Ordenação

Tipo de Verbete

Filtros

Áreas de Expressão
Artes Visuais
Cinema
Dança
Literatura
Música
Teatro

Período

A Enciclopédia é o projeto mais antigo do Itaú Cultural. Ela nasce como um banco de dados sobre pintura brasileira, em 1987, e vem sendo construída por muitas mãos.

Se você deseja contribuir com sugestões ou tem dúvidas sobre a Enciclopédia, escreva para nós.

Caso tenha alguma dúvida, sugerimos que você dê uma olhada nas nossas Perguntas Frequentes, onde esclarecemos alguns questionamentos sobre nossa plataforma.

Enciclopédia Itaú Cultural
Teatro

Isabel Câmara

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 04.07.2024
05.1940 Brasil / Minas Gerais / Três Corações
03.12.2006 Brasil / Goiás / Goiânia
Maria Isabel Câmara (Três Corações MG 1940 - Goiânia GO 2006). Autora. Com As Moças, montado pelo Teatro Ipanema, Isabel cria uma das peças mais características da chamada nova geração de dramaturgos dos anos 1970, enfocando a contracultura sob o prisma de duas mulheres que dividem um apartamento. Abandona o teatro precocemente, deixando apenas ...

Texto

Abrir módulo

Maria Isabel Câmara (Três Corações MG 1940 - Goiânia GO 2006). Autora. Com As Moças, montado pelo Teatro Ipanema, Isabel cria uma das peças mais características da chamada nova geração de dramaturgos dos anos 1970, enfocando a contracultura sob o prisma de duas mulheres que dividem um apartamento. Abandona o teatro precocemente, deixando apenas o legado de uma peça, única porém definitiva para o período.

Depois de ligeira iniciação teatral em Belo Horizonte, onde atua como atriz em Nossa Cidade, de Thornton Wilder, chega ao Rio de Janeiro em 1960 e estagia em O Tablado como contra-regra na montagem original de O Cavalinho Azul, de Maria Clara Machado. Em 1968 estréia como autora com Os Viajantes, peça experimental montada no então Conservatório Nacional de Teatro, com direção de Roberto de Cleto, posteriormente exibida na TV, numa adaptação de Domingos Oliveira. As Moças, encenada sucessivamente em São Paulo, com direção de Maurice Vaneau, em 1969, e no ano seguinte, no Rio de Janeiro, no Teatro Ipanema, com direção de Ivan de Albuquerque, é a criação que lhe vale o Prêmio Molière de melhor autor de 1970.  Ao analisar poeticamente o cotidiano de duas jovens que dividem um pequeno apartamento na Zona Sul do Rio de Janeiro, no auge do período da contracultura, Isabel Câmara produz um documento teatral sobre a juventude de seu tempo. O texto é remontado várias vezes no Brasil. Em 1971, Isabel participa, ainda no Teatro Ipanema, de Hoje É Dia de Rock, de José Vicente, no papel de Rosário, a irmã cega.

Residindo há muitos anos em Goiânia, afastada do teatro - com exceção, apenas, de um trabalho como diretora cênica de um espetáculo infantil, A Lenda do Vale da Lua -, fica conhecida como autora de uma única obra, embora tenha vários textos inacabados, entre os quais Solo para Atriz e Palco, ou semi-acabados, como a revista musical Viva Sapatas. Segundo o crítico Yan Michalski, "As Moças ocupa um lugar importante na dramaturgia do seu tempo, e revela uma singular sensibilidade, espontaneidade do diálogo, capacidade de envolver uma aguda observação psicológica numa aura de emocionada poesia, e um talento que poderia, em outras circunstâncias, ter aberto diante da autora o caminho para uma carreira mais duradoura".1

Notas
1. MICHALSKI, Yan. Isabel Câmara. In: ______. Pequena enciclopédia do teatro brasileiro contemporâneo. Rio de Janeiro, 1989. Material inédito, elaborado em projeto para o CNPq.

Espetáculos 8

Abrir módulo

Fontes de pesquisa 2

Abrir módulo
  • ESPETÁCULOS Teatrais. [Pesquisa realizada por Rosyane Trotta]. Itaú Cultural, São Paulo, [20--]. 1 planilha de fichas técnicas de espetáculos.
  • MICHALSKI, Yan. Isabel Câmara. In: ______. Pequena enciclopédia do teatro brasileiro contemporâneo. Rio de Janeiro, 1989. Material inédito, elaborado em projeto para o CNPq.

Como citar

Abrir módulo

Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: