brasil, em São Paulo (1996). O vídeo integra a instalação Pandora (1995), composta de velas e diversos objetos fotográficos e imagens em Polaroid que apresentam intervenções usando sangue humano. Nesses trabalhos, delineados sobre personagens cujas identidades são fictícias, o artista aborda questões como dor e perda.

A série Faustine (1995) apresenta manipulações feitas em papéis e filmes litográficos, montados entre chapas de vidro e emoldurados em estruturas de ferro oxidadas. A temática predominante nesse período é a passagem do tempo e o esfacelamento das relações interpessoais.

A obra A continuação do adeus e outras palavras III (1995) recebe menção honrosa no salão Arte Pará (1995). Os três retratos de amigos do artista que constituem o trabalho são inicialmente distorcidos em um aparelho de fax e, em seguida, registrados com filme litográfico em fotolito. O trabalho investiga  as questões que permeiam o jogo performativo do ato fotográfico, além de suscitar reflexões ligadas ao sentido de memória, tempo, esquecimento e desaparecimento, em que a fotografia assume papel chave nos processos que desencadeiam lembranças, recordações e narrativas de fatos e emoções.

Entre 1997 e 1998, as fotografias do projeto Noite na Amazônia revelam personagens, amigos e artistas performáticos da noite (drag queens e transformistas) de Belém. Nessas imagens, o fotógrafo registra a cena noturna da cidade por meio do gesto de seus frequentadores, com inesperados resultados cênicos, estimulados pela busca cromática.

O artista investiga noções de pose e de instantaneidade na série Homens de sangue (1999) e na instalação Estudo para debutantes (2001), que abordam questões relativas à sexualidade, sensualidade velada e voyeurismo.

Utilizando a imagem em suas diversas possibilidades de articulação, Orlando Maneschy explora proposições visuais experimentais feitas a partir de concepções empreendidas em um campo plurimidiático, e desenvolve pesquisa para mapeamento e ampliação da produção imagética na arte contemporânea paraense.

Obras 1

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Exposições 131

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Fontes de pesquisa 11

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  • FLETCHER, John. Arte Pará: uma interpretação antropológica e visual. Tese (Doutorado em Antropologia) – Universidade Federal do Pará, Belém. 2016. Disponível em: https://ppga.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/teses2016/TESE%20COMPLETA%20JOHN%20FLETCHER%201.pdf. Acesso em: 15 jan. 2021.
  • FUNARTE. Fotografia contemporânea do Pará. Rio de Janeiro: EdUFF, 1997.
  • MANESCHY, ORLANDO. Orlando Maneschy e uma Belém selvagem como caixa de Pandora. Entrevista concedida a [Ricardo Macêdo], Ateliê 397, 19 set. 2012. Disponível em: https://atelie397.com/orlando-maneschy-e-umabelem-selvagem-como-caixa-de-pandora/. Acesso em: 15 jan. 2021.
  • NINO Rezende; Orlando Maneschy. São Paulo: Paço das Artes, 2001.
  • ORLANDO MANESCHY. Cultura Arte Pará. Disponível em: http://www.culturapara.art.br/fotografia/orlandomaneschy/index.htm. Acesso em: 15 jan. 2021.
  • ORLANDO MANESCHY. Currículo Lattes. Disponível em: http://lattes.cnpq.br/6198572031091761. Acesso em: 15 jan. 2021.
  • ORLANDO Maneschy. Prêmio PIPA, [Rio de Janeiro], 2018. Disponível em: https://www.premiopipa.com/pag/orlando-maneschy/. Acesso em: 15 jan. 2021.
  • POSE Pose detida. Curadoria José Fujocka Neto. São Paulo: Oficina Cultural Oswald de Andrade, 2001.
  • RUMOS ITAÚ CULTURAL ARTES VISUAIS. O Olhar em movimento. Curadoria Angélica de Moraes et al. São Paulo, SP: Itaú Cultural, 2000. (Rumos Itaú Cultural Artes Visuais).
  • SAMPAIO, Val; SOARES, Bruna. Caixa de Pandora: primeiras anotações sobre as relações de hibridação nos processos artísticos. In: 26° Encontro da Associação Nacional dos Pesquisadores em Artes Plásticas (Anpap), Campinas, 2017. Anais… Disponível em: http://anpap.org.br/anais/2017/PDF/PA/26encontro______SAMPAIO_Val__SOARES_Bruna.pdf. Acesso em: 15 jan. 2021.
  • SEMANA DE ARTE DE LONDRINA (6. : 2000: Londrina, PR), MOREIRA, Maria Carla Guarinello de Araujo (coord.). Possíveis imagens: [fotografia contemporânea]. Apresentação Maria Carla G. de Araujo Moreira; curadoria Angela Magalhães, Nadja Peregrino; texto Nadja Peregrino, Angela Magalhães. Londrina: Universidade Estadual de Londrina, 2000.

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