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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Marepe

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 11.06.2024
21.06.1970 Brasil / Bahia / Santo Antônio de Jesus
Reprodução fotográfica Iara Venanzi/Itaú Cultural

Doce Céu de Santo Antonio - série B, 2001
Marepe
Fotografia

Marcos Reis Peixoto (Santo Antônio de Jesus, Bahia, 1970). Artista visual. Inicia em 1988 o curso de artes plásticas na Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador. Em 1990, faz sua primeira exposição individual no Centro Cultural Cruz das Almas, em Cruz das Almas, Bahia. Um ano depois, inicia o curso de licenciatura em desenho e plástica ...

Texto

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Biografia
Marcos Reis Peixoto (Santo Antônio de Jesus, Bahia, 1970). Artista visual. Inicia em 1988 o curso de artes plásticas na Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador. Em 1990, faz sua primeira exposição individual no Centro Cultural Cruz das Almas, em Cruz das Almas, Bahia. Um ano depois, inicia o curso de licenciatura em desenho e plástica na UFBA e, por sua participação na 1ª Bienal do Recôncavo, realizada em São Félix, Bahia, recebe como prêmio uma viagem à Alemanha. Em 1992, leciona na Escola de Artes Plásticas da UFBA. Expõe, em 1996, no 3° Salão de Artes Plásticas do Museu de Arte da Moderna da Bahia (MAM/BA), e recebe o prêmio aquisição. Nesse ano, participa da mostra Antarctica Artes com a Folha, em São Paulo, em que é premiado com uma viagem à Documenta de Kassel, Alemanha, com os artistas Rivane Neuenschwander (1967) e Cabelo (1967). Passa a expor suas obras, que têm como referência as tradições populares nordestinas, em diversas galerias e instituições do Brasil e do exterior. Em 2005, expõe no Centro Pompidou, em Paris, como parte dos eventos realizados no Ano do Brasil na França.

Comentário Crítico
Marepe, no início de sua trajetória, realiza esculturas de concreto. Na década de 1990, passa a utilizar em suas instalações objetos do cotidiano, como latas de cerveja, trouxas de roupa, caixas de cigarro ou papelão. Recria cenas populares do Nordeste do Brasil, como as do comércio ambulante, em Banca de Fichas e Cartões Telefônicos, 1996, ou em Barraca de Veneno, 1998.

Em Filtros, 1999, apresenta vários filtros de água de cerâmica, apoiados em banquinhos de madeira de aspecto rústico. Os objetos causam estranheza à primeira vista, por terem dimensões diferentes das peças de uso tradicional. Marepe explora a poesia obtida pelo deslocamento dos objetos de seu contexto cotidiano. Na 25ª Bienal Internacional de São Paulo, em 2002, expõe um muro de 3 toneladas, trazido do Nordeste, em que consta a inscrição pintada: "Comercial São Luís, tudo no mesmo lugar pelo menor preço", uma referência ao local de trabalho de seu pai durante muitos anos.

Em vários trabalhos, a proposta de Marepe inclui a participação do público, como em Palmeira Doce, 2001, em que produz com a ajuda de um fabricante local 4.500 saquinhos de algodão-doce de diferentes cores, que são pendurados ao longo do tronco de uma palmeira, em uma praça da sua cidade natal, e recolhidos por crianças no dia de São Cosme e Damião. Em outra instalação, coloca em uma sala bexigas coloridas infladas, convidando o público a estourá-las. Marepe diz que procura abordar questões relacionadas à memória coletiva, explorarando nelas o sentido poético.

Obras 8

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Reprodução Fotográfica Iara Venanzi/ Itaú Cultural

Embutidinho

Madeira e dobradiça

Exposições 146

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Mídias (1)

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Marepe - Enciclopédia Itaú Cultural
Funis de alumínio antigos, latas de cerveja, caixas de papelão e de cigarros, borracha, madeira, pedaços de tecido, lâmpadas, fios e instrumentos musicais. Esses e outros objetos de uso comum no cotidiano das pessoas adquirem novos simbolismos nas instalações do artista visual baiano Marepe. “Muitos objetos são coisas esquecidas, mas que eu acho tão atuais, tão modernos e contemporâneos, que acho que cabe revê-los e repensar o que é passado, o que é futuro e como tudo pode andar junto”, explica. Por ressignificar a utilidade dos materiais que escolhe, emprestando-lhes outras simbologias, Marepe é comumente associado ao artista francês Marcel Duchamp (1887-1968), embora seu trabalho tenha por essência o universo de suas raízes nordestinas, desde a identidade visual até o viés socioeconômico da região em que nasceu.

Produção: Documenta Vídeo Brasil
Captação, edição e legendagem: Sacisamba
Intérprete: Erika Mota (terceirizada)
Locução: Júlio de Paula (terceirizado)

Fontes de pesquisa 22

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  • 25º Salão Nacional de Arte de Belo Horizonte: edição do centenário 1997/1998. Apresentação Célio de Castro; curadoria e texto Walter Sebastião; texto Annateresa Fabris, Priscila Freire, Luiz Soares Dulci. Belo Horizonte: MAP, 1997.
  • A Noite, Rio de Janeiro, 14 mar. 1957. 2º Cad., p.5. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/348970_05/41292.
  • A QUIETUDE da terra, vida cotidiana, arte contemporânea e projeto axé. Concepção e edição France Morin; edição John Alan Farmer; versão em inglês H. Sabrina Gledhill, Lavinia Sobreira Magalhães, Alejandro Reyes, Nadine Fajerman. Salvador: Museu de Arte Moderna da Bahia, 2000.
  • ALÉM do arco íris. Curadoria e texto Per Hovdenakk. São Paulo: FAAP, 1998.
  • ANTARCTICA ARTES COM A FOLHA (1996 : São Paulo, SP). Antarctica Artes com a Folha. Curadoria Stella Teixeira de Barros et al. São Paulo, SP: Cosac Naify, 1998.
  • BIENAL INTERNACIONAL DE SÃO PAULO, 27., 2006, São Paulo, SP. 27a. Bienal de São Paulo: guia. Curadoria Lisette Lagnado; versão em inglês Alberto Dwek, Alison Entrekin, Christopher Ainsbury, Luiz Roberto Mendes Gonçalves, Regina Alfarano; tradução Ann Robertson, Robert Culverhouse, Carlos Eugênio Marcondes de Moura, Michael Sleiman, Odile Cisneros, Susana Vidigal. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 2006. 700 BI588sp 27/2006 guia
  • Bienal de Artes Visuais do Mercosul, 2., 1999, Porto Alegre, RS. II Bienal de Artes Visuais do Mercosul: Julio Le Parc arte e tecnologia. Curadoria Fábio Magalhães e Sheila Leirner. Porto Alegre: Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul, 1999. 103 p. Exposição realizada em Porto Alegre na II Bienal de Artes Visuais do Mercosul de 05 de novembro de 1999 a 09 de janeiro de 2000.
  • CANTON, Katia. Novíssima arte brasileira: um guia de tendências. São Paulo: Iluminuras, 2001.
  • CANTON, Katia. Novíssima arte brasileira: um guia de tendências. São Paulo: Iluminuras, 2001. 700.981 C232n
  • COLEÇÃO Museu de Arte Moderna da Bahia: arte contemporânea. Rio de Janeiro: MAM, 1998.
  • COTIDIANO/ARTE: O Objeto Anos 90. Curadoria Lisette Lagnado. São Paulo: Itaú Cultural, 1999. (Eixo Curatorial 1999).
  • CULTUREBASE.net - The international artist database: banco de dados. Disponível em: http://www.culturebase.net/. Acesso em: fev.2006.
  • DRÄNGER, Carlos (coord.). Pop Brasil: arte popular e o popular na arte. Curadoria Paulo Klein; tradução João Moris, Beatriz Karan Guimarães, Maurício Nogueira Silva. São Paulo: CCBB, 2002.
  • DRÄNGER, Carlos (coord.). Pop Brasil: arte popular e o popular na arte. Curadoria Paulo Klein; tradução João Moris, Beatriz Karan Guimarães, Maurício Nogueira Silva. São Paulo: CCBB, 2002. SPccbb 2002/pb
  • FARIAS, Agnaldo. Las cosas que deben mirarse (Desde Brasil: Marepe). Artecontexto. Madrid, n.1, p.73-81, 2004.
  • LAGNADO, Lisete. Marepe. São Paulo: Galeria Luisa Strina, 2002.
  • MAREPE. Site officiel de l'Année du Brésil en France. Disponível em: http://www.bresilbresils.org. Acesso em: fev. 2006.
  • OLIVEIRA, Dênisson (coord.). +100 Artistas Plásticos da Bahia. Salvador: Prova do Artista, 2001.
  • OS 90. Curadoria Lauro Cavalcanti, Ana Maria de Niemeyer, Cláudia Saldanha, Fernando Cocchiarale, Iole de Freitas, Luiz Áquila, Luiz Camillo, Sônia Salzstein, Walter Sebastião. Rio de Janeiro: Paço Imperial/MINc IPHAN, 1999.
  • SALÃO DA BAHIA, 2., 1995, Salvador. 2º Salão MAM- Bahia de artes plásticas. Salvador: Museu de Arte Moderna da Bahia, 1995.
  • SALÃO Nacional de Artes Plásticas, 16., 1998, Rio de Janeiro. 16º Salão Nacional de Artes Plásticas. Curadoria Viviane Matesco, Luiz Camillo Osorio; texto Márcio Souza. Rio de Janeiro: Funarte, 1998.
  • SÉCULO 20: arte do Brasil. Curadoria Nelson Aguilar, Franklin Espath Pedroso. Lisboa: Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão, 2000.

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