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Enciclopédia Itaú Cultural
Teatro

A Vida na Praça Roosevelt

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 17.12.2015
20.08.2005 Brasil / São Paulo / São Paulo
Segunda parte da trilogia iniciada por Transex, trata-se da versão brasileira que o grupo Os Satyros monta com base na peça Das Leben auf der Praça Roosevelt, da alemã Dea Loher, diretora do Thalia Theater, de Hamburgo, e parceira da companhia brasileira.

Texto

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Histórico

Segunda parte da trilogia iniciada por Transex, trata-se da versão brasileira que o grupo Os Satyros monta com base na peça Das Leben auf der Praça Roosevelt, da alemã Dea Loher, diretora do Thalia Theater, de Hamburgo, e parceira da companhia brasileira.

O texto original reúne algumas histórias de habitantes e freqüentadores da Praça Roosevelt, compiladas pela diretora alemã no Brasil. Essas variam do drama (um policial em coma, cujo filho morre e a mulher vive amargurada) à hiperviolência (o assassinato de homossexuais de modo hediondo). Na faixa intermediária desses temas, sobretudo a memória, procura criar um campo afetivo para a platéia, que se depara com invocações de humanismo vindas de um meio pouco conhecido. Há nuances nesse universo comumente visto como reduto de tráfico de drogas e sexo.

A crítica Mariângela Alves de Lima (1947) analisa o retrato da Praça Roosevelt que é composto pelo espetáculo: "É uma representação do entorno dos Satyros, mas certamente não uma contemplação do próprio umbigo. Pelo contrário, os materiais e situações que convergem para a cena podem referir-se a qualquer metrópole do planeta. Aqueles que perderam seu lugar no mundo do trabalho, pessoas segregadas em razão do comportamento sexual, bandidos e os desmoralizados mantenedores da lei são figuras que o conceito moderno de cidade exila sem afastar. Isola-se o indivíduo em meio à multidão. O movimento da peça é, por essa razão, duplo. Caracteriza o exílio social e econômico e a solidão extrema para, em seguida, representar as novas formas de agrupamento e auxílio mútuo construídas de modo original".1

Essa universalidade dos materiais a que a crítica se refere pode ser identificada na trilha (Ivam Cabral), no figurino (Fabiano Machado) e na maquete (Anne Cerruti). Rodolfo García Vázquez, Prêmio Shell 2005 de melhor diretor pela montagem, evita o tom realista em favor de uma poética da performance dos atores, da organização do espaço e das impressões visuais.

Notas

1. LIMA, Mariângela Alves de. Um recorte sensível do desamparo. O Estado de S. Paulo, São Paulo, Caderno 2, 30 set. 2005.

Ficha Técnica

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Fontes de pesquisa 2

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  • COELHO, Sérgio Salvia. Os Satyros consagram sua praça Roosevelt. Folha de S.Paulo, São Paulo, Ilustrada, 25 ago. 2005. p. 8.
  • LIMA, Mariângela Alves de. Um recorte sensível do desamparo. O Estado de S. Paulo, São Paulo, Caderno 2, 30 set. 2005.

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