Ordenação

Tipo de Verbete

Filtros

Áreas de Expressão
Artes Visuais
Cinema
Dança
Literatura
Música
Teatro

Período

A Enciclopédia é o projeto mais antigo do Itaú Cultural. Ela nasce como um banco de dados sobre pintura brasileira, em 1987, e vem sendo construída por muitas mãos.

Se você deseja contribuir com sugestões ou tem dúvidas sobre a Enciclopédia, escreva para nós.

Caso tenha alguma dúvida, sugerimos que você dê uma olhada nas nossas Perguntas Frequentes, onde esclarecemos alguns questionamentos sobre nossa plataforma.

Enciclopédia Itaú Cultural
Cinema

Linn da Quebrada

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 30.07.2024
18.07.1990 Brasil / São Paulo / São Paulo
Registro fotográfico Marcus Leoni

Linn da Quebrada, 2019

Lina Pereira (São Paulo, São Paulo, 1990). Artista multimídia, cantora, compositora, atriz e performer. Usa música e performance para dar visibilidade a questões de gênero, corpo e sexualidade, remetendo-se, principalmente, à luta de travestis e pessoas transgênero, marginalizadas pela sociedade.

Texto

Abrir módulo

Lina Pereira (São Paulo, São Paulo, 1990). Artista multimídia, cantora, compositora, atriz e performer. Usa música e performance para dar visibilidade a questões de gênero, corpo e sexualidade, remetendo-se, principalmente, à luta de travestis e pessoas transgênero, marginalizadas pela sociedade.

Inicia carreira como Mestre de Cerimônias (MC), compondo rimas de rap, mas é no funk que se consolida, com a música “Enviadescer” (2016). As letras de Linn são explícitas e evidenciam o desejo e a sexualidade considerados fora da norma. Suas mensagens questionam o masculino e a sociedade, construídos em torno do machismo e da superioridade do homem diante do feminino.

Em 2017, Linn da Quebrada lança seu primeiro disco, Pajubá, gravado por meio de campanha de financiamento coletivo. O disco mistura diferentes influências e ritmos musicais, que garantem uma sonoridade que vai do funk, seu lugar de origem, até ritmos das religiões afro-brasileiras.

No disco, são relançadas músicas como “Bixa Preta”, e “Enviadescer”. A primeira, com produção do cantor Jaloo (1987), põe em foco questões raciais para além da sexualidade e ganha nova roupagem. Acompanham canções inéditas como “Tomara” e “Bixa Travesty”. As letras seguem questionando o masculino e a posição central do homem na sociedade e nas discussões sobre sexualidade. Em Pajubá, o tema central é a potência dos corpos femininos e, segundo Linn, a forma de ela sustentar em si mesma a força do feminino. As apresentações no palco trazem o corpo da artista como instrumento de performance. 

Também transita pelo audiovisual, como no projeto BlasFêmea (2017), filme experimental que traz “Mulher” como música tema. O clipe, roteirizado, dirigido e protagonizado por Linn e lançado na SP-Arte, é dividido em três momentos: primeiro, há uma crítica ao “culto da masculinidade”, que gera relações de poder abusivas; depois, a narrativa busca a sinergia entre todas as representações de feminilidade contra a violência motivada pelo machismo, a transfobia e a misoginia; por fim, são exibidas cenas reais das vivências das mulheres que participaram do trabalho.

No ano seguinte de BlasFêmea, Linn protagoniza e colabora no roteiro do longa-metragem Bixa Travesty, dirigido por Claudia Priscilla (1972) e Kiko Goifman (1968), que mescla documentário com ficção  e combina relatos e registros de shows da artista. Segundo Claudia “O discurso da Linn trata de uma política do cotidiano, de uma forte discussão sobre o corpo como ferramenta e da transgeneridade”.

O corpo e suas possibilidades de vivenciar o feminino são  centrais no trabalho de Linn da Quebrada. Seus projetos, por meio  da música e da performance, são manifestos pela liberdade de expressão e de sexualidade de corpos marginalizados.

Mídias (1)

Abrir módulo
Linn da Quebrada – Série Cada Voz (2019)
Nesse vídeo, Linn da Quebrada fala sobre identidade de gênero, os desafios impostos por uma sociedade normativa, sua trajetória familiar e o desenvolvimento da carreira artística.

A Enciclopédia Itaú Cultural produz a série Cada Voz, em que personalidades da arte e cultura brasileiras são entrevistadas pelo fotógrafo Marcus Leoni. A série incorpora aspectos de suas trajetórias profissionais e pessoais, trazendo ao público um olhar próximo e sensível dos artistas.

Créditos
Presidente: Milú Villela
Diretor-superintendente: Eduardo Saron
Superintendente administrativo: Sérgio Miyazaki
Núcleo de Enciclopédia
Gerente: Tânia Rodrigues
Coordenação: Glaucy Tudda
Produção de conteúdo: Camila Nader
Núcleo de Audiovisual e Literatura
Gerente: Claudiney Ferreira
Coordenação: Kety Nassar
Produção audiovisual: Letícia Santos
Edição de conteúdo acessível: Richner Allan
Direção edição e fotografia: Marcus Leoni
Assistência e montagem: Renata Willig
Assistência de fotografia: Rui Dias Monteiro

Fontes de pesquisa 5

Abrir módulo

Como citar

Abrir módulo

Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: