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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Frida Baranek

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 16.02.2024
1961 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro

Sem Título, 1985
Frida Baranek
Pedra, caixas de madeira, lâmpadas e fios condutores
60,00 cm x 100,00 cm

Frida Lidia Baranek (Rio de Janeiro RJ 1961). Escultora, arquiteta, gravadora, desenhista. Estuda escultura, entre 1982 e 1984, com João Carlos Goldberg (1947) e Tunga (1952), na Escola de Artes Visuais do Parque Lage - EAV/Parque Lage e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ. Forma-se em arquitetura pela Universidade Santa Úrsula, ...

Texto

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Biografia

Frida Lidia Baranek (Rio de Janeiro RJ 1961). Escultora, arquiteta, gravadora, desenhista. Estuda escultura, entre 1982 e 1984, com João Carlos Goldberg (1947) e Tunga (1952), na Escola de Artes Visuais do Parque Lage - EAV/Parque Lage e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ. Forma-se em arquitetura pela Universidade Santa Úrsula, no Rio de Janeiro, em 1983. Em 1984, inicia pós-graduação em escultura pela Parsons School of Design, em Nova York. Atua com desenho, gravura e predominantemente com escultura. Em suas obras emprega materiais industrializados, como placas, hastes e fios de ferro ou aço, que muitas vezes são previamente expostos à ação do tempo, de maneira a perder sua aparência original. Reside em Paris na década de 1990, depois em Berlim e, a partir de 2002, vive em Nova York. Desde o fim da década de 1980, produz esculturas empregando pedras e filamentos de ferro que se expandem, adaptadas aos espaços expositivos. Em produção posterior, de 2001, trabalha com armários, que guardam objetos inusitados como chapas de metal, peças de avião, tubos e emaranhados de fios.

Análise

Em sua produção, Frida Baranek utiliza com freqüência materiais industrializados cujas propriedades estão intimamente relacionadas à expressão visual das obras, como placas, hastes e fios de ferro ou aço. Esses materiais são expostos previamente à ação do tempo, de maneira a perder sua aparência original, aproximando-se assim de destroços.

Baranek trabalha constantemente questões relacionadas a equilíbrio e desequilíbrio, como na obra de 1985, na qual um balão vermelho sustenta uma pedra, parecendo contrariar a gravidade. Em obras posteriores insere placas de metal ou pedras em emaranhados de filamentos de ferro. Nessas peças existe o jogo de equilíbrio no qual, aparentemente, o material mais leve sustenta o mais pesado. A obra não tem um formato predefinido, adaptando-se ao espaço. A artista explora também a tensão entre formas orgânicas e materiais inorgânicos, estabelecendo uma contradição entre os materiais industriais e a delicadeza obtida em suas esculturas.

Na opinião da historiadora da arte Aracy Amaral, um olhar mais atento percebe, entretanto, que "a linearidade do desenho parece se insinuar através da transparência da 'massa' tridimensional explicitando a manipulação que ela opera com seus materiais, adequando-os à sua proposta. Frida Baranek 'concebe a imagem', como diz, antes de realizar sua instalação, mais mentalmente em primeira instância. No entanto, o gestual do desenho é visível em seu trabalho [...] a revelar formas/planos como um penetrável que se transpõe pelo olhar através do emaranhado do arame oxidado ".1

Em produção posterior, Baranek trabalha com armários abertos, que revelam fios, tubos, chapas de metais ou mesmo peças de avião. Essas obras causam estranhamento ao apresentar objetos retirados de seu contexto cotidiano, e pela sugestão de temas ligados ao inconsciente.

Nota

1 AMARAL, Aracy. Frida Baranek In BARANEK, Frida. Frida Baranek. São Paulo: Gabinete de Arte Raquel Arnaud, 1990, n. p.

Obras 8

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Bolo

Ferro e pedras de mármore

Golfo

Ferro e mármore branco

Sem Título

Pedra, caixas de madeira, lâmpadas e fios condutores

Exposições 107

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Fontes de pesquisa 13

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  • BARANEK, Frida. Frida Baranek. Apresentação Aracy Amaral. São Paulo: Gabinete de Arte Raquel Arnaud, 1990. B225 1990
  • BARANEK, Frida. Frida Baranek. Texto de Aracy Amaral. São Paulo: Gabinete de Arte Raquel Arnaud, 1990.
  • BARANEK, Frida. Frida Baranek. Tradução Alberto Dwek. São Paulo: Gabinete de Arte Raquel Arnaud, 1993. B225 1993
  • BIENAL BRASIL SÉCULO XX, 1994, São Paulo, SP. Bienal Brasil Século XX: catálogo. Curadoria Nelson Aguilar, José Roberto Teixeira Leite, Annateresa Fabris, Tadeu Chiarelli, Maria Alice Milliet, Walter Zanini, Cacilda Teixeira da Costa, Agnaldo Farias. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1994. Disponível em: https://issuu.com/bienal/docs/name049464.
  • BIENAL BRASIL SÉCULO XX, 1994, São Paulo, SP. Bienal Brasil Século XX: catálogo. Curadoria Nelson Aguilar, José Roberto Teixeira Leite, Annateresa Fabris, Tadeu Chiarelli, Maria Alice Milliet, Walter Zanini, Cacilda Teixeira da Costa, Agnaldo Farias. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1994. Disponível em: https://issuu.com/bienal/docs/name049464. 700 BI588sp
  • BIENAL INTERNACIONAL DE SÃO PAULO, 20., 1989, São Paulo. 20ª Bienal Internacional de São Paulo. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1989. Exposição realizada no período de 14 out. a 10 dez. 1989. Disponível em: https://issuu.com/bienal/docs/20___bienal_de_s__o_paulo_-_vol._i_. SPfb 1989
  • ENTRE o desenho e a escultura. Apres. Cacilda Teixeira da Costa e Milú Villela. Texto de Lisette Lagnado. São Paulo: MAM, 1995.
  • ENTRE o desenho e a escultura. Tradução Alberto Dwek, Noemi Jaffe Cartum. São Paulo: MAM, 1995. SPmam 1995/d
  • HERKENHOFF, Paulo. Frida Baranek. In: JAÚ e arte: um compromisso. São Paulo: Jaú S/A Construtora e Incorporadora, 1989. n. p.
  • JAÚ e arte: um compromisso. Apresentação Marcantônio Vilaça. São Paulo: Jaú Construtora e Incorporadora, 1989. SPj 1989
  • MAMMÌ, Lorenzo. Frida Baranek. In: ARTISTAS brasileiros na 20a Bienal Internacional de São Paulo = Brazilian artists in the 20th International São Paulo Biennial. São Paulo: Fundação Bienal: Marca d´Água, 1989. p. 43.
  • SALZSTEIN, Sônia. Frida Baranek. Galeria: Revista de Arte, São Paulo, n. 20, p. 58-61, 1990. Não catalogado
  • ________. Frida Baranek. Textos de Catherine Bompuis e Laura J. Hoptman. São Paulo: Gabinete de Arte Raquel Arnaud, 1993.

Como citar

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