Drica Moraes
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Drica Moraes (Doralice) em cena de Melodrama, 1996
João Caldas, Drica Moraes
Acervo Idart/Centro Cultural São Paulo
Texto
Biografia
Adriana Moraes Rego Reis (Rio de Janeiro RJ 1969). Atriz. Intérprete da Cia dos Atores, Drica costuma dar aos personagens uma interpretação maliciosa e tecnicamente precisa. Advinda do teatro, torna-se presença constante no cinema e na televisão.
Suas primeiras experiências como atriz têm lugar em O Tablado, em que, sob a direção de Carlos Wilson, atua em Os Doze Trabalhos de Hércules, adaptação do livro de Monteiro Lobato (1882 - 1948), 1983, e Nossa Cidade, de Thornton Wilder, 1984, e em Chapeuzinho Vermelho, com texto e direção de Maria Clara Machado, 1985. Como a Emily do texto de Thornton Wilder, merece comentários do crítico Flávio Marinho, que a considera uma das revelações do espetáculo, apesar de seus 15 anos de idade: "Embora ainda demonstre certa dificuldade na composição de Emily aos 12 anos, Drica Moraes demonstra uma energia nervosa bem dominada pela técnica, quando a personagem atinge a idade adulta".1
Ainda no teatro infantil, estréia profissionalmente em O Segredo de Cocachim, de Denise Crispum, 1989, que lhe vale o Prêmio Coca-Cola. Em 1992, com a Companhia dos Atores, atua em A Morta, de Oswald de Andrade (1890 - 1954), sob a direção de Enrique Diaz. No ano seguinte, atua em Pianíssimo, de Tim Rescala, direção de Karen Acioly, e recebe os prêmios Coca-Cola e Mambembe. A crítica Lúcia Cerrone observa: "Drica Moraes numa extraordinária composição da personagem Clara traz à cena todos os trejeitos infantis da menina tímida, num tom verdadeiro, poucas vezes alcançado no palco, e sem que com isso perca a teatralidade do gesto".2
Volta à Cia dos Atores em Só Eles o Sabem, de Jean Tardieu, 1994. Tem uma presença marcante em Melodrama, de Filipe Miguez, 1995, e O Rei da Vela, de Oswald de Andrade, 2000, todas encenadas por Enrique Diaz. Interpretando Heloisa de Lesbos nesta última, trabalha a personagem, segundo o crítico Macksen Luiz, com uma "sensualidade cínica".3
Paralelamente ao trabalho junto à companhia, atua em Pixinguinha, de Amir Haddad, 1994; em O Crime do Dr. Alvarenga, texto e direção de Mauro Rasi, 1999; Vítor ou Vitória, adaptação do filme homônimo de Blake Edwards, ao lado de Marília Pêra, com direção de Jorge Takla, em 2001; e em 2002, está em Mamãe Não Pode Saber, dirigida por João Falcão.
Notas
1. MARINHO, Flávio. O charme do trivial, revisto com honestidade pelo O Tablado. O Globo, Rio de Janeiro, 17 out. 1984.
2. CERRONE, Lúcia. Impacto da magia. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 12 jun. 1993.
3. LUIZ, Macksen. Versão morna da iconoclastia. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 12 fev. 2000.
Obras 1
Espetáculos 22
Fontes de pesquisa 5
- ALBUQUERQUE, Johana. Drica de Moraes. (ficha curricular) In: _________. ENCICLOPÉDIA do Teatro Brasileiro Contemporâneo. Material elaborado em projeto de pesquisa para a Fundação VITAE. São Paulo, 2000.
- ESPETÁCULOS Teatrais. [Pesquisa realizada por Rosyane Trotta]. Itaú Cultural, São Paulo, [20--]. 1 planilha de fichas técnicas de espetáculos. Não Catalogado
- MARINHO, Flávio. O charme do trivial, revisto com honestidade pelo O Tablado. O Globo, Rio de Janeiro, 17 out. 1984.
- Programa do Espetáculo - A Bao A Qu - Um Lance de Dados - 1990. Não catalogado
- Programa do Espetáculo - A Morta - 1992. Não Catalogado
Como citar
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DRICA Moraes.
In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2025.
Disponível em: https://front.master.enciclopedia-ic.org/pessoa350898/drica-moraes. Acesso em: 04 de maio de 2025.
Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7