Márcio Sampaio
![Ressurreição Curva, 1981 [Obra]](http://d3swacfcujrr1g.cloudfront.net/img/uploads/2000/01/001709004013.jpg)
Ressurreição Curva, 1981
Márcio Sampaio
Acrílica sobre tela
100,00 cm x 80,00 cm
Texto
Biografia
Márcio Sampaio (Santa Maria de Itabira, Minas Gerais, 1941). Crítico de arte, pintor, desenhista, poeta e professor. Aos 12 anos começa a pintar, copiando cartões-postais e figuras de revistas. Em 1953, muda-se para Itabira, Minas Gerais, onde tem suas primeiras lições de pintura, com Emília de Cause. Transfere-se para Belo Horizonte em 1959, e ingressa na Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. Expõe Poemas-Cartazes na 1ª Semana Nacional de Poesia de Vanguarda, na Reitoria da UFMG, em 1963. Ainda no início da década de 1960, funda, com um grupo de amigos, a revista de vanguarda Ptyx. Realiza sua primeira mostra individual em 1964, mesmo ano em que lança o livro de poesias Rubro Apocalíptico. Passa a atuar como crítico de arte no jornal Diário de Minas em 1965 e lança seu segundo livro de poemas, O Ciclo de Barro. No ano seguinte, começa a colaborar como ilustrador no suplemento literário do Minas Gerais, recém-criado pelo escritor Murilo Rubião (1916 - 1991). Participa da 9ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1967. Entre 1968 e 1971, é coordenador do Museu de Arte da Pampulha (MAP). Em 1971, inicia a série de obras denominada Galeria Antropofágica e, no ano seguinte, assume a coordenação do Palácio das Artes de Belo Horizonte. Ingressa como professor na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais - EBA/UFMG em 1977, e se aposenta em 1999. Em 2005 é realizada na Grande Galeria do Palácio das Artes de Belo Horizonte a exposição Declaração de Bens, retrospectiva de 50 anos de sua carreira.
Análse
Márcio Sampaio dedica-se inicialmente ao desenho, no qual, como nota o historiador da arte Roberto Pontual, revela o interesse pelos costumes e pela cultura mineira. O artista explora também questões da fotografia e da paisagem urbana, como na série Indicações, s.d. e cria obras a partir de objetos do cotidiano.
Uma de suas séries mais conhecidas é a Galeria Antropofágica, iniciada em 1971, na qual recria com humor e ironia obras de diferentes artistas nacionais, como Tarsila do Amaral (1886-1973) , Milton Dacosta (1915-1988) e Amilcar de Castro (1920-2002), apresentando-as juntamente com trabalhos de artistas internacionais, como Piet Mondrian (1872 - 1944) e Kazimir Malevitch (1878 - 1935).
Durante a década de 1970, Sampaio passa a atuar como crítico de arte, escrevendo primeiramente para o Diário de Minas Gerais e em seguida para o Suplemento Literário de Minas Gerais. Como nota a historiadora da arte Marília Andrés Ribeiro, o artista procura ainda incentivar o trabalho de jovens artistas mineiros, promovendo mostras coletivas como o Happening Brasil: a Festa, a Construção, Arte Total, 1970 que, por meio de imagens da arte popular e do repertório moderno, busca uma releitura da cultura brasileira. No final da década de 1960, ao coordenar os eventos do Museu de Arte da Pampulha, organiza o 1º Salão de Arte Contemporânea de Belo Horizonte, com o qual abre espaço para as propostas dos artistas da vanguarda mineira, como José Ronaldo Lima (1939), Lotus Lobo (1943), Jarbas Juarez (1936), Raymundo Colares (1944-1986) e Noviello (1929), entre outros. É curador de grandes mostras temáticas como A Paisagem Mineira, 1977, no Palácio das Artes, que apresenta uma ampla reflexão sobre a história da paisagem local, e Desenho Mineiro, 1979, no mesmo local, que procura demonstrar as potencialidades dessa técnica em Minas Gerais, desde o modernismo.
Obras 4
Descanso do Modelo
Galeria Antropofágica
Galeria Antropofágica 1
Ressurreição Curva
Exposições 60
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22/9/1968 - 8/1/1967
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12/12/1970 - 5/2/1969
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12/12/1970 - 5/2/1969
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12/12/1971 - 8/2/1970
Fontes de pesquisa 21
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Como citar
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MÁRCIO Sampaio.
In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2025.
Disponível em: https://front.master.enciclopedia-ic.org/pessoa11837/marcio-sampaio. Acesso em: 03 de maio de 2025.
Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7