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Enciclopédia Itaú Cultural
Literatura

Alfredo Bosi

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 29.10.2024
26.08.1936 Brasil / São Paulo / São Paulo
07.04.2021 Brasil / São Paulo / São Paulo
Alfredo Bosi (São Paulo, São Paulo, 1936 - Idem, 2021). Crítico, historiador, ensaísta e professor. Considerado um dos mais importantes críticos literários do Brasil, produz obras sobre a literatura e escritores brasileiros e italianos, e é referência nos estudos de literatura e sociedade.

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Alfredo Bosi (São Paulo, São Paulo, 1936 - Idem, 2021). Crítico, historiador, ensaísta e professor. Considerado um dos mais importantes críticos literários do Brasil, produz obras sobre a literatura e escritores brasileiros e italianos, e é referência nos estudos de literatura e sociedade.

Em 1955, ingressa no curso de letras neolatinas da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (FFCL/USP).1 Em 1959, especializa-se em filologia românica e em literatura italiana e ocupa o cargo de docente do departamento de Literatura Italiana até 1969. Recebe uma bolsa do governo italiano em 1961 para estudar na Universidade de Florença, onde se dedica à filosofia do Renascimento e estética. 

De volta ao Brasil, organiza e prefacia com o jornalista Nilo Scalzo (1929-2007) a obra José Bonifácio, o Moço - Poesias (1962). Entre 1963 e 1970, escreve na seção Letras Italianas do suplemento literário do jornal O Estado de S. Paulo. Nesse período, doutora-se com a tese inédita Itinerário della Narrativa Pirandelliana (1964).

Além dos estudos sobre a língua italiana, aproxima-se da literatura brasileira e publica as obras O Pré-Modernismo (1966) e História Concisa da Literatura Brasileira (1970), que firmam Bosi como referência na crítica nacional. No mesmo ano, obtém o título de livre-docência com a tese Mito e Poesia em Leopardi, também inédita. Com a mudança de foco dos estudos, transfere-se para o Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da USP ainda em 1970 e assume a cadeira de literatura brasileira, da qual se torna titular em 1985. 

Atua politicamente no Brasil, e é um dos responsáveis por introduzir o pensamento do filósofo marxista italiano Antonio Gramsci (1891-1937). Durante a década de 1970, participa de grupos militantes em Osasco e São Paulo, ao lado de pastorais operárias, dando aulas e fazendo trabalho humanitário.

De 1985 a 1987, torna-se membro do Conselho Editorial da Edusp. No ano seguinte, lança Céu, Inferno, em que reúne ensaios que revelam seus interesses em estudos sobre as literaturas brasileira e italiana. Em 1989, assume o cargo de editor da revista Estudos Avançados, do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP). Publica Dialética da Colonização (1992), traduzida para o espanhol e o francês, em que mostra a amplitude de um olhar crítico que vê a literatura e suas interpretações dentro de um panorama amplo, transformando a história da literatura em análise profunda da sociedade brasileira. No ano seguinte, recebe o Prêmio Jabuti na categoria Ciências Humanas pela obra.

A importância de seu trabalho gera convites para lecionar em diversas instituições, como na École des Hautes Études en Sciences Sociales [Escola de Estudos Avançados em Ciências Sociais], em Paris, na qual atua em 1993, 1996 e 1999. 

Em 1997, assume a direção do IEA-USP e, em 1998 e 1999, coordena a Comissão de Defesa da Universidade Pública. De 2002 a 2003, preside a Comissão de Ética da USP. Publica Literatura e Resistência (2002), em que apresenta o reconhecimento da grande literatura como ruptura aos modelos da ideologia dominante, um padrão predominante em suas análises críticas.

No ano de 2003, torna-se o sétimo ocupante da cadeira número 12 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Em 2006, atua como professor titular aposentado na faculdade de Letras da USP. Publica Arte e Conhecimento em Leonardo da Vinci, pela Edusp, em 2017, e, dois anos depois, deixa o cargo de editor da revista Estudos Avançados.

Alfredo Bosi se constitui como um nome importante para os estudos da produção literária ao analisá-la como documento essencial para compreender a sociedade brasileira e sua dinâmica.

 

Nota

1. O nome permanece até 1969, quando a faculdade passa a se chamar Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP).

Obras 1

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Exposições 1

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Fontes de pesquisa 7

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