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Enciclopédia Itaú Cultural
Teatro

Bernardo Carvalho

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 20.11.2023
05.09.1960 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro
Bernardo Teixeira de Carvalho (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1960). Romancista, contista, jornalista e tradutor. Dono de uma prosa concisa, Bernardo Carvalho destaca-se no panorama da literatura brasileira pelo caráter contemporâneo de seus romances, dotados de narrativa fragmentada, discurso polifônico e personagens deslocados, em buscas inex...

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Bernardo Teixeira de Carvalho (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1960). Romancista, contista, jornalista e tradutor. Dono de uma prosa concisa, Bernardo Carvalho destaca-se no panorama da literatura brasileira pelo caráter contemporâneo de seus romances, dotados de narrativa fragmentada, discurso polifônico e personagens deslocados, em buscas inexoravelmente destinadas ao fracasso.

Formado em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ), em 1983, Bernardo Carvalho radica-se na cidade de São Paulo e, a partir de 1986, começa a trabalhar no jornal Folha de S.Paulo. Com dissertação a respeito da obra do diretor alemão Wim Wenders (1945), obtém grau de mestre em cinema pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP) em 1993. 

No mesmo ano, lança a coletânea de contos Aberração, que marca sua estreia na literatura. Nesse livro estão presentes temas e formas que se consolidam nas obras seguintes, como o tema do desaparecimento e a utilização da narrativa epistolar (em "A Música"), e a preferência dada a personagens desajustados, como no conto "O Olho no Vento".

No entanto, é por meio do romance que Bernardo Carvalho se destaca. Sua primeira obra no gênero, Onze, é de 1995. Em trabalhos consecutivos, como Os Bêbados e os Sonâmbulos (1996) e Mongólia (2003), tem continuidade a construção de personagens que constantemente deparam com figuras marcadas pelo desaparecimento, sob circunstâncias misteriosas.

Nove Noites (2006), um dos romances de maior êxito do autor, é composto de narrativas que misturam registros de cartas, páginas e anotações de diário e algumas reproduções fotográficas. Na obra, o narrador-protagonista empreende uma busca fracassada por personagens desaparecidos. As variações estilísticas distinguem a voz de personagens, obscuros e vacilantes, e a do narrador, expondo-lhe a perspectiva estilhaçada sobre as histórias que tenta recompor. 

Ainda na Folha de S.Paulo, exerce função de correspondente internacional em Paris e Nova York, diretor do suplemento de ensaios “Folhetim” e colunista fixo do caderno de cultura “Ilustrada”,  bem como a de crítico literário e tradutor. Em 2017, seu romance Simpatia pelo Demônio (2016) recebe o Prêmio Oceanos de literatura em língua portuguesa

A obra de Bernardo Carvalho descreve a relação do sujeito contemporâneo (descentrado, perdido) com aquilo que lhe é familiar e suas figuras de alteridade, utilizando-se de uma narrativa fragmentada e variações de estilo em sua escrita.

Obras 1

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Espetáculos 3

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Fontes de pesquisa 9

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  • CARVALHO, Bernardo. Aberração. Companhia das Letras: São Paulo, 1993.
  • CARVALHO, Bernardo. Mongólia. Companhia das Letras: São Paulo, 2003.
  • CARVALHO, Bernardo. Nove noites. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
  • CARVALHO, Bernardo. Onze. Companhia das Letras: São Paulo, 1995.
  • CARVALHO, Bernardo. Os bêbados e os sonâmbulos. Companhia das Letras: São Paulo, 1996.
  • FIRMINO, Caroline. Valor e Paranóia em Bernardo Carvalho. 2004.106 f. Dissertação (Mestrado em Literatura Brasileira e Teoria Literária) - Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Florianópolis, 2004.
  • MATA, André Luís Nunes da. À Deriva: Espaço e Movimento em Bernardo Carvalho. Artigo Científico, UnB, 2004.
  • Programa do Ciclo de Leituras Dramáticas, 2010.
  • Programa do Espetáculo - BR-3 - RJ, 2007.

Como citar

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