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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Valéria Piccoli

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 26.11.2019
Valeria Piccoli Gabriel da Silva (Campinas, São Paulo, 1967). Curadora, pesquisadora e historiadora da arte. Dedica-se a pesquisas sobre arte brasileira dos séculos XIX e XX, com ênfase na produção de artistas viajantes europeus que passaram pelo país nesse período.

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Valeria Piccoli Gabriel da Silva (Campinas, São Paulo, 1967). Curadora, pesquisadora e historiadora da arte. Dedica-se a pesquisas sobre arte brasileira dos séculos XIX e XX, com ênfase na produção de artistas viajantes europeus que passaram pelo país nesse período.

Em 1991, gradua-se em arquitetura e urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP). Sob orientação da curadora e historiadora da arte Aracy Amaral (1930), defende o trabalho de iniciação científica Nossa Senhora do Pilar, uma Devoção Espanhola na América Portuguesa: Inventário de Imagens e Análise Estilística.

Entre 1992 e 1996, participa como pesquisadora de diversos projetos de exposições e livros sobre arte brasileira. Entre eles, destacam-se O Brasil dos Viajantes (1994), exposição e livro organizados pela historiadora da arte Ana Maria Belluzzo, e Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner (1998), livro organizado por Aracy Amaral.

Entre 1997 e 2000, atua como assistente de curadoria da 24ª Bienal Internacional de São Paulo, que tem como curador-geral Paulo Herkenhoff (1949). Atua especificamente no “Núcleo Histórico: Antropofagia e Histórias de Canibalismos”.

Em 2001, obtém o título de mestre em história da arte pela FAU/USP. Sob orientação de Ana Maria Belluzzo, defende a dissertação A Pátria de Mi­nhas Saudades: o Brasil na “Viagem Pitoresca e Histórica” de Debret, que tem como objeto de estudo o livro publicado pelo artista francês Jean-Baptiste Debret (1768-1848) sobre seus anos de residência no Brasil. Piccoli elucida como o livro é percebido pela crítica brasileira ao longo do tempo e repensa a inscrição histórica da obra, propondo que, mais do que contar a história pela pintura, Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil combina palavra e representação visual para gerar uma narrativa histórica brasileira.

De 2002 a 2008, integra como pesquisadora e curadora assistente a equipe da Coleção Brasiliana da Fundação Estudar (CBFE). Formada por pinturas, aquarelas, desenhos e gravuras, em sua maior parte do século XIX, a Coleção Brasiliana traz uma eclética mistura de autores brasileiros e internacionais que retratam temas e cenários da vida no Brasil. Em 2007, ela é doada à Pinacoteca do Estado de São Paulo, momento em que Piccoli passa a integrar a equipe de curadoria do museu.

Em 2010, obtém o título de doutora em História da Arte pela FAU/USP. Novamente sob orientação de Ana Maria Belluzzo, defende a tese Figurinhas de Brancos e Negros: Carlos Julião e o Mundo Colonial Português. Carlos Julião (1740-1811) é um militar de origem italiana a serviço do exército português a quem são atribuídos documentos iconográficos. Ao incorporar representações de tipos sociais, esses documentos ultrapassam o campo estrito do desenho militar. Em sua tese, Piccoli examina a obra de Julião no intuito de encontrar um lugar para sua produção no contexto da História da Arte no Brasil Colônia. No entanto, conclui que a obra do militar não deve ser enquadrada no gênero artístico, mas no figurativo, devido ao aspecto codificado de sua prática iconográfica.

Na Pinacoteca, coordena o projeto de reformulação da exposição do acervo, que resulta na exposição Arte no Brasil: uma História na Pinacoteca de São Paulo (2011), bem como a instalação da coleção de arte moderna do museu na Galeria José e Paulina Nemirovsky (2016). Em 2012, ocupa o cargo de curadora chefe da instituição e torna-se responsável pela coordenação da equipe de acervo e pela curadoria de diversas exposições. Entre elas, destacam-se Vistas do Brasil (2012), exposição baseada na apresentação do papel de parede panorâmico de autoria de Jean-Julien Deltil (1791-1863); Coleções em Diálogo: Museu Paulista e Pinacoteca de São Paulo (2016), com curadoria de Fernanda Pitta (1973); Vlavianos: Trajetória (2017), mostra vencedora do Grande Prêmio da Crítica da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA); além das individuais Ernesto Neto: Sopro (2019) e Grada Kilomba: Desobediências Poéticas (2019).

Piccoli também colabora com projetos internacionais, como a mostra Terra Brasilis (2011), parte do Festival Europalia.Brasil, ocorrido em Bruxelas, e a exposição Paisagem nas Américas: Pinturas da Terra do Fogo ao Ártico (2015-2016), com curadoria de Georgiana Uhlyarik e Peter John Brownlee, apresentada na Art Gallery of Ontario em Toronto (Canadá), no Crystal Bridges Museum of American Art em Bentonville (Estados Unidos) e na Pinacoteca de São Paulo. Esta última exposição examina a pintura de paisagem em um contexto pan-americano, desde as primeiras décadas do século XIX até o início do século XX, e recebe o prêmio de excelência da American Association of Museum Curators AAMC.

A pesquisa histórica aliada à curadoria marca, desde o início de sua formação, a trajetória profissional de Valéria Piccoli. Ela contribui ativamente com a investigação, análise, catalogação e exposição de obras, coleções e acervos de arte brasileira, sobretudo do século XIX e XX. Como resultado de seu trabalho, diversos livros e catálogos sobre arte brasileira são publicados no país e no exterior, estimulando a documentação, a pesquisa e a reflexão teórica na área.

Exposições 20

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Fontes de pesquisa 8

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