Ordenação

Tipo de Verbete

Filtros

Áreas de Expressão
Artes Visuais
Cinema
Dança
Literatura
Música
Teatro

Período

A Enciclopédia é o projeto mais antigo do Itaú Cultural. Ela nasce como um banco de dados sobre pintura brasileira, em 1987, e vem sendo construída por muitas mãos.

Se você deseja contribuir com sugestões ou tem dúvidas sobre a Enciclopédia, escreva para nós.

Caso tenha alguma dúvida, sugerimos que você dê uma olhada nas nossas Perguntas Frequentes, onde esclarecemos alguns questionamentos sobre nossa plataforma.

Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Vânia Mignone

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 06.08.2024
20.10.1967 Brasil / São Paulo / Campinas
Reprodução fotográfica Sergio Guerrini/Itaú Cultural

Janeiro Infinito, 2002
Vânia Mignone
Acrílica sobre madeira
160,00 cm x 160,00 cm
Acervo Banco Itaú

Vânia Célia Mignone Gordo (Campinas, São Paulo, 1967). Pintora, gravadora. Partindo da xilogravura, seu trabalho mantém as características da técnica mesmo quando não utiliza madeira. Marcadas por cores intensas, suas criações propõem questionamentos por meio de elementos triviais.

Texto

Abrir módulo

Vânia Célia Mignone Gordo (Campinas, São Paulo, 1967). Pintora, gravadora. Partindo da xilogravura, seu trabalho mantém as características da técnica mesmo quando não utiliza madeira. Marcadas por cores intensas, suas criações propõem questionamentos por meio de elementos triviais.

Gradua-se em publicidade e propaganda pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC/Campinas), São Paulo, em 1989. Durante a faculdade, forma-se como bailarina de corpo de baile e dá aulas de dança no Conservatório Municipal de Campinas. Decide iniciar outra graduação, em educação artística, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que conclui em 1994. 

Inicia a atividade em artes visuais com xilogravuras que expõe em coletivas, como a Mail Art Exhibition, na Espanha, em 1990. As matrizes de madeira entintadas são impressas à mão sobre papel de arroz e a imagem obtida é retrabalhada com tinta e colagens. 

Aos poucos, a artista substitui o papel – material delicado – por placas de derivados da madeira. Entretanto, a relação com a gravura e com o papel se mantém, pois, muitas vezes, as pinturas sobre madeira trazem entalhes de goiva e colagens de papel. Mesmo a pincelada que define o contorno das figuras faz pensar no traço da xilogravura: é preta e grossa, tensa e forte. As outras cores são intensas e puras. Inicialmente, emprega apenas duas cores: o preto e outra cor quente e forte, como vermelho, amarelo ou laranja. Mesmo quando passa a incluir outras cores, sua paleta é reduzida e traz sempre tons vibrantes.

Ministra curso livre de arte para crianças e adolescentes, atividade que mantém paralelamente à produção artística. Em 1995, realiza a primeira individual na galeria da Fundação Nacional de Arte (Funarte), no Rio de Janeiro, e no Centro Cultural São Paulo (CCSP). Entre 1997 e 2000, conquista diversos prêmios, como o da Bienal Nacional de Santos e o prêmio aquisição do Projeto Abra/Coca-Cola de Arte Atual.

Suas pinturas tratam de solidão e isolamento. Retratam pessoas – uma ou duas –, objetos do cotidiano – mesas, cadeiras, plantas etc. – e palavras ou frases, sem que se estabeleça vínculo entre esses elementos: as palavras não são legendas das cenas e os objetos não ajudam a caracterizar ações das figuras humanas. Essa qualidade banal às vezes se torna assustadora e pode fazer lembrar uma das referências importantes de Mignone: o gravador Oswaldo Goeldi (1895-1961).

Mostrando momentos vazios da existência, narrativas suspensas em meio à vida urbana caótica e solitária, seu trabalho chama atenção sobretudo pela impressão de contraste causada pela banalidade dos elementos cotidianos e a intensidade das cores empregadas.

Obras 5

Abrir módulo
Reprodução fotográfica Humberto Pimentel/Itaú Cultural

Infinita Paisagem

Acrílica sobre madeira
Reprodução fotográfica Sergio Guerrini/Itaú Cultural

Janeiro Infinito

Acrílica sobre madeira
Reprodução fotográfica Iara Venanzi/Itaú Cultural

Sem Título

Acrílica sobre mdf [tríptico]
Reprodução fotográfica Humberto Pimentel/Itaú Cultural

Sem Título

Acrílica sobre mdf

Exposições 171

Abrir módulo

Fontes de pesquisa 11

Abrir módulo
  • ALVES, Cauê; SANT'ANNA, Margarida (Orgs.). Clube de gravura: a história do Clube de Colecionadores do MAM. São Paulo: Museu de Arte Moderna de São Paulo, 2007.
  • ANJOS, Moacir dos. Pinturas do comum e do incômodo. In: MIGNONE, Vânia. Vânia Mignone. São Paulo: Casa Triângulo, 2007.
  • CANTON, Katia. Novíssima arte brasileira: um guia de tendências. São Paulo: Iluminuras, 2001.
  • COELHO, Teixeira (Org.). Coleção Itaú Contemporâneo: arte no Brasil, 1981-2006. Apresentação de Olavo Egydio Setúbal. São Paulo: Itaú Cultural, 2006.
  • MIGNONE, Vânia. Vânia Mignone. Texto de Agnaldo Farias. Campinas: Museu de Arte Contemporânea de Campinas, 2001.
  • MIGNONE, Vânia. Vânia Mignone. Texto de Sigismond de Vajay. São Paulo: Casa Triângulo, 2009.
  • MIGNONE, Vânia. [Currículo virtual]. Disponível em: http://www.casatriangulo.com/site.htm. Acesso em: 2 jun. 2011.
  • MIGUEZ, Fábio. A imagem por dentro. In: MIGNONE, Vânia. Vânia Mignone. São Paulo: Galeria Sesc Paulista, 1997.
  • NOVA Arte Nova. Curadoria de Paulo Venâncio Filho. São Paulo: Centro Cultural Banco do Brasil, 2009.
  • PANORAMA DA ARTE BRASILEIRA, 30., 2007, São Paulo. Panorama da arte brasileira 2007: Contraditório. Curadoria Moacir dos Anjos. São Paulo: Museu de Arte Moderna de São Paulo, 2007. 192 p. Disponível em: https://mam.org.br/wp-content/uploads/2019/11/panorama-2007-pt-en-es-baixa-res.pdf.
  • PANORAMA DA ARTE BRASILEIRA, 30., 2007, São Paulo. Panorama da arte brasileira 2007: Contraditório. Curadoria Moacir dos Anjos. São Paulo: Museu de Arte Moderna de São Paulo, 2007. 192 p. Disponível em: https://mam.org.br/wp-content/uploads/2019/11/panorama-2007-pt-en-es-baixa-res.pdf.

Como citar

Abrir módulo

Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: