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Enciclopédia Itaú Cultural
Teatro

Luiz Antônio Barcos

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 05.04.2017
1955 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro
1990 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro
Luiz Antônio Barbosa da Costa (Rio de Janeiro RJ 1955 - idem 1990). Compositor e diretor musical. Músico que se destaca na condução das composições e arranjos de espetáculos musicais dos anos 80 no Rio de Janeiro.

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Biografia

Luiz Antônio Barbosa da Costa (Rio de Janeiro RJ 1955 - idem 1990). Compositor e diretor musical. Músico que se destaca na condução das composições e arranjos de espetáculos musicais dos anos 80 no Rio de Janeiro.

Forma-se em música na Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ. Entre 1975 e 1983, dedica-se ao teatro amador, concebendo a música de 13 espetáculos, até passar para o teatro profissional em 1984, levado por Tim Rescala como diretor musical e preparador vocal da revista Sem Sutiã, de Celina Sodré e Fátima Valença. Desde então torna-se um dos mais ativos profissionais do setor. Ainda em 1984, assina as músicas e a direção musical do espetáculo ao ar livre O Califa da Rua do Sabão, de Artur Azevedo, trabalhando com o encenador Luis Antônio Martinez Corrêa, com quem forma uma bem sucedida parceria que se repete em três espetáculos no ano de 1986: Mahagonny, de Bertolt Brecht e Kurt Weill, em que Barcos é preparador vocal e tecladista; em Ataca, Felipe!, reunião de seis textos de Artur Azevedo, (música, direção musical e preparação vocal); e em Amor por Anexins, ainda de Artur Azevedo (música e direção musical). No mesmo ano, sob a direção de Ary Coslov, trabalha em quatro comédias, entre elas, Pedra, a Tragédia, sucesso do chamado teatro besteirol. Faz as músicas e a direção musical, do premiado Bailei na Curva, do grupo gaúcho Do Jeito que Dá, em 1985. Sua consagração, chancelada com um Prêmio Mambembe, vem em 1987, através das músicas, direção musical e preparação vocal para Gardel, Uma Lembrança, de Manuel Puig, direção de Aderbal Freire Filho (Aderbal Júnior). Considerando o diretor musical "um verdadeiro co-autor da montagem" e seu trabalho uma "criação impecável", o crítico Macksen Luiz escreve: "Inteligente, criativa, insinuante, a música de Barcos sintoniza poeticamente as evocações russas das prostitutas, inventa comentários bem-humorados das cançonetas do show business dos anos 30 e reveste os tangos de Carlos Gardel da carga melodiosa da afetividade".1

Ainda em 1987, Barcos assina também as músicas e a direção musical de As Guerras do Alecrim e da Manjerona, de Antônio José da Silva, o Judeu, direção de Bia Lessa. O mesmo Macksen anota: "Há menos de cinco anos criando música para teatro, Barcos revelou nesta temporada a sua definitiva vocação para encher de sons dramáticos, comentários teatrais e acordes críticos as montagens nas quais foi o regente".2

Em 1989 dirige um espetáculo coral teatralizado, Finíssimo Acabamento, resultado final do seu longo trabalho de treinamento musical no Centro Brasileiro do Teatro Musicado. Professor em duas universidades, leciona percepção musical, canto coral, história das artes e técnica vocal. Atua como músico arranjador, diretor musical, regente de corais, como o do Instituto Brasileiro e da Petrobrás. Ainda em 1989, realiza seus últimos trabalhos - Nos Tempos da Opereta , com direção de Eduardo Wotzik, e A Loja dos Horrores, com direção de Wolf Maya, além de uma temporada com outro coral sob sua direção e regência, o Fosco Aveludado.

Na observação do crítico e pesquisador Yan Michalski, o trabalho de Luiz Antônio Barcos se caracteriza "por uma aguda percepção das possibilidades teatrais do canto, e por um método pessoal de treinamento, que lhe permite obter resultados rápidos e musicalmente surpreendentes, com atores em muitos casos inexperientes em matéria de canto". 3

No livro de partituras dos arranjos de Barcos, o autor e diretor Flávio Marinho registra: "Luiz Antônio Barcos concentrava na figura dele duas características fundamentais para quem trabalha em teatro, fora é claro, o enorme talento e sensibilidade: total dedicação e um absoluto domínio da atividade que lhe cabia, no caso, a música. Ele faz uma enorme falta para todos aqueles que um dia trabalharam com ele. Sua partida prematura deixou, sem dúvida, um espaço vazio muito importante sob a luz do refletor".4

Notas

1 LUIZ, Macksen. A alma do melodrama. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 18 set. 1987.

2 LUIZ, Macksen. Depoimento sobre as atividades de Barcos no ano de 1987. Rio de Janeiro, Jornal do Brasil, dezembro de 1987. In: Barcos, Songbook Luiz Antônio Barcos, organizado por Márcia Santos, Rio de Janeiro, FUNENSEG, 1999.

3 MICHALSKI, Yan. Luiz Antônio Barcos. In:_________. PEQUENA Enciclopédia do Teatro Brasileiro Contemporâneo. Material inédito, elaborado em projeto para o CNPq. Rio de Janeiro, 1989.

4 MARINHO, Flávio: Depoimento sobre Luiz Antônio Barcos. In: Barcos, Songbook Luiz Antônio Barcos, organizado por Márcia Santos, Rio de Janeiro, FUNENSEG, 1999.

Espetáculos 22

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Fontes de pesquisa 4

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  • ALBUQUERQUE, Johana. Luiz Antônio Barcos. (ficha curricular) In: _________. ENCICLOPÉDIA do Teatro Brasileiro Contemporâneo. Material elaborado em projeto de pesquisa para a Fundação VITAE. São Paulo, 2000.
  • FONTA, Sergio. Biografia de Luiz Antônio Barcos. In: Barcos, Songbook Luiz Antônio Barcos, organizado por Márcia Santos, Rio de Janeiro, FUNENSEG, 1999.
  • FONTA, Sérgio. [Currículo]. Enviado pelo artista em 2011. Não Catalogado
  • MICHALSKI, Yan. Luiz Antônio Barcos. In:_________. PEQUENA Enciclopédia do Teatro Brasileiro Contemporâneo. Material inédito, elaborado em projeto para o CNPq. Rio de Janeiro, 1989.

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