Camera Obscura
Texto
Definição
Expressão latina que designa um princípio que já fora descrito por Aristóteles na antigüidade grega, e pelo cientista árabe Alhazen no século X, mas que só teve utilização prática a partir de 1558, quando Giovanni Battista della Porta (ca.1542-1597) aconselhou seu uso aos artistas, conselho seguido entre outros, por Leonardo da Vinci (1452-1519). As primeiras cameras obscuras eram constituídas por meras caixas dotadas de um pequeno orifício para deixar entrar a luz num dos lados, de modo a produzir uma imagem na superfície oposta, posteriormente, surgiram modelos mais complexos, dotados de objetivas e vidro despolido para facilitar o controle e a visualização da imagem. O grande aperfeiçoador deste aparato foi o matemático Johann Strumm, que criou, em 1676, o modelo portátil que iria inspirar mais tarde tanto Joseph Nicéphore Niépce (1765-1833) quanto William Henry Fox Talbot (1800-1877) para a confecção das primeiras câmaras fotográficas, nas quais o material fotossensível passou a captar a imagem anteriormente decalcada pelo desenhista.
Atenção: não se deve confundir camera obscura, em sua forma original latina, como câmara escura, que normalmente serve de sinônimo para laboratório fotográfico, sala especial vedada à luz na qual são processados os materiais fotossensíveis, podendo designar ainda o compartimento das câmaras fotográficas, igualmente vedado à luz, no qual são colocados os filmes virgens para possibilitar a tomada de fotografias.
Como citar
Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo:
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CAMERA Obscura.
In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2025.
Disponível em: https://front.master.enciclopedia-ic.org/termo82/camera-obscura. Acesso em: 04 de maio de 2025.
Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7