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Enciclopédia Itaú Cultural
Música

Anelis Assumpção

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 30.07.2024
16.05.1980 Brasil / São Paulo / São Paulo
Registro fotográfico Marcus Leoni

Anelis Assumpção, 2019

Anelis Assumpção (São Paulo, São Paulo, 1980). Cantora e compositora. Ao resgatar a sonoridade de importantes movimentos musicais brasileiros, como o tropicalismo e a vanguarda paulista, investe no experimentalismo musical para produzir suas canções. Os gêneros que compõem sua música variam entre afrobeat, dub, groove, reggae, entre outros.

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Anelis Assumpção (São Paulo, São Paulo, 1980). Cantora e compositora. Ao resgatar a sonoridade de importantes movimentos musicais brasileiros, como o tropicalismo e a vanguarda paulista, investe no experimentalismo musical para produzir suas canções. Os gêneros que compõem sua música variam entre afrobeat, dub, groove, reggae, entre outros.

Nascida no bairro da Penha, zona leste da cidade de São Paulo, Anelis tem contato com a música desde cedo: filha do cantor e compositor Itamar Assumpção (1949-2003), incorpora ao seu fazer musical aspectos singulares da chamada “vanguarda paulista”, movimento que eclodiu na cidade de São Paulo no final da década de 1970. Seus arranjos dão continuidade à irreverência sonora típica dos tropicalistas, resgatada pela vanguarda paulista, enquanto a performance no palco resgata o aspecto contracultural que influenciou esses movimentos.

Inicia a carreira em 2001, fazendo backing vocals para Itamar Assumpção. Integra o grupo DonaZica, com Andréia Dias (1973) e Iara Rennó (1977). A estreia como solista ocorre em 2007. Suas canções falam de amor, autoestima, traição, cidade de São Paulo, comida etc. Trata das relações amorosas colocando a mulher como protagonista.

A possibilidade de gravar o primeiro álbum, Sou Suspeita, Estou Sujeita, Não Sou Santa (2011), decorre do licenciamento de direitos autorais sobre a obra de Itamar Assumpção. O álbum é bem acolhido pela crítica nacional e internacional, em particular, pelos principais festivais do Brasil e de Portugal.

O disco de estreia tem canções como “Bola com os amigos”, “Paixão cantada” e “Luz nos meus olhinhos” – alusão à canção “Pela Luz dos olhos teus”, de Tom Jobim (1927-1994) e Miúcha (1937-2018). Há também canções em inglês, como “Neverland”, “One Day” e “Secret”. O álbum se inicia com uma gravação de Itamar, “Mulher segundo meu Pai”, e finaliza com “Paixão cantada (o urso da cara brilhante)”, composta e interpretada pela filha de Anelis, Rubi Assumpção. Esse “retorno ao pai” e a “conclusão pela filha” dão ao disco um caráter de continuidade artística familiar, revelando as origens (o avô/pai) e concluindo com a possibilidade de futuro (neta/filha).

Em 2014, Anelis lança o álbum Amigos Imaginários, com mixagem do produtor americano Victor Rice (1967). Além de canções em português, o disco traz “inconcluso”, em espanhol. Há também parcerias de interpretação e composição com artistas que, assim como ela, levam frescor à cena da música popular brasileira. É o caso de “Declamação” e “Declaração”, produzidas com Céu (1980) e Kiko Dinucci (1977). Com esse disco, conquista o prêmio Deezer de artista do ano (2014) e o prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), de melhor artista revelação (2015).

O terceiro álbum, Taurina (2018), é inspirado na cidade de São Paulo e nos alimentos. Bem recebido pela crítica, é eleito pelo júri especializado do Prêmio Multishow como o melhor disco de 2018. Ao receber o prêmio, Anelis o dedica a todos os artistas independentes do país.

Além da carreira como cantora e compositora, Anelis trabalha como atriz e apresentadora: participa de vários episódios do programa Telecurso 2000; em 2009, apresenta o reality show Ecoprático, com o músico Peri Pane (1975); e, em 2010, na TV Cultura, o programa Manos e Minas, com o rapper Max B.O. (1979).

O ecletismo e o caráter experimental da produção de Anelis fazem dela uma artista que não se define de antemão, ainda que a combinação de várias referências musicais e a suavidade de seu timbre revelem a peculiaridade de sua produção artístico-musical. É, no entanto, na irreverência e na crítica social dotada de ironia e senso de humor que constrói suas canções, inspiradas na vida cotidiana de uma megalópole como a cidade de São Paulo.

Obras 7

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Mídias (1)

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Anelis Assumpção – Série Cada Voz (2019)
A cantora e compositora Anelis Assumpção conta que a música é a” filha mimada das artes”. Espaçosa e presente em muitas situações cotidianas, costuma carregar uma responsabilidade e um espaço que não se sabe se foi atribuído ou conquistado.

Em sua casa, sempre ocupada e em movimento, Anelis não se considera alguém do silêncio. Como elemento de sua produção musical, a escrita se torna estímulo para a criatividade.

Neste vídeo, a cantora também fala sobre o pai, Itamar Assumpção e a irmã, Serena. Comenta o quanto o mercado da música não dissocia a produção familiar de sua trajetória individual.

A Enciclopédia Itaú Cultural produz a série Cada Voz, em que personalidades da arte e cultura brasileiras são entrevistadas pelo fotógrafo Marcus Leoni. A série incorpora aspectos de suas trajetórias profissionais e pessoais, trazendo ao público um olhar próximo e sensível dos artistas.

Créditos
Presidente: Milú Villela
Diretor-superintendente: Eduardo Saron
Superintendente administrativo: Sérgio Miyazaki
Núcleo de Enciclopédia
Gerente: Tânia Rodrigues
Coordenação: Glaucy Tudda
Produção de conteúdo: Camila Nader
Núcleo de Audiovisual e Literatura
Gerente: Claudiney Ferreira
Coordenação: Kety Nassar
Produção audiovisual: Letícia Santos
Edição de conteúdo acessível: Richner Allan
Direção, edição e fotografia: Marcus Leoni
Assistência e montagem: Renata Willig
Assistência de fotografia: Martha Salomão

Fontes de pesquisa 8

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