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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Mário Gruber

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 25.10.2024
31.05.1927 Brasil / São Paulo / Santos
28.11.2011 Brasil / São Paulo / Cotia
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Grupo do Coração Maneiro, 1987
Mário Gruber
Óleo sobre tela, c.i.e.
100,00 cm x 100,00 cm

Mário Gruber Correia (Santos, São Paulo, 1927 - Cotia, São Paulo, 2011). Pintor, gravador, escultor, muralista. Autodidata, começa a pintar em 1943. Muda-se para São Paulo em 1946 e matricula-se na Escola de Belas Artes, onde é aluno do escultor Nicolau Rollo (1889-1970). Em 1947, ganha o primeiro prêmio de pintura na exposição do grupo 19 Pinto...

Texto

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Mário Gruber Correia (Santos, São Paulo, 1927 - Cotia, São Paulo, 2011). Pintor, gravador, escultor, muralista. Autodidata, começa a pintar em 1943. Muda-se para São Paulo em 1946 e matricula-se na Escola de Belas Artes, onde é aluno do escultor Nicolau Rollo (1889-1970). Em 1947, ganha o primeiro prêmio de pintura na exposição do grupo 19 Pintores. No ano seguinte realiza sua primeira exposição individual e passa a estudar gravura com Poty (1924-1998) e a trabalhar com Di Cavalcanti (1897-1976). Recebe bolsa de estudo em 1949, vai morar em Paris, estuda na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts [Escola Nacional Superior de Belas Artes] com o gravador Édouard Goerg (1893-1969) e trabalha com Candido Portinari (1903-1962). Retorna ao Brasil em 1951 e funda o Clube de Gravura (posteriormente Clube de Arte) em sua cidade natal, onde volta a residir. É professor de gravura no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP) em 1953, e dá aulas de gravura em metal na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), em São Paulo, entre 1961 e 1964. Monta ateliê de gravura em São Paulo em 1970. De 1974 a 1978, mora em Paris, depois, ao retornar ao Brasil, mora em Olinda, Pernambuco. Em 1979, monta ateliê em Nova York. De volta a São Paulo, realiza obras de grande porte em espaços públicos como a estação Sé do Metrô e o Memorial da América Latina. Na década de 2000, continua a trabalhar intensamente, com uma produção anual de 100 a 120 obras.

Análise

Autodidata, Mário Gruber começa a pintar na metade da década de 1940, apresentando uma produção ligada ao expressionismo. Em 1949, recebe uma bolsa do governo francês, e viaja para Paris, onde se dedica ao estudo de pintura e gravura. Retorna ao Brasil em 1951. Em sua obra gráfica dessa época, aproxima-se do realismo social praticado por outros artistas ligados aos clubes de gravura. A cidade, suas ruas e casas são temas para sua produção gráfica.

Mário Gruber realiza também pinturas de caráter figurativo, partindo de imagens cotidianas, como a vida nas metrópoles, para envolvê-las em jogos de imaginação. O artista cria personagens fantásticos, utilizando cores contrastantes que remetem à produção do pintor holandês Rembrandt van Rijn (1606-1669) e do espanhol Diego Velázquez (1599-1660). A partir da década de 1970, passa a empregar recursos do processo fotográfico, como a ampliação, para criar novos tipos de imagens. Pesquisa  também as linguagens da televisão e do cinema. Mantém um constante diálogo com a tradição da história da arte, como na exposição de 1985, na qual recria telas do pintor italiano Michelangelo Merisi da Caravaggio (1571-1610) e do francês Georges de La Tour (1593-1652), realizando ampliações a partir dos quadros desses artistas e apreendendo a dramaticidade e a dinâmica da luz presentes em suas obras.

A luminosidade apurada, a gama cromática muito controlada e a pincelada livre estão presentes em quadros posteriores, como Balão Verde e Preto (1996). Criando personagens que são freqüentemente  mascarados, magos, anjos e robôs, Gruber produz obras que causam estranheza e relacionam-se a uma temática  ligada ao realismo fantástico.

Obras 35

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Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Arlequim

Mista sobre duratex
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Astolfos

Acrílica sobre tela sobre madeira
Reprodução fotográfica Milton Gamez

Barra do Una

Óleo sobre tela

Espetáculos 1

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Exposições 146

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Fontes de pesquisa 26

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  • 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989. R703.0981 P818d
  • ALMEIDA, Paulo Mendes de. De Anita ao museu. São Paulo: Perspectiva : Diâmetros Empreendimentos, 1976. (Debates, 133).
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  • DICIONÁRIO brasileiro de artistas plásticos. Organização Carlos Cavalcanti e Walmir Ayala. Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1973-1980. 4v. (Dicionários especializados, 5).
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  • GRUBER, Mário. Gruber. São Paulo: Renato Magalhães Gouvêa Galeria de Arte, 1979. , il. color.
  • GRUBER, Mário. Mário Gruber: pinturas. São Paulo: Renato Magalhães Gouvêa Escritório de Arte, 1993. [32] p., il.
  • GRUBER, Mário. Mário Gruber: pinturas. São Paulo: Renato Magalhães Gouvêa Escritório de Arte, 1996.
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  • LOUZADA, Maria Alice do Amaral. Artes plásticas Brasil 1999. São Paulo: Júlio Louzada, 1999. v. 11. R702.9 L895a v. 11
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  • O PAPEL da arte. São Paulo: MAC, 2000.
  • OS GRUPOS: a década de 40. São Paulo: Museu Lasar Segall, 1977. (Ciclo de Exposições de Pintura Brasileira Contemporânea).
  • PANORAMA DE ARTE ATUAL BRASILEIRA, 1987, SÃO PAULO, SP. Panorama de Arte Atual Brasileira 1987: arte sobre papel. São Paulo: MAM, 1987.
  • PERFIL da Coleção Itaú. Curadoria Stella Teixeira de Barros. São Paulo: Itaú Cultural, 1998. IC 708 P438
  • PONTUAL, Roberto. Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand. Rio de Janeiro: Edições Jornal do Brasil, 1987.
  • SCHENBERG, Mario. Pensando a arte. São Paulo: Nova Stella, 1988.
  • SUGIMOTO, Luiz. Histórias de um sobrevivente. Sala de imprensa, Campinas: UNICAMP, 19 a 25 set. 2005. Disponível em: [http:// www. unicamp.br /unicamp /unicamp_hoje /ju/ setembro2005 /ju302pag 12.html]. Acesso em: 03 jul 2006.
  • ZANINI, Walter (org.). História geral da arte no Brasil. São Paulo: Fundação Djalma Guimarães: Instituto Walther Moreira Salles, 1983. v. 1.

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