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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Carlos Martins

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 06.01.2021
28.01.1946 Brasil / São Paulo / Araçatuba

Canto 6, 1976
Carlos Martins
Água-forte e água-tinta

Carlos Botelho Martins Filho (Araçatuba SP 1946). Gravador, desenhista, museólogo, curador, professor. Na década de 1960, muda-se para São Paulo. Forma-se em arquitetura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, em 1969. Três anos depois, estuda desenho e pintura na Escola Brasil:. Entre 1973 e 1977, viaja para a Europa e frequenta cursos de gr...

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Biografia
Carlos Botelho Martins Filho (Araçatuba SP 1946). Gravador, desenhista, museólogo, curador, professor. Na década de 1960, muda-se para São Paulo. Forma-se em arquitetura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, em 1969. Três anos depois, estuda desenho e pintura na Escola Brasil:. Entre 1973 e 1977, viaja para a Europa e frequenta cursos de gravura em metal na Chelsea School of Art, na Sir John Cass School of Arts e na Slade School of Arts, na Inglaterra. Na Itália, em Urbino, frequenta a Academia Raffaelo. De volta ao Brasil, em 1978, participa do 1º Salão Nacional de Artes Plásticas, no Museu Nacional de Belas Artes - MNBA. Expõe na 2ª Bienal Iberoamericana, realizada pelo Instituto Cultural Domecq, no México, em 1980. Recebe, em 1982, o prêmio de melhor gravador pela Associação Paulista de Críticos de Arte - APCA. Em 1986, viaja para Nova York para estudar monotipia. Ao retornar ao Brasil, leciona gravura na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC/RJ e no Museu Histórico do Ingá, em Niterói, Rio de Janeiro. Em 1984, funda o Gabinete de Gravura do Museu Nacional de Belas Artes e, entre 1991 e 1995, dirige os Museus Castro Maya, no Rio de Janeiro. Ao lado de Valéria Piccoli, torna-se curador da Coleção Brasiliana de Jacques Kugel, em 1996. Adquirida pela fundação inglesa Rank-Packard, essa coleção vem para o Brasil, em regime de comodato, sob responsabilidade da Fundação Estudar, e, em 2002, é doada em caráter definitivo. Em 2006, com Valéria Piccoli e Eddy Stols, publica o livro O Diplomata e Desenhista Benjamin Mary e as Relações da Bélgica com o Império do Brasil.

Comentário crítico
Carlos Martins utiliza-se de procedimentos alegóricos que apontam para mudanças no caráter temático das gravuras. Com técnicas como água-forte, água-tinta, monotipia, cria espaços vazios, paisagens realizadas no Brasil e interiores melancólicos que se contrapõem às gravuras de temas sociais ou abstratas.

Em seus trabalhos, veem-se pequenas casas, pinheiros, rochas, que são desenhados tomando como base a figura de um triângulo, forma estável e estruturante da composição. Esse signo, elemento marcante em suas gravuras, é utilizado, muitas vezes, para compor alegorias que trazem como referência a literatura, como na série O Guarany, 1986, pautada na obra do escritor José de Alencar.

Os trabalhos de Martins revelam um tom intimista, pessoal, que chega a se confundir com fragmentos de memória ou com algo semelhante a um diário de viagem. O realismo de base fotográfica é rearticulado de modo a injetar no real um certo mistério. Em alguns trabalhos, os personagens são retratados em contraluz, fazendo com que suas identidades sejam conhecidas apenas por meio das sombras de seus corpos.

Em formatos pequenos, o artista opera a partir da sugestão, por indícios que possibilitam ao observador elaborar narrativas diversas. São fragmentos que, pela singularidade da repetição, retêm parte de uma experiência particular do artista.

Obras 1

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Exposições 51

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Fontes de pesquisa 20

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  • A MATA. Curadoria Glaucia Amaral. São Paulo: MAC/USP, 1991.
  • BIENAL BRASIL SÉCULO XX, 1994, São Paulo, SP. Bienal Brasil Século XX: catálogo. Curadoria Nelson Aguilar, José Roberto Teixeira Leite, Annateresa Fabris, Tadeu Chiarelli, Maria Alice Milliet, Walter Zanini, Cacilda Teixeira da Costa, Agnaldo Farias. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1994. Disponível em: https://issuu.com/bienal/docs/name049464.
  • CHIARELLI, Tadeu (org). Alegoria. São Paulo: MAM, [2002].
  • GRAVURA brasileira: quatro temas. Curadoria e texto Nelson Augusto. Rio de Janeiro: Escola de Artes Visuais do Parque Lage, 1989.
  • GRAVURA moderna brasileira: acervo Museu Nacional de Belas Artes. Curadoria Rubem Grilo. Rio de Janeiro: Museu Nacional de Belas Artes, 1999.
  • GRAVURA: arte brasileira do século XX. São Paulo: Itaú Cultural: Cosac & Naify, 2000.
  • IMAGEM gráfica. Rio de Janeiro, 1995. Escola de Artes Visuais do Parque Lage e Universidade Estadual do Rio de Janeiro, 160p. il. , p. b. 85-85954-02-7.
  • INVESTIGAÇÕES: a gravura brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2000. (Rumos Itaú Cultural Artes Visuais).
  • MARTINS, Carlos. Carlos Martins. Rio de Janeiro: Gravura Brasileira, 1980.
  • MARTINS, Carlos. Gravuras em metal. São Paulo: Galeria Luisa Strina, 1978. 1f. dobrada, 1f. solt il. p. b.
  • MARTINS, Carlos. Gravuras em metal. Vitória: Galeria de Arte e Pesquisa/UFES, 1984. folha dobrada il. p. b.
  • MARTINS, Carlos. Gravuras. Apresentação Roberto Pontual. Rio de Janeiro: Escola de Artes Visuais do Parque Lage, 1992. folha dobrada il. p. b.
  • MOSTRA RIO GRAVURA, 1999, Rio de Janeiro. Mostra Rio Gravura: catálogo geral dos eventos. Tradução Stephen Berg. Rio de Janeiro: Prefeitura Municipal, 1999.
  • OS COLECIONADORES - Guita e José Mindlin: matrizes e gravuras. Curadoria Jacob Klintowitz. São Paulo: Centro Cultural FIESP, 1998.
  • PANORAMA DA ARTE ATUAL BRASILEIRA, São Paulo, 1987. Arte sobre papel. São Paulo: MAM, 1987.
  • PANORAMA da Arte Atual Brasileira : arte sobre papel. Curadoria Alberto Beuttenmüller. São Paulo : MAM, 1984.
  • POÉTICA da resistência: aspectos da gravura brasileira. Curadoria Armando Mattos, Denise Mattar, Marcus de Lontra Costa. Rio de Janeiro: MAM, 1994.
  • SALÃO DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE PIRACICABA, 14., 1981, Piracicaba, SP. 14º Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba. Piracicaba: Prefeitura Municipal, 1981.
  • SALÃO NACIONAL DE ARTES PLÁSTICAS, 4., 1981, Rio de Janeiro, RJ. 4ª Salão Nacional de Artes Plásticas. Rio de Janeiro: Funarte, 1981.
  • SALÃO NACIONAL DE ARTES PLÁSTICAS, 4., 1981, Rio de Janeiro, RJ. 4ª Salão Nacional de Artes Plásticas. Rio de Janeiro: Funarte, 1981.

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