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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Ricardo Ohtake

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 19.04.2024
24.10.1942 Brasil / São Paulo / São Paulo
Ricardo Itsuo Ohtake (São Paulo, São Paulo, 1942). Gestor cultural, arquiteto e urbanista, artista gráfico, curador. Ocupa uma série de cargos relevantes à gestão cultural, destacando-se a direção do Centro Cultural São Paulo (CCSP). Na gestão pública da cultura, é nomeado diretor do Museu da Imagem e do Som, da Cinemateca Brasileira e Secretári...

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Ricardo Itsuo Ohtake (São Paulo, São Paulo, 1942). Gestor cultural, arquiteto e urbanista, artista gráfico, curador. Ocupa uma série de cargos relevantes à gestão cultural, destacando-se a direção do Centro Cultural São Paulo (CCSP). Na gestão pública da cultura, é nomeado diretor do Museu da Imagem e do Som, da Cinemateca Brasileira e Secretário da Cultura do Estado de São Paulo. Desde sua fundação, em 2001, dirige o Instituto Tomie Ohtake.

Nasce em uma família de imigrantes japoneses instalada no bairro paulistano da Mooca. Na adolescência, é presidente do grêmio estudantil e participa ativamente dos debates da comunidade escolar. Ao ingressar na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), intensifica o envolvimento com a militância política e filia-se ao Partido Comunista.

Formado em 1968, organiza um escritório de arquitetura e participa de projetos culturais e de urbanismo para a Secretaria Municipal de Planejamento. Paralelamente, atua como professor de artes, arquitetura e desenho industrial, desenvolvendo projetos de identidade visual de programações culturais. Também integra projetos da Secretaria Municipal de Educação e da Secretaria de Estado da Cultura.

É nomeado como chefe do setor de pesquisa de artes gráficas e, posteriormente, como organizador de exposições do Departamento de Informação e Documentação Artísticas (Idart) durante a gestão de Mario Chamie (1933-2011) na Secretaria Municipal de Cultura, no final da década de 1970, período no qual relata dificuldades no exercício das funções públicas por causa da oposição que exerce ao regime político da época. Na década de 1980, assume a direção da Associação dos Designers Gráficos (ADG-Brasil) e cria a Bienal da ADG, projeto de exposições sobre a história do design brasileiro e da produção contemporânea.

Participa diretamente da concepção do CCSP, inaugurado em maio de 1982, cuja idealização é fortemente influenciada pelo surgimento dos centros culturais multidisciplinares contemporâneos, especificamente o Centro Georges Pompidou, fundado em 1977, em Paris. O objetivo do projeto, na época, é o acesso livre da população à instituição, assim como a oferta de programação em distintos gêneros artísticos e a promoção de manifestações culturais diversas. Quando inaugurado, Ohtake torna-se o primeiro diretor do CCSP, cargo que ocupa até 1983. Durante sua gestão, empenha-se na concepção e execução de uma vasta programação cultural voltada para a geração de conhecimento, utilizando os três espaços do centro cultural: a biblioteca, as salas de exposição e os teatros/auditórios.

Entre 1989 e 1991, é diretor do Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS-SP). À frente do MIS, cria o Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo, formato então inovador no mercado brasileiro, especialmente no gênero ficcional, e que se consolida como um importante evento cultural da cidade de São Paulo. Enquanto gestor, incentiva o novo formato como estratégia de superação da escassez de fontes de financiamento para o cinema brasileiro que impacta diretamente a capacidade de produção de longa-metragens no país. No campo da música, incentiva a programação de música erudita da época, mais uma marca de sua inovação na gestão.

Após uma passagem como diretor da Cinemateca Brasileira entre 1992 e 1993, é Secretário de Estado da Cultura de São Paulo até 1995. Junto ao secretário da Justiça, determina a liberação irrestrita do acervo do Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Deops) para consulta. Encerra sua participação na gestão pública em 2001, ao deixar a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, que ocupa desde 1998.

Em 2001, cria e torna-se presidente do Instituto Tomie Ohtake, dedicado à sua mãe, a artista visual Tomie Ohtake (1913-2015). Instalado em um grande complexo que conta com sete salas de exposição, além de outras destinadas a seminários, documentação e ateliê, o Instituto promove um dinâmico programa de exposições que atrai grande público. Outras atividades do Instituto são a pesquisa, a edição de publicações e a promoção de cursos, sendo pioneiro na criação de novos processos de formação de professores e alunos das redes pública e privada de educação, então promovidos pelo Núcleo de Cultura e Participação. A instituição realiza ainda um programa voltado para a arquitetura brasileira, que inclui mostras de produção fotográfica com a arquitetura como tema, e o Prêmio de Arquitetura AkzoNobel.

Retorna ativamente ao espaço da universidade em 2015, como membro do Conselho Deliberativo do Instituto de Estudos Avançados da USP. Em 2017, é escolhido titular da Cátedra Olavo Setúbal, na qual coordena o ciclo de seminários Cultura, Institucionalidade e Gestão, visando à formação de novos gestores culturais. Por sua trajetória, recebe as condecorações da Orden de Isabel la Católica, na Espanha, e da Ordem de Rio Branco, além do Prêmio Ciccillo Matarazzo para a Personalidade do Ano 2013.

A trajetória de Ricardo Ohtake, em seu “ativismo cidadão”, é marcada por importantes contribuições em quatro áreas de atuação: política, cultura, artes e urbanismo, participando ativamente do movimento de democratização do acesso à cidade a partir do encontro entre arte e política.

Exposições 9

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