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Enciclopédia Itaú Cultural
Teatro

Marçal Aquino

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 19.11.2023
28.01.1958 Brasil / São Paulo / Amparo
Marçal Aquino (Amparo, São Paulo, 1958). Romancista, contista, roteirista e jornalista. A prosa de Marçal Aquino caracteriza-se por sua relação estreita com a representação da realidade. Faz uso de uma linguagem enxuta e objetiva para compor um retrato da vida nas grandes cidades, especialmente em seu aspecto mais violento.

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Marçal Aquino (Amparo, São Paulo, 1958). Romancista, contista, roteirista e jornalista. A prosa de Marçal Aquino caracteriza-se por sua relação estreita com a representação da realidade. Faz uso de uma linguagem enxuta e objetiva para compor um retrato da vida nas grandes cidades, especialmente em seu aspecto mais violento.

Passa a infância e a adolescência no interior de São Paulo, e em 1983 gradua-se em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Em 1984, ainda residindo no interior, publica seu primeiro livro de poemas, A Depilação da Noiva no Dia do Casamento, em edição independente. Muda-se para São Paulo no ano seguinte, e passa a trabalhar como jornalista em veículos como Gazeta Esportiva e O Estado de São Paulo. A partir de 1988, atua como jornalista policial no Jornal da Tarde, fato que influencia sua obra posterior.

Lança seu primeiro livro de contos, As Fomes de Setembro, em 1991, contemplado pelo 5º Prêmio Bienal Nestlé de Literatura. No mesmo ano, conhece o diretor Beto Brant (1964), com quem estabelece uma duradoura parceria no cinema. Em 1994, Aquino elabora o roteiro de Os Matadores, longa-metragem dirigido por Brant. Nessa época, torna-se jornalista free-lancer para se dedicar com maior intensidade à literatura e ao cinema. Recebe o prêmio Jabuti com

O Amor e Outros Objetos Pontiagudos (1999). Em 2002, publica o romance O Invasor, juntamente com o roteiro do filme homônimo, também dirigido por Brant e lançado no mesmo ano.

A literatura de Aquino comumente aborda um mundo paralelo distante da classe média, que tenta canhestramente imitar seus valores. Desse modo, suas narrativas são povoadas de nomes e marcas do universo pop, como Frank Sinatra, Montblanc etc.

Observa-se também na prosa de Aquino a predominância de temas ligados à violência urbana. Nesse sentido, sua ficção tangencia o jornalismo, não só pela representação de casos cotidianos, mas pela própria linguagem empregada, bastante objetiva. A articulação de literatura e jornalismo na obra de Aquino é tamanha que não raras vezes suas personagens são repórteres que têm pretensões literárias, construindo assim um interessante jogo de espelhos entre autor e narradores.

Torna-se consultor do 4º Laboratório de Roteiros Sundance/RioFilme, a convite do Sundance Institute, de Utah, Estados Unidos. Em 2005, publica o romance Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios, que em 2012 torna-se filme, novamente dirigido por Beto Brant.

O autor também dedica-se à literatura infantojuvenil, publicando diversos títulos pela Coleção Vagalume, da Editora Ática. Embora a linguagem e as personagens de sua prosa infantojuvenil sejam distintas dos romances para o leitor adulto, a atmosfera de suspense e tensão ronda também os livros para os jovens. O diálogo de Aquino com a literatura policial se coloca como elo de ligação que perpassa a totalidade de sua obra.

Transitando entre diversos gêneros, a obra de Marçal Aquino procura transpor para a literatura uma intensa relação com a realidade, retratando, com uma linguagem compacta, o modo de vida do submundo e das classes sociais desfavorecidas.

Espetáculos 2

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Mídias (1)

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Marçal Aquino - Enciclopédia Itaú Cultural
A rua é a matriz da literatura do paulista Marçal Aquino. “Uma centelha que deflagra o meu processo criativo”, explica ele. Formado em jornalismo, com passagem pelos principais veículos do País, o escritor é especialmente conhecido pelos livros de contos e novelas, geralmente de temática urbana e policial, a exemplo da série de TV Força Tarefa, escrita ao lado de Fernando Bonassi para a Rede Globo. Leitor viciado e obsessivo, Aquino só lia gibis até os 10 anos. Depois passou aos livros, quando as histórias começam a surgir de sua cabeça para que pudesse também refletir e entender melhor o mundo. Multilinguagem, tem investido também em roteiros de cinema e vê com otimismo a diversidade de discursos e objetivos da cena atual com o barateamento e a democratização dos meios tecnológicos a partir da década de 1990. “Esse lote é muito rico e não para de se suceder. Os contemporâneos estão cada vez mais ousados”, acredita.

Captação, edição e legendagem: Sacisamba
Intérprete: Erika Mota (terceirizada)
Locução: Júlio de Paula (terceirizado)

Fontes de pesquisa 5

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  • AQUINO, Marçal. Cabeça a prêmio. São Paulo; Cosac & Naify, 2003.
  • AQUINO, Marçal. Famílias terrivelmente felizes. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.
  • AQUINO, Marçal. O invasor. São Paulo: Geração Editorial, 2002.
  • Programa do Espetáculo - Amor de Servidão - 2008. Não Catalogado
  • Programa do Espetáculo - Boteco - 1997. Não catalogado

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