Ordenação

Tipo de Verbete

Filtros

Áreas de Expressão
Artes Visuais
Cinema
Dança
Literatura
Música
Teatro

Período

A Enciclopédia é o projeto mais antigo do Itaú Cultural. Ela nasce como um banco de dados sobre pintura brasileira, em 1987, e vem sendo construída por muitas mãos.

Se você deseja contribuir com sugestões ou tem dúvidas sobre a Enciclopédia, escreva para nós.

Caso tenha alguma dúvida, sugerimos que você dê uma olhada nas nossas Perguntas Frequentes, onde esclarecemos alguns questionamentos sobre nossa plataforma.

Enciclopédia Itaú Cultural
Teatro

Sebastião Milaré

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 22.07.2024
23.11.1945 Brasil / São Paulo / Guapiaçu
10.07.2014 Brasil / São Paulo / São Paulo
Sebastião Milaré (Guapiaçu, São Paulo, 1945 - São Paulo, São Paulo, 2014). Crítico e teórico. Presença assídua no panorama crítico e teórico desde os anos 1970, estudioso da obra de Antunes Filho (1929).

Texto

Abrir módulo

Biografia
Sebastião Milaré (Guapiaçu, São Paulo, 1945 - São Paulo, São Paulo, 2014). Crítico e teórico. Presença assídua no panorama crítico e teórico desde os anos 1970, estudioso da obra de Antunes Filho (1929).

Entre 1971 e 1989 assina a coluna de crítica teatral e realiza matérias investigativas no periódico Artes, integrando-se à comunidade da militância crítica. Assina também a crítica teatral do Diário do Grande ABC em 1972 e 1973. Nesse período está presente em outras atividades ligadas aos palcos, como roteirista de shows ou autor, sendo de sua autoria Medo de Vivo É a Solidão, de Maricene Costa, em 1971; A Trupe Futurista Conta o Bumba Meu Boi Modernista, em 1992; A Casa das Maravilhas, inédita em 1994; A Solidão Proclamada, roteiro para balé de 1998; A Flor e o Concreto, em 1999. É dramaturgo do projeto Viagem ao Centro do Círculo, da Cena Lusófona, realizando workshops em Angola, Moçambique, Cabo Verde, Portugal e Brasil. Desse projeto resulta o espetáculo Quem Come Quem, apresentado em Coimbra, em 2001.

Seu interesse pela obra do encenador Antunes Filho é muito e leva-o a publicar diversos textos, com ênfase para Antunes Filho e a Dimensão Utópica, ensaio sobre a vida do artista no período anterior à fundação do Centro de Pesquisa Teatral (CPT), 1994.

Conclui igualmente uma longa pesquisa sobre os primórdios da renovação cênica nacional, enfocando a obra do pioneiro Renato Viana (1894-1953), denominada A Batalha da Quimera - Renato Viana e o Modernismo Cênico Brasileiro. Esse trabalho é publicado pela Funarte, em 2009, com o título Batalha da Quimera. Em 1998, organiza um amplo encontro entre artistas de três continentes ligados à cena lusófona, lançando um número da revista Sete Palcos, totalmente dedicado ao teatro brasileiro, reunindo artigos de especialistas sobre o teatro nos anos 1990. Organiza, em 2008, a mostra Diálogos Cênicos Brasil-Espanha - Linguagens Híbridas, com a participação de grupos espanhóis e brasileiros, que resulta no Dossiê Brasil, no nº 326 da revista Primer Acto, na Espanha, com participação de Milaré ao lado de outros críticos brasileiros e espanhóis.

É correspondente e colaborador crítico de importantes revistas estrangeiras, ajudando a divulgar a cena nacional no exterior, como La Escena Latino América, Diógenes e Sete Palcos, sendo um dos integrantes do Centro Latino Americano de Investigación Teatral (Celcit), promotor de eventos e publicações. Publica na revista japonesa BT-Bijutsu Techo, em 1989, um artigo sobre a participação do dançarino japonês Ruy Sequido na 21ª Bienal Internacional de São Paulo. Sua monografia dedicada ao teatro brasileiro  publicada na Revista USP, é traduzida como Las Estaciones Poéticas de Antunes Filho e consta da edição nº 93 da revista Conjunto, da Casa das Américas, Cuba, em 1993.

Participa de importantes publicações internacionais como História del Teatro Latinoamericano - Sistema Textual/Brasil 1500-1990, editada pela Carleton University, Ottawa, Canadá;  Escenários de dos Mundos - Brasil/Festivais, editada pelo Centro de Documentación Teatral-Ministério de Cultura, Espanha, em 1989; e do livro Estrategias Postmodernas y Postcoloniales en el Teatro Latinoamericano Actual, organizado por Alfonso de Toro na Universidade de Leipzig, Alemanha, em 2004. Desde setembro de 2000, mantém na internet a revista eletrônica Antaprofana. É roteirista de documentários sobre teatro, dirigidos por Amílcar Claro: a mini-série O Teatro Segundo Antunes Filho, em seis capítulos, apresentados na STV (atual SescTV), em 2002; e a série Teatro e Circunstância, em 27 capítulos, também veiculados pela SescTV.

Sobre sua análise do encenador Antunes Filho, anota o crítico e editor Jacó Guinsburg (1921): "Trata-se de um percurso que, na realidade, se entrelaça intimamente com o do moderno teatro paulista e, por extensão, brasileiro, de modo que o panorama traçado extrapola, por todos os títulos, a experiência particular do diretor do CPT. Intimamente relacionada com todo o movimento teatral da segunda metade do século XX, o painel resultante, cujo foco é a carreira de Antunes Filho, acaba invocando e expondo histórica e criticamente os caminhos da arte dramática contemporânea. Na verdade, neste lançamento da coleção Estudos da Editora Perspectiva, Sebastião Milaré proporciona a quem estuda e faz teatro no Brasil um livro de conhecimento indispensável".1

Notas
1 GUINSBURG, Jacó. Contracapa. In: MILARÉ, Sebastião. Antunes Filho e a dimensão utópica. São Paulo: Perspectiva, 1994.

Espetáculos 6

Abrir módulo

Fontes de pesquisa 5

Abrir módulo

Como citar

Abrir módulo

Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: