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Enciclopédia Itaú Cultural
Teatro

Alcassino e Nicoleta

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 17.12.2015
28.09.1994 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro – Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB Rio)
Um dos espetáculos mais representativos da recorrente utilização de obras literárias como fonte da teatralidade dos anos 1990, Alcassino e Nicoleta é a tradução, em linguagem coloquial, de um romance medieval.

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Histórico

Um dos espetáculos mais representativos da recorrente utilização de obras literárias como fonte da teatralidade dos anos 1990, Alcassino e Nicoleta é a tradução, em linguagem coloquial, de um romance medieval.

O romance francês Alcassin et Nicolette, típico da literatura cortês do século XIII, sobre o amor entre o Conde de Beaucaire e uma escrava sarracena, foi tão lido e recontado em seu tempo que até a melodia de suas canções atravessou os séculos. O diretor André Paes Leme aproveita a forma épica para contextualizar a narrativa em uma cozinha, onde os empregados, para se divertir, recontam a fábula, usando para isso os recursos de que dispõem - frutas e legumes, colheres de pau, cestos, etc. O cenário - a mesa em torno da qual eles trabalham e os bancos - assim como os adereços se transformam ao longo da narrativa. Todos os atores representam o par romântico e os demais personagens da trama. As músicas cantadas entram, da mesma forma, neste jogo em que os contadores criam, realizam e participam da história e em que a brincadeira de contar reveste cada episódio e torna cada solução cênica uma surpresa. Segundo o crítico Lionel Fischer, "as marcações são criativas, a manipulação e transformação de objetos extremamente fantasiosa, o ritmo é sempre preciso e a relação com a platéia se dá de forma envolvente".1 Considerando que o elenco é significativamente responsável pelo êxito do espetáculo, o crítico destaca duas atuações: "Eliane Costa tem participação irretocável: ótima voz, forte presença cênica, acurado senso de humor e convincente em todos os momentos, a atriz tem um dos melhores desempenhos de sua carreira. Outro destaque é Sérgio Xavier: valorizando ao máximo todas as suas participações, a elas imprimindo sutilezas dignas de todos os aplausos, o ator exibe uma versatilidade que, certamente, dentro em breve o levará a ocupar um lugar de destaque no cenário artístico da cidade".2

A crítica Barbara Heliodora (1923-2015), que encerra o texto elogiando os bonecos de Fernando Sant'Anna, enaltece a concepção visual do espetáculo: "... são atraentes as soluções rústicas das várias cortinas de varetas e do peso do mobiliário de Carlos Alberto Nunes [...]; e a neutralidade de seu esquema de cor não só destaca o colorido da 'tapeçaria' pendurada ao fundo (muito charmosa) como - e principalmente - o dos simpáticos e imaginativos figurinos de Samuel Abrantes (1961), que aproveitam de modo divertido elementos perfeitamente modernos (tais como cestinhas de plástico) para sugerir uma Idade Média não muito fiel mas muito teatral".3

Notas
1. FISCHER, Lionel. Paixão, risos e cumplicidade. Tribuna da Imprensa, Rio de Janeiro, 6 out. 1994.

2. Ibid.

3.  HELIODORA, Barbara. Paródia que se perdeu do original. O Globo, Rio de Janeiro, 3 out. 1994.

 

Ficha Técnica

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Fontes de pesquisa 3

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  • ALCASSINO e Nicoleta. Rio de Janeiro: Funarte / Cedoc. Dossiê Espetáculos Teatro Adulto.
  • FISCHER, Lionel. Paixão, risos e cumplicidade. Tribuna da Imprensa, Rio de Janeiro, 6 out. 1994.
  • HELIODORA, Barbara. Paródia que se perdeu do original. O Globo, Rio de Janeiro, 3 out. 1994.

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