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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Márcio Sampaio

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 16.05.2017
1941 Brasil / Minas Gerais / Santa Maria de Itabira
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Ressurreição Curva, 1981
Márcio Sampaio
Acrílica sobre tela
100,00 cm x 80,00 cm

Márcio Sampaio (Santa Maria de Itabira, Minas Gerais, 1941). Crítico de arte, pintor, desenhista, poeta e professor. Aos 12 anos começa a pintar, copiando cartões-postais e figuras de revistas. Em 1953, muda-se para Itabira, Minas Gerais, onde tem suas primeiras lições de pintura, com Emília de Cause. Transfere-se para Belo Horizonte em 1959, e ...

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Biografia

Márcio Sampaio (Santa Maria de Itabira, Minas Gerais, 1941). Crítico de arte, pintor, desenhista, poeta e professor. Aos 12 anos começa a pintar, copiando cartões-postais e figuras de revistas. Em 1953, muda-se para Itabira, Minas Gerais, onde tem suas primeiras lições de pintura, com Emília de Cause. Transfere-se para Belo Horizonte em 1959, e ingressa na Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. Expõe Poemas-Cartazes na 1ª Semana Nacional de Poesia de Vanguarda, na Reitoria da UFMG, em 1963. Ainda no início da década de 1960, funda, com um grupo de amigos, a revista de vanguarda Ptyx. Realiza sua primeira mostra individual em 1964, mesmo ano em que lança o livro de poesias Rubro Apocalíptico. Passa a atuar como crítico de arte no jornal Diário de Minas em 1965 e lança seu segundo livro de poemas, O Ciclo de Barro. No ano seguinte, começa a colaborar como ilustrador no suplemento literário do Minas Gerais, recém-criado pelo escritor Murilo Rubião (1916 - 1991). Participa da 9ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1967. Entre 1968 e 1971, é coordenador do Museu de Arte da Pampulha (MAP). Em 1971, inicia a série de obras denominada Galeria Antropofágica e, no ano seguinte, assume a coordenação do Palácio das Artes de Belo Horizonte. Ingressa como professor na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais - EBA/UFMG em 1977, e se aposenta em 1999. Em 2005 é realizada na Grande Galeria do Palácio das Artes de Belo Horizonte a exposição Declaração de Bens, retrospectiva de 50 anos de sua carreira.

Análse

Márcio Sampaio dedica-se inicialmente ao desenho, no qual, como nota o historiador da arte Roberto Pontual, revela o interesse pelos costumes e pela cultura mineira. O artista explora também questões da fotografia e da paisagem urbana, como na série Indicações, s.d. e cria obras a partir de objetos do cotidiano.

Uma de suas séries mais conhecidas é a Galeria Antropofágica, iniciada em 1971, na qual recria com humor e ironia obras de diferentes artistas nacionais, como Tarsila do Amaral (1886-1973) , Milton Dacosta (1915-1988) e Amilcar de Castro (1920-2002), apresentando-as juntamente com trabalhos de artistas internacionais, como Piet Mondrian (1872 - 1944) e Kazimir Malevitch (1878 - 1935).

Durante a década de 1970, Sampaio passa a atuar como crítico de arte, escrevendo primeiramente para o Diário de Minas Gerais e em seguida para o Suplemento Literário de Minas Gerais. Como nota a historiadora da arte Marília Andrés Ribeiro, o artista procura ainda incentivar o trabalho de jovens artistas mineiros, promovendo mostras coletivas como o Happening Brasil: a Festa, a Construção, Arte Total, 1970 que, por meio de imagens da arte popular e do repertório moderno, busca uma releitura da cultura brasileira. No final da década de 1960, ao coordenar os eventos do Museu de Arte da Pampulha, organiza o 1º Salão de Arte Contemporânea de Belo Horizonte, com o qual abre espaço para as propostas dos artistas da vanguarda mineira, como José Ronaldo Lima (1939), Lotus Lobo (1943), Jarbas Juarez (1936), Raymundo Colares (1944-1986) e Noviello (1929), entre outros. É curador de grandes mostras temáticas como A Paisagem Mineira, 1977, no Palácio das Artes, que apresenta uma ampla reflexão sobre a história da paisagem local, e Desenho Mineiro, 1979, no mesmo local, que procura demonstrar as potencialidades dessa técnica em Minas Gerais, desde o modernismo.

Obras 4

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Exposições 60

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Fontes de pesquisa 21

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  • 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989. R703.0981 P818d
  • 4X minas. Texto Marcus de Lontra Costa, Angelo Oswaldo, Philippe Cyroulnik, Ferreira Gullar, Roberto Pontual, Márcio Sampaio; tradução Maurício Fernandes. Rio de Janeiro: MAM, 1993. 48 p., il. color.
  • AYALA, Walmir. Dicionário de pintores brasileiros. Organização André Seffrin. 2. ed. rev. e ampl. Curitiba: Ed. UFPR, 1997. R750.81 A973d 2.ed.
  • AYALA, Walmir. Dicionário de pintores brasileiros. Rio de Janeiro: Spala, 1992. 2v.
  • BIENAL INTERNACIONAL DE SÃO PAULO, 9., 1967, SÃO PAULO, SP. Catálogo geral. São Paulo: Fundação Bienal, 1967. 700 BI588sp 9/1967
  • DICIONÁRIO brasileiro de artistas plásticos. Organização Carlos Cavalcanti e Walmir Ayala. Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1973-1980. 4v. (Dicionários especializados, 5).
  • GONÇALVES, Regis. O eterno guerreiro da vanguarda. UFMG - Boletim Informativo. Belo Horizonte, Ano 32, n° 1560, 27 nov. 2005. Disponível em: http://www.ufmg.br/boletim/bol1506/oitava.shtml. Acesso em: jan. 2006.
  • LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988.
  • LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988. R759.981 L533d
  • PONTUAL, Roberto. Arte brasileira contemporânea: Coleção Gilberto Chateaubriand. Tradução Florence Eleanor Irvin, John Knox. Rio de Janeiro: Edições Jornal do Brasil, 1976.
  • PONTUAL, Roberto. Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand. Rio de Janeiro: Edições Jornal do Brasil, 1987.
  • PONTUAL, Roberto. Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand. Rio de Janeiro: Edições Jornal do Brasil, 1987. 709.8104 Cg492pr
  • RIBEIRO, Marília Andrés (org.); SILVA, Fernando Pedro da (org.). Um século de história das artes plásticas em Belo Horizonte. Belo Horizonte: C/Arte, 1997. (Centenário).
  • SALÃO GLOBAL DE INVERNO, 8. , 1981, Belo Horizonte, MG. 8º Salão Global de Inverno. Minas / Arte atual. Belo Horizonte: Rede Globo, 1981.
  • SALÃO PARANAENSE, 29., 1972, Paraná, PR. 29º Salão Paranaense. Curitiba: Teatro Guaíra, 1972.
  • SALÃO PARANAENSE, 29., 1972, Paraná, PR. 29º Salão Paranaense. Curitiba: Teatro Guaíra, 1972. PRsp 1972
  • SALÃO PARANAENSE, 37., 1980, Paraná, PR. 37º Salão Paranaense. Curitiba: Teatro Guaíra, 1980.
  • TOMA de Minas a estrada. Rio de Janeiro: Hotel Nacional, 1984. , il. color.
  • TOMA de Minas a estrada. Rio de Janeiro: Hotel Nacional, 1984. Mgsec 1984
  • ZANINI, Walter (org.). História geral da arte no Brasil. São Paulo: Fundação Djalma Guimarães: Instituto Walther Moreira Salles, 1983. v. 1.

Como citar

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