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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Carlos Roberto Maciel Levy

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 05.11.2024
1951
Carlos Roberto Maciel Levy (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1951). Historiador, crítico de arte, pesquisador, professor, curador. Autor de uma série de estudos sobre artistas atuantes no Brasil, dedicados sobretudo ao gênero paisagístico, durante a passagem do século XIX para o XX. 

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Carlos Roberto Maciel Levy (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1951). Historiador, crítico de arte, pesquisador, professor, curador. Autor de uma série de estudos sobre artistas atuantes no Brasil, dedicados sobretudo ao gênero paisagístico, durante a passagem do século XIX para o XX. 

Durante o período de formação em Comunicação Social pela Universidade Federal Fluminense (UFF), no Rio de Janeiro, desenvolve produção artística e, em 1973, participa da 12ª Bienal de São Paulo. Entre 1971 e 1973, atua como curador e dirige a Le Chat Galeria em Niterói, espaço que mobiliza o circuito de arte local. Colabora com a revista Crítica de Arte, da Associação Brasileira de Críticos de Arte e, entre 1973 e 1974, escreve para a coluna de artes visuais do jornal O Fluminense. Nesse período, seus escritos estão atentos à arte contemporânea e suas relações com mercado e instituições e à formação de público.

Em fins de 1973, é nomeado diretor do Museu Antônio Parreiras e realiza projetos de restauração, ampliação do acervo e catalogação da obra do artista que dá nome à instituição, onde permanece até 1976. Neste ano, é responsável pela preparação do Palácio do Ingá para abrigar o Museu Histórico do Estado do Rio de Janeiro. Assume a direção do museu em 1978 e dinamiza a programação da casa com pequenas exposições temporárias e maior abertura para a arte contemporânea. 

Entre 1980 e 1997, Levy trabalha como consultor responsável pelas publicações e exposições das Edições Pinakotheke e afirma-se no campo dos estudos sobre arte brasileira do século XIX. As publicações da editora atenuam lacunas sobre a produção de alguns dos principais artistas daquele período. Muitos deles recebem seus primeiros estudos aprofundados. Em 1980, publica o primeiro volume dedicado ao Grupo Grimm, pelo qual recebe o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro (CBL). Coordena também o grupo de pesquisa sobre o pintor alemão Karl Ernst Papf (1833-1910), promovendo exposição e publicação de livro sobre o artista em 1980. No ano seguinte, dedica-se à publicação de estudo sobre o pintor Antônio Parreiras (1860-1937), que recebe o Prêmio Gonzaga Duque da Associação Brasileira de Críticos de Arte. Em 1982, publica volume sobre a obra do desenhista Giovanni Battista Castagneto (1851-1900).

Entre 1979 e 1983, leciona na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e, em 1985, na Escola Superior de Desenho Industrial da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Em 1981, publica artigo que desperta novo interesse sobre a crítica de arte produzida por Angelo Agostini (1843-1910)1. Em 1984, idealiza o projeto “Fontes para a História da Arte no Brasil”, com colaboração da pesquisadora Gláucia Santos Garcia. O trabalho consiste em pesquisar fontes primárias da produção de arte no Brasil entre 1790 e 1940. Tais pesquisas contribuem para o levantamento de documentos e para a reintrodução de obras referenciais no debate historiográfico, por meio de reedições digitais de livros como Belas Artes: Estudos e Apreciações (1885), de Félix Ferreira (1841-1898), e Arte Brasileira (1888) de Gonzaga-Duque (1863-1911).

Parte dessas pesquisas é apresentada no livro Exposições Gerais da Academia Imperial e da Escola Nacional de Belas Artes: Período Monárquico. Catálogo de Artistas e Obras entre 1840-1884 (1990), que reúne registros de artistas e obras que participaram nas Exposições Gerais anuais das duas instituições. A publicação se torna essencial para as pesquisas sobre o século XIX e única fonte documental sobre muitos artistas que ainda não são objeto de estudos monográficos. 

As pesquisas de Levy evidenciam a complexidade do sistema artístico brasileiro oitocentista e revisam a importância do gênero paisagístico, ampliando a compreensão sobre a atuação do pintor alemão Georg Grimm (1846-1887) e seu grupo de discípulos, que representaram um contraponto aos modelos vigentes de ensino acadêmico.

Notas

1. LEVY, Carlos Roberto Maciel. A exposição Geral de 1879 e a crítica de Ângelo Agostini (1843-1910). Crítica de Arte, Rio de Janeiro, n.4, p. 55-83, dez. 1981.

Exposições 4

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Fontes de pesquisa 14

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  • - CAMPOFIORITO, Quirino. A Pintura de Bustamante Sá. Rio de Janeiro: Cabicieri Editorial, 1986. (Aquarela do Brasil).
  • ARTEDATA. Portal do projeto Fontes para a História da Arte no Brasil (FHAB). Disponível em: http://www.artedata.com/crml/crml0002.htm. Acesso em: 15 out. 2019
  • BITTENCOURT, Francisco. Museu Antonio Parreiras de Niterói em Nova Fase. Tribuna da Imprensa, Rio de Janeiro, 11 jan. 1974.
  • GROPILLO, Ciléa. Pinakotheke, uma nova editora no cenário de arte. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 12 ago. 1981. Caderno B, p. 7.
  • JORNAL do Brasil. Em exposição, um artista do século XIX. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 19 jun. 1980. Caderno B, p. 7.
  • LEVY, Carlos Roberto Maciel (Org.). Iconografia e Paisagem: Coleção Cultura Inglesa. Rio de Janeiro: Edições Pinakotheke, 1994.
  • LEVY, Carlos Roberto Maciel. A exposição Geral de 1879 e a crítica de Ângelo Agostini (1843-1910). Crítica de Arte, Rio de Janeiro, n.4, p. 55-83, dez. 1981.
  • LEVY, Carlos Roberto Maciel. Alguns conceitos sobre os conceitos na arte. O Fluminense, Niterói, 13-14 jan. 1974. Suplemento Encontro, p. 8.
  • LEVY, Carlos Roberto Maciel. Antônio Parreiras: pintor de paisagem, gênero e história (1860-1937). Rio de Janeiro: Pinakotheke, 1981.
  • LEVY, Carlos Roberto Maciel. Giovanni Battista Castagneto: 1851-1900, o Pintor do Mar. Prefácio de Alcídio Mafra de Souza. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 1982.
  • LEVY, Carlos Roberto Maciel. Karl Ernst Papf: 1833-1910. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 1980.
  • LEVY, Carlos Roberto Maciel. Niterói: Mercado de Arte? O Fluminense, Niterói, 29-30 out. 1972, p. 30.
  • LEVY, Carlos Roberto Maciel. O Grupo Grimm: paisagismo brasileiro no século XIX. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 1980.
  • LEVY, Carlos Roberto Maciel; MELLO Jr., Donato; BRAGANÇA, João de Orleans e; LIMA, Paulo M. de Mendonça. Rio imperial. São Paulo: Edição Sanbra, 1988.

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