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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Vicente de Mello

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 26.09.2018
1967 Brasil / São Paulo / São Paulo
Arquivo do artista

Eclipse 1919, 2009
Vicente de Mello
Fotografia preto e branco em papel lustro ilford multigrade, com tratamento de preservação a base de selênio [triptico]

Vicente Henriques Botelho de Mello (São Paulo, São Paulo, 1967). Fotógrafo. Formado em comunicação social, publicidade e propaganda, em 1989, pela Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro. Entre 1992 e 1994, cursa especialização em história da arte e arquitetura no Brasil, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ). Trab...

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Biografia

Vicente Henriques Botelho de Mello (São Paulo, São Paulo, 1967). Fotógrafo. Formado em comunicação social, publicidade e propaganda, em 1989, pela Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro. Entre 1992 e 1994, cursa especialização em história da arte e arquitetura no Brasil, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ). Trabalha como estagiário no Instituto Nacional de Fotografia da Fundação Nacional de Arte (Infoto/Funarte), de 1988 a 1989; no Departamento de Fotografia do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), em 1989; e no Laboratório Lexington Labs, Nova York, em 1992. Na década de 1990, atua como assistente fotográfico e direciona sua atividade profissional para a área de reprodução de obras de arte. De 1993 a 1998, é responsável pelo setor de documentação fotográfica das exposições da Coleção Gilberto Chateaubriand, que integra o acervo do MAM/RJ. Paralelamente, realiza pesquisas fotográficas que, indiretamente, versam sobre elementos e características específicas do meio: a luz, a câmera obscura, as possibilidades de enquadramento, etc. Produz a série Topografia Imaginária, com fotos em preto-e-branco de fragmentos de corpos humanos, e começa a expor em galerias e museus. Recebe o Prêmio Brasília de Artes Visuais do Museu de Arte Moderna de Brasília em 1998. Dois anos depois, monta seu próprio estúdio no Rio de Janeiro, onde trabalha na área editorial.

Análise

Vicente de Mello concilia investigações sobre elementos específicos da fotografia com questionamentos de caráter intimista. Possui ensaios sobre o corpo humano, paisagens, objetos e ambientes privados, mas seu interesse está voltado, sobretudo, para a luz, o tempo e a idéia de fragmentação.

Topografia Imaginária, 1994, é um conjunto de fotografias em preto-e-branco de corpos humanos registrados em primeiríssimo plano. Lembrando abstrações, as dobras e marcas na pele aludem à passagem do tempo e conferem um sentido erótico aos trabalhos.

Noite Americana apresenta uma seqüência de fotos de interiores e paisagens urbanas feitas em condições precárias de iluminação. Predominam contra-luzes, imagens escuras e com pouca definição. As pessoas estão sozinhas e, muitas vezes, aparecem dormindo. Nos ambientes vazios há vestígios de que alguém esteve ali recentemente, como lençóis amarrotados, uma televisão ligada ou uma réstia de luz entrando pela porta semi-aberta. O conjunto sugere uma narrativa que, embora desconexa, remete ao clima de mistério do cinema noir norte-americano dos anos 1950.

Em Galácticas, Mello enfoca luminárias, lustres e neons como se fossem corpos celestes. Ao trabalhar a luz como tema, o artista retoma o ideário modernista de que a arte deve se voltar para seus próprios meios. Além disso, isolando os objetos de seus contextos originais, cria imagens de sentido abstrato que põem em xeque a noção de fotografia como documento.

Obras 1

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Arquivo do artista

Eclipse 1919

Fotografia preto e branco em papel lustro ilford multigrade, com tratamento de preservação a base de selênio [triptico]

Espetáculos 2

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Exposições 137

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Mídias (1)

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Vicente de Mello - Enciclopédia Itaú Cultural
“Ninguém te ensina a fotografar, é só calibrar o olho”, acredita o artista Vicente de Mello. Seu legado, conta ele, vem de José Oiticica Filho, um dos papas da fotografia moderna na década de 1950, cuja obra Mello teve acesso no período de 12 anos em que trabalhou no acervo do Museu de Arte Moderna carioca. José Oiticica Filho registrou o Rio de Janeiro de sua época no auge da fotografia enquanto status de arte. Manipulava os originais com nanquim, propondo novas camadas e luzes às paisagens e aos objetos retratados. Esse universo encantou Mello, que passou a procurar no “submerso das imagens” sua inspiração: “Quando abstraio, mais e mais as pessoas têm compreensão do que faço. Até mais do que quando faço figurativo”, diz. Suas fotografias, expostas em museus e galerias do Brasil e do mundo, exploram formas, planos, volumes, luzes, contra-luzes e distâncias, podendo revelar ou não objetos, pessoas e paisagens.

Produção: Documenta Vídeo Brasil
Captação, edição e legendagem: Sacisamba
Intérprete: Carolina Fomin (terceirizada)
Locução: Júlio de Paula (terceirizado)

Fontes de pesquisa 17

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  • ARTE brasileira contemporânea: doações recentes/ 96. São Paulo: MAM, 1996.
  • BRASIL Reflexão 97: a arte contemporânea da gravura. Curadoria Uiara Bartira. Curitiba: Fundação Cultural de Curitiba, 1997.
  • CARBONCINI, Anna (coord.). Coleção Pirelli/MASP de Fotografias: v. 11. Versão em inglês Kevin M. Benson Mundy. São Paulo: MASP, 2002.
  • FOTOGRAFIAS no acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo. São Paulo: MAM, 2002.
  • IDENTIDADE/NÃO identidade: a fotografia brasileira atual. Curadoria Tadeu Chiarelli e Rejane Cintrão. São Paulo: MAM, 1997.
  • INTERVALOS: evento paralelo à documenta de Kassel. Curadoria Vitória Daniela Bousso; tradução Izabel Murat Burbridge. São Paulo: Paço das Artes, 1997.
  • LOBACHEFF, Georgia e BOFFA, Marcelo (Coord.). Fotógrafos e fotoartistas na Coleção do Museu de Arte Moderna de São Paulo: fotografia contemporânea brasileira. Curadoria Georgia Lobacheff. São Paulo: Espaço Porto Seguro de Fotografia, 1999.
  • MELLO, Vicente de. Noite americana: interiores. Apresentação e organização Nessia Leonzini. São Paulo: D.Concept Escritório de Arte Contemporânea, 2004. 1 folha dobrada, il., p&b.
  • MELLO, Vicente de. Vermelhos telúricos. Texto Maaretta Jaukkuri, Ivo Mesquita; versão em inglês Gustavo Couto Stevens. Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil, 2001. [48] p., il. p&b, color.
  • O ESPÍRITO da nossa época: coleção Dulce e João Carlos de Figueiredo Ferraz. Curadoria Stella Teixeira de Barros, Ricardo Resende; versão em inglês Thomas William Nerney, Izabel Murat Burbridge. São Paulo: MAM, 2001.
  • PAIVA, Joaquim (org.). Visões e alumbramentos: fotografia brasileira contemporânea na coleção Joaquim Paiva. Versão em inglês Katica Szabó, Laura Ferrari. São Paulo: BrasilConnects Cultura & Ecologia, 2002.
  • PAIXÃO do olhar: instalação, pintura, fotografia e vídeo. Rio de Janeiro: MAM, 1993.
  • PONTE Rio-Niterói: artistas selecionados no projeto. Niterói: Galeria de Arte/UFF, 1997. [24 p.], il. p.b.
  • Programa do Espetáculo - Conjugado - 2004. Não catalogado
  • SEMANA DE ARTE DE LONDRINA (6. : 2000: Londrina, PR), MOREIRA, Maria Carla Guarinello de Araujo (coord.). Possíveis imagens: [fotografia contemporânea]. Apresentação Maria Carla G. de Araujo Moreira; curadoria Angela Magalhães, Nadja Peregrino; texto Nadja Peregrino, Angela Magalhães. Londrina: Universidade Estadual de Londrina, 2000.
  • TRANSFIGURAÇÕES: o Rio no olhar contemporâneo. Curadoria Nadja Peregrino, Angela Magalhães, versão em inglês Carolyn Brisset, Patrícia Anne Tate. Rio de Janeiro, RJ: Centro Cultural Light, 2001.
  • TREVISAN, Ricardo (coord.). Amanhã, hoje: a Casa Triângulo de 1988 a 1995. Curadoria Maria Izabel Branco Ribeiro; texto Tadeu Chiarelli. São Paulo: Casa Triângulo, 1995. 63 p., il. p&b color.

Como citar

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