Ordenação

Tipo de Verbete

Filtros

Áreas de Expressão
Artes Visuais
Cinema
Dança
Literatura
Música
Teatro

Período

A Enciclopédia é o projeto mais antigo do Itaú Cultural. Ela nasce como um banco de dados sobre pintura brasileira, em 1987, e vem sendo construída por muitas mãos.

Se você deseja contribuir com sugestões ou tem dúvidas sobre a Enciclopédia, escreva para nós.

Caso tenha alguma dúvida, sugerimos que você dê uma olhada nas nossas Perguntas Frequentes, onde esclarecemos alguns questionamentos sobre nossa plataforma.

Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Macaparana

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
1952 Brasil / Pernambuco / Macaparana
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini

Sem Título, 1997
Macaparana
Técnica mista sobre madeira
170,00 cm x 30,00 cm

José de Souza Oliveira Filho (Macaparana PE 1952). Pintor, desenhista e escultor. Autodidata, inicia sua carreira como pintor figurativo. Realiza sua primeira mostra individual em Recife, em 1970, na Galeria da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur). Em 1972, muda-se para o Rio de Janeiro e em 1973 para São Paulo, onde se instala definitivam...

Texto

Abrir módulo

Biografia
José de Souza Oliveira Filho (Macaparana PE 1952). Pintor, desenhista e escultor. Autodidata, inicia sua carreira como pintor figurativo. Realiza sua primeira mostra individual em Recife, em 1970, na Galeria da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur). Em 1972, muda-se para o Rio de Janeiro e em 1973 para São Paulo, onde se instala definitivamente. Durante cerca de 10 anos expõe nas duas cidades trabalhos que tematizam o ex-voto. Em 1983, o contato com Willys de Castro (1926-1988), expoente do neoconcretismo e decisivo para a mudança de seu trabalho. Participa da 21ª Bienal Internacional de São Paulo em 1991. Suas exposições, individuais e coletivas, já estiveram em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Brasília, México, Japão, Nova York e Londres. Em 2009 realiza exposição individual de esculturas, pinturas e desenhos na Galeria Cayon, em Madri, e participa da coletiva Materia Gris, na mesma galeria.

Comentário Crítico
No início de sua trajetória artística, nos anos 1970, Macaparana realiza pinturas voltadas para a aridez de sua região natal - o sertão pernambucano. Posteriormente, ganha força em sua pintura o tema do ex-voto. Este objeto de devoção, porém, não é tomado como metáfora da religiosidade nordestina, nem mesmo como manifestação do comportamento arcaico brasileiro, como aponta o crítico Olívio Tavares de Araújo, mas sim como um volume de madeira cujas texturas encantam o artista. Gradativamente, o tema do ex-voto é abandonado e Macaparana passa a reproduzir na tela somente as texturas da madeira, num processo crescente de geometrização. Ao mesmo tempo, surge seu interesse em construir volumes usando sobras desse material. Em relação a essas obras, o crítico Frederico Morais avalia que o artista logra retirar da pobreza do material toda sua força poética e construtiva, trabalhando com tapumes, restos de construção e móveis deteriorados. Ao juntar esses fragmentos ou lascas de madeira em uma nova ordem, ele mantém as cores e texturas originais, o que sobra de velhas camadas de tinta, as irregularidades e estragos, como se quisesse captar uma dimensão temporal nesses resíduos de uma arqueologia urbana. O encontro com a obra de Willys de Castro (1926-1988) representa uma inflexão na obra do artista pernambucano. Inicia-se assim uma nova fase em sua carreira, de franco diálogo com o neoconcretismo, na qual predominam os segmentos de retas e as formas mais elementares, tais como, o triângulo, o retângulo e o quadrado. Mantendo-se no campo da geometria, Macaparana amplia o leque de materiais utilizados ao trabalhar com poliestireno, acrílico e aço, a partir dos anos 2000.

Obras 28

Abrir módulo
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini

Composição

Acrílica sobre hardboard
Reprodução fotográfica Claudio Cohn

Composição V

Técnica mista sobre tela
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini

Sem Título

Técnica mista sobre madeira

Exposições 69

Abrir módulo

Fontes de pesquisa 14

Abrir módulo
  • 10 artistas de tendência fantástica. Apresentação Olívio Tavares de Araújo. São Paulo: No Sobrado Galerias de Arte, 1973. [12p.]: il. color.
  • 18 Contemporâneos. São Paulo: Dan Galeria, 1987.
  • AYALA, Walmir. Dicionário de pintores brasileiros. Rio de Janeiro: Spala, 1992. 2v. R759.981 A973d v.2
  • DACOLEÇÃO: os caminhos da arte brasileira. São Paulo: Júlio Bogoricin, 1986.
  • GONÇALVES, Lisbeth Rebollo. Tendências construtivas no acervo do MAC USP: construção, medida e proporção. Curadoria Daisy V. M. Peccinini de Alvarado. Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil, 1996. Exposição realizada no período de 01 ago. a 29 set. 1996.
  • GULLAR, Ferreira. Reencontro com a infância: Macaparana. Isto É, São Paulo, 8 mai. 1985.
  • KLINTOWITZ, Jacob. O Ofício da arte: a pintura. 2. ed. São Paulo: SESC SP, 1987.
  • MACAPARANA. Exposição de Macaparana. São Paulo : Galeria Seta, 1980. folha dobrada, il. p.b. color.
  • MACAPARANA. Macaparana. Texto Francisco de Castro. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1991. 12 p., il. color, foto p&b. [XXI Bienal Internacional de São Paulo].
  • MACAPARANA. Macaparana: esculturas e relevos. Rio de Janeiro: Galeria Bonino, 1987. 16 p., il., p&b., foto.
  • MACAPARANA. Macaparana: pinturas e relevos. Rio de Janeiro: Galeria Bonino, 1985. 12 p., il. p&b. color., fot.
  • MACAPARANA. Macaparana: pinturas recentes, 1988. São Paulo: Mônica Filgueiras Galeria de Arte, 1988. , il. color., foto p&b.
  • MACAPARANA. Macaparana: pinturas. São Paulo: Galeria Bonino, 1983. , il. p&b. color., fot.
  • MOSTRA do acervo. São Paulo: Sudameris Galleria, 1996. SPsuda 1996/m

Como citar

Abrir módulo

Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: