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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Jair Júnior

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 12.09.2022
Brasil / Pará / Belém
Jair Rabindranath Tagore Júnior (Belém, Pará, 1965). Artista visual, professor. Forma-se observando a produção de seu conterrâneo, o artista plástico Emmanuel Nassar (1949). Desde 1983, quando inicia sua carreira em arte, produz pinturas e instalações a partir da identidade naïf. Investiga a cultura popular de Belém, sobretudo as cores e luzes d...

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Jair Rabindranath Tagore Júnior (Belém, Pará, 1965). Artista visual, professor. Forma-se observando a produção de seu conterrâneo, o artista plástico Emmanuel Nassar (1949). Desde 1983, quando inicia sua carreira em arte, produz pinturas e instalações a partir da identidade naïf. Investiga a cultura popular de Belém, sobretudo as cores e luzes da cidade, com interesse no deslocamento do popular para o espaço museal.

Forma-se em licenciatura em artes visuais e começa a dar aulas em escolas, somando 30 anos de magistério. Trabalha durante dez anos como professor da Fundação Curro Velho, onde ministra oficinas de pintura. Orienta a produção de artistas como Elieni Tenório (1972), Mestre Nato (1952) e Petchó Silveira (1973). Atua como professor de artes do ensino fundamental e  do ensino médio, além de manter o Ateliê Rabindranath Tagore, onde também ensina artes.

Em 1983, é selecionado para a segunda edição do Salão Arte Pará, sendo o artista mais novo a participar do evento. Recebe seu primeiro prêmio aos 21 anos, no Salão Arte Pará de 1986. Participa de mais 23 edições do evento e recebe mais de 15 prêmios. Em 2016, é o artista premiado com a obra Voltando para feira (2016), série de pinturas que retrata feirantes paraenses, feitas de modo a emular painéis urbanos de propaganda popular. Pelo fato de ser natural de Belém, sua prática artística produz aproximações estéticas com o cotidiano paraense, elucidando discussões políticas e sociais.

Desde 2006, pesquisa a propaganda popular da cidade de Belém, anúncios de feirantes e dos “abridores de letras”, artistas populares considerados mestres que “abrem” letras de barcos, pintam faixas, muros e paisagens em cidades ribeirinhas do Pará. Na pintura Antonio Ferreira, o feirante (2016), cria uma propaganda do próprio feirante em forma de pintura sobre tela. A propaganda não retrata o feirante como mercadoria, mas de maneira humanizada e com o intuito de trazê-lo para dentro de sua produção visual, esmaecendo a dicotomia entre arte e artesanato. Em bate-papo na exposição Experiência Vertigem –

Novas Aquisições da Coleção Amazoniana de Arte da Universidade Federal do Pará (UFPA), em 2019, o artista comenta que tem dificuldade de entender a diferença entre quem é artista, quem produz, quem está numa galeria, num museu, por isso busca, em seu trabalho, igualar a todos.

Em 2019, expõe a obra Poemas visuais – a paz de Paes Loureiro (2019) no 38º Salão Arte Pará, em exposição intitulada Deslendário amazônico – 80 anos de Paes Loureiro, no Museu do Estado do Pará (MEP), em Belém, que celebra os 80 anos do poeta, escritor, professor e dramaturgo João Jesus de Paes Loureiro (1939). O artista se inspira na origem interiorana do poeta paraense para criar um novo objeto. A obra é composta por uma foto de Paes Loureiro rodeada por um poema de sua autoria, com luzes de diferentes cores. A instalação é premiada e hoje integra a Coleção Amazoniana de Arte da UFPA.

A pesquisa e atuação de Jair Júnior é motivada pelos diálogos entre arte e cotidiano e pela busca, por meio da educação, do envolvimento de diferentes comunidades de Belém no universo das artes visuais.

Exposições 18

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Fontes de pesquisa 7

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