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Enciclopédia Itaú Cultural
Teatro

Débora Falabella

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 04.07.2022
22.02.1979 Brasil / Minas Gerais / Belo Horizonte
Registro fotográfico Marcus Leoni

Débora Falabella, 2019

Débora Lima Falabella (Belo Horizonte, Minas Gerais, 1979). Atriz. Com trabalhos nos palcos, no cinema e na TV, destaca-se por interpretar personagens de grande repercussão, que vivem crises individuais e interpessoais. No teatro, tem atuação ligada ao campo experimental e de pesquisa em linguagem cênica.

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Débora Lima Falabella (Belo Horizonte, Minas Gerais, 1979). Atriz. Com trabalhos nos palcos, no cinema e na TV, destaca-se por interpretar personagens de grande repercussão, que vivem crises individuais e interpessoais. No teatro, tem atuação ligada ao campo experimental e de pesquisa em linguagem cênica.

Tem contato com as artes desde criança: a mãe, Maria Olympia Falabella, é cantora lírica, e o pai, Rogério Falabella, ator, escritor e diretor. Começa a atuar ainda na infância, em Belo Horizonte, e aos 15 anos, estreia em sua primeira peça, a montagem de Flicts, escrita por Ziraldo (1932).

Pelo trabalho no teatro mineiro, é indicada a um teste para o elenco da novela Malhação (1995), da Rede Globo, na qual interpreta a personagem Antônia. Falabella não se adapta ao trabalho e decide voltar para Minas Gerais poucos meses depois. Em entrevista, explica que se sente “um peixe fora d'água” em “Malhação” e no Rio de Janeiro1.

Na cidade natal, começa uma faculdade de publicidade e propaganda, mas abandona o curso quando é convidada para um novo projeto televisivo: a quarta e quinta temporadas da novela infantil Chiquititas, do SBT, em 1999, na qual vive Estrela Vieira. Por causa das gravações, muda-se para a Argentina.

Em janeiro de 2001, a atriz retorna à Globo, desta vez para a novela Um Anjo Caiu do Céu. Na trama, interpreta a jovem Cuca, uma menina que se revolta com a mãe, a vilã Laila [Christiane Torloni (1957)], foge de casa, corta o cabelo bem curto e finge ser menino. A atuação rende a Falabella os troféus Qualidade Brasil do Rio e de São Paulo, na categoria de melhor atriz revelação.

Concomitantemente, estreia no cinema, protagonizando o curta-metragem Françoise (2001), sobre uma menina solitária e com muitas fantasias. Pelo trabalho, é premiada nos festivais de cinema de Gramado e Brasília. Também interpreta no cinema a protagonista de Lisbela e o Prisioneiro (2003), a atriz Denise Dumont (1955), em Cazuza – O Tempo não Para (2004), e a jovem Carolina, de A Dona da História (2004).

Em outubro de 2011, tem papel e atuação de destaque na novela O Clone. É escalada para a personagem Mel, uma jovem rica que sofre de dependência química. “Eu fiz todo tipo de preparação, fui a reuniões de dependentes químicos, conversei, frequentei alguns encontros para compreender melhor”2, lembra a atriz. Segundo Falabella, em O Clone, ela começa a entender o que é ser uma atriz de fama e sucesso na televisão.

A escalada de papéis icônicos na Globo, uma marca da carreira de Falabella, inclui ainda a ex-primeira-dama do Brasil, Sarah Kubitschek, na minissérie JK (2006), a personagem-título do remake da novela Sinhá Moça (2006) e a vingativa Nina, de Avenida Brasil (2012). 

Neste último trabalho, Falabella entra para a história da teledramaturgia nacional, em uma trama que mexe com os limites entre vilã e mocinha. A novela obtém grande audiência, principalmente pelas discussões entre Nina e a madrasta que a tinha abandonado na infância, Carminha, interpretada por Adriana Esteves (1969). As duas atrizes exploram marcantes nuances de humor, maldade e tragédia, em papéis carismáticos.

Apesar da presença ativa na TV, Débora Falabella também tem atuação significativa no teatro, sua origem artística. Retoma essa atividade em 2003, em parceria com a atriz e diretora Yara de Novaes (1966), a quem Falabella se refere como sua inspiração. “Não consigo pensar em alguém que tenha sido referência tão forte na minha carreira quanto a Yara, mesmo ela estando sempre ao meu lado. É uma inspiração que tenho desde antes de fazer teatro e algo que ainda me alimenta de forma recorrente”3, diz.

Juntas, elas fundam, em 2005, o Grupo 3 de Teatro, com o ator Gabriel Fontes Paiva (1980), e desenvolvem espetáculos focados em inter-relações pessoais. As peças “partem do espaço íntimo para falar do social, das relações entre as pessoas para falar do mundo, e não o contrário. Tem uma percepção do teórico francês Jean-Pierre de que o íntimo é o cósmico. Ou seja, existem espetáculos que através do pessoal ligam o espectador à outra instância, da ordem do cosmos, dos arquétipos.”4

Notas

1. MATTOSO, Laura. Débora Falabella. TV Folha. 18 de fevereiro 2001. Disponível em:  https://www1.folha.uol.com.br/fsp/tvfolha/tv1802200115.htm. Acesso em: 2 out. 2019. 
2. REDE GLOBO. Disponível em: http://memoriaglobo.globo.com/perfis/profissionais/debora-falabella.htm. Acesso em: 2 out. 2019.
3. FALABELLA, Débora. Aprendi com Yara de Novaes a buscar minha liberdade, diz Débora Falabella. Folha de S.Paulo. 6 de outubro 2019. Entrevista a Walter Porto. Ilustríssima. Acesso em: 6 out. 2019
4. TEATROJORNAL. O amor crítico do grupo 3 com o teatro. 9 de dezembro 2018. Disponível em: https://teatrojornal.com.br/2018/12/o-amor-critico-do-grupo-3-com-o-teatro/. Acesso em: 3 out. 2019. 

Espetáculos 6

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Mídias (1)

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Débora Falabella – Série Cada Voz (2019)
Débora Falabella fala sobre a magia de representar uma multiplicidade de personagens que permitem ao ator deixar sua própria vida por alguns instantes. Ela lembra da família, sempre conectada ao universo artístico, de sua companhia de teatro e de como temas políticos começaram a ser explorados nos últimos tempos por autores e atores, trazendo essas discussões também para espetáculos de teatro e público.

A Enciclopédia Itaú Cultural produz a série Cada Voz, em que personalidades da arte e cultura brasileiras são entrevistadas pelo fotógrafo Marcus Leoni. A série incorpora aspectos de suas trajetórias profissionais e pessoais, trazendo ao público um olhar próximo e sensível dos artistas.

Créditos
Presidente: Milú Villela
Diretor-superintendente: Eduardo Saron
Superintendente administrativo: Sérgio Miyazaki
Núcleo de Enciclopédia
Gerente: Tânia Rodrigues
Coordenação: Glaucy Tudda
Produção de conteúdo: Camila Nader
Núcleo de Audiovisual e Literatura
Gerente: Claudiney Ferreira
Coordenação: Kety Nassar
Produção audiovisual: Letícia Santos
Edição de conteúdo acessível: Richner Allan
Direção, edição e fotografia: Marcus Leoni
Assistência e montagem: Renata Willig
Assistência de fotografia: Martha Salomão

Fontes de pesquisa 6

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Como citar

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