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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Água-forte

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 06.02.2015
Termo usado até o século XVII para designar o ácido, chamado atualmente de nítrico, quando diluído em água. Por ser usado num dos processos da calcografia, em que a imagem obtida na impressão é fixada sobre uma chapa metálica após a corrosão dos traços do artista, pelo ácido nítrico, passou a designar, além do processo, a matriz usada para a imp...

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Definição
Termo usado até o século XVII para designar o ácido, chamado atualmente de nítrico, quando diluído em água. Por ser usado num dos processos da calcografia, em que a imagem obtida na impressão é fixada sobre uma chapa metálica após a corrosão dos traços do artista, pelo ácido nítrico, passou a designar, além do processo, a matriz usada para a impressão da gravura e a própria gravura, já concluída. O processo se dá a partir do revestimento da chapa - que pode ser de ferro, cobre, latão ou zinco - com um verniz de proteção, seguido da incisão do desenho que se deseja obter, com estilete ou outra ferramenta de ponta metálica. Dessa forma, o desenho aparece onde o verniz foi retirado, sem arranhar o metal, permitindo a ação do ácido, que forma os sulcos em que a tinta será colocada. O tempo do mergulho no ácido pode definir tonalidades diferentes e o processo pode ser repetido inúmeras vezes. O método da água-forte pode ser combinado com outros processos de gravura, em particular a ponta-seca, mas difere de todos os outros por ser o único em que a gravação é feita totalmente pela ação dos ácidos.

À precisão da técnica do buril, a água-forte contrapõe a espontaneidade da linha, que traz para a imagem impressa o ar de desenho. Rembrandt (1606-1669) é considerado um dos maiores água-fortistas da história da arte (Três Cruzes), associando frequentemente a água-forte à ponta-seca. Recorrem também á água-forte Albrecht Dürer (1471-1528) (Canhão), Francisco de Goya (1746-1828) (a famosa série, Os Caprichos, publicada em 1799 e O Gigante, ca.1820, entre outros), Lucas van Leyden (ca.1494-1533) e Parmigianino (1503-1540), dos primeiros italianos a produzir águas-fortes originais a partir de seus próprios projetos.

Fontes de pesquisa 6

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  • BUTI, Marco (org.), LETYCIA, Anna (org.). Gravura em metal. São Paulo: Edusp: Imprensa Oficial do Estado, 2002.
  • CAMARGO, Iberê. A Gravura. Porto Alegre: Sacra-DC Luzzatto, 1992.
  • CHILVERS, Ian (org.). Dicionário Oxford de arte. Tradução Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
  • COSTELLA, Antonio F. Introdução a gravura e história da xilogravura. Campos do Jordão: Mantiqueira, 1984.
  • LUCIE-SMITH, Edward. Dicionário de Termos de Arte. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1990.
  • MARTINS, Itajahy. Gravura: arte e técnica. Prefácio Pietro Maria Bardi. São Paulo: Fundação Nestlé de Cultura, 1987.

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