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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Cláudio Mubarac

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 03.06.2021
27.09.1959 Brasil / São Paulo / Rio Claro
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini

Sem Título, 1999
Cláudio Mubarac
Buril, água-forte e verniz mole sobre papel
55,70 cm x 38,10 cm

Luiz Cláudio Mubarac (Rio Claro SP 1959). Gravador, professor. Forma-se em artes plásticas pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo - ECA/USP, em 1982. Estuda gravura com Evandro Carlos Jardim (1935) e com Regina Silveira (1939). É professor de gravura na Fundação Armando Álvares Penteado - Faap, de 1985 a 2000, e coorden...

Texto

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Biografia
Luiz Cláudio Mubarac (Rio Claro SP 1959). Gravador, professor. Forma-se em artes plásticas pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo - ECA/USP, em 1982. Estuda gravura com Evandro Carlos Jardim (1935) e com Regina Silveira (1939). É professor de gravura na Fundação Armando Álvares Penteado - Faap, de 1985 a 2000, e coordenador do Atelier Livre de Gravura do Museu Lasar Segall, de 1989 a 2000. Freqüenta, como bolsista, o Atelier Tamarind Institute, nos Estados Unidos, em 1993; o London Print Workshop, na Inglaterra, em 1994, e o Civitella Ranieri Center, na Itália, em 1996. Professor conferencista da ECA/USP, de 1994 a 1995, conclui doutorado nessa instituição em 1998. Nesse ano é lançado pela Edusp o livro Cláudio Mubarac, com textos de Sônia Salzstein e Tadeu Chiarelli e apresentação de Evandro Carlos Jardim. Recebe, em 1999, o prêmio Faap - Cité des Arts, e permanece em Paris, por um ano, e o prêmio para a melhor delegação internacional, na 23ª Bienal Internacional de Artes Gráficas de Liubliana. Mubarac atua com diversas técnicas como gravura em metal, xilogravura, litografia, monotipia, fotografia e manipulação em computador. Em sua produção são recorrentes as imagens do corpo humano e as referências à história da gravura. É professor de desenho e gravura da ECA/USP desde 2004.

Comentário Crítico
Os trabalhos iniciais de Cláudio Mubarac partem de elementos cotidianos e mantêm diálogo com a produção de artistas como Rembrandt van Rijn (1606 - 1669) e Giorgio Morandi (1890 - 1964), em gravuras que apresentam grande rigor técnico. Como nota o historiador da arte Tadeu Chiarelli, a partir de 1989, devido a um acidente automobilístico sofrido por Mubarac, sua obra passa a revelar uma reflexão acerca da fragilidade da existência humana. Ele realiza então uma série de estampas nas quais o tema é o corpo humano, que aparece fragmentado em imagens que lembram chapas de raios X e em desenhos realizados em ponta-seca, que traduzem o corpo em sua estrutura óssea. Com base nessa série, passa a trabalhar com a representação da anatomia de forma difusa, quase abstrata, com impressões em papel artesanal, expostas diretamente na parede. Como nota a crítica Sônia Salzstein, o conjunto de gravuras do artista se destaca por seu empenho persistente em extrair da linha um misto de despojamento e determinação.

Até então o artista emprega a gravura no sentido convencional. Posteriormente, passa a transformar as estampas em objetos tridimensionais, ao gravar as imagens em folhas de ouro sobre chumbo, que são estampas, mas, em sua densidade matérica, são a representação da matriz gráfica. Em outra série, substitui as estampas em folhas de ouro sobre chumbo por folhas de prata, que refletem também a realidade ao redor.

Como nota a crítica Maria Alice Milliet, o corpo assoma em sua produção cercado de certa emoção. Em desenhos expostos em 2000, os fragmentos da anatomia são precisos, porém tocantes porque são frágeis, hesitantes na ocupação do espaço. O traço busca a estrutura e rompe com delicadeza a matéria.

Sua produção atual apresenta a singularidade de aliar questões relacionadas com a representação do corpo - um dos temas centrais da arte contemporânea - à indagação sobre a própria estrutura da gravura e sua tradição. Mubarac possui também relevante atuação como professor de desenho e gravura no ensino superior.

Obras 4

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Reprodução fotográfica Sérgio Guerini

Sem Título

Buril, água-forte e verniz mole sobre papel
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini

Sem Título

Buril, água-forte e verniz mole sobre papel
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini

Sem Título

Buril, água-forte e verniz mole sobre papel

Exposições 137

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Fontes de pesquisa 19

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  • ARTE brasileira contemporânea: doações recentes/96. São Paulo: MAM, 1996. 45 p. il. color.
  • BRASIL Reflexão 97 - A Arte Contemporânea da Gravura. Curadoria Uiara Bartira; fotografia Vilma Slomp; tradução Alberto de Paula Santos; apresentação Cassio Taniguchi, Margarita Pericás Sansone, Nilza K. Procopiak; texto Uiara Bartira, Maria Alice Milliet. Curitiba: Fundação Cultural de Curitiba, 1997. [98] p. il. p. b. color.
  • CHIARELLI, Tadeu. Arte internacional brasileira. São Paulo: Lemos, 1999.
  • CLAUDIO Mubarac e Ivanir Cozeniosque. São Paulo: Galeria SESC Paulista, 1987. il. p. b.
  • ENSINO da arte: a gravura como meio. Apresentação Frederico Lencioni Neto; texto Ronaldo Oliveira, Sueli Dutra, Christina Rizzi et al. Jacareí: Casa da Gravura, 1998. 79 p.
  • GRAVURA paulista. Curadoria Evandro Carlos Jardim. São Paulo: Galeria de Arte São Paulo, 1995.
  • GRAVURA: Buti, Hashimoto e Mubarac. Apresentação Aracy Amaral; texto Ciça França Lourenço, Donato Chiarella; depoimento Cláudio Mubarac. São Paulo: MAC/USP, 1984. [10 p. ] 3 il. p. b.
  • GRAVURA: arte brasileira do século XX. São Paulo: Itaú Cultural: Cosac & Naify, 2000.
  • HERKENHOFF, Paulo (org.); PEDROSA, Adriano (org.). Marcas do corpo, dobras da alma. São Paulo: Takano, 2000.
  • HIRSZMAN, Maria. Mubarac chega ao esqueleto da gravura. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 27/11/98. Caderno 2, 21.
  • IMAGEM derivada um olhar acerca do desdobramento da gravura hoje. Curadoria Mabe Bethônico, Marconi Drummond; texto Luiz Henrique Horta; projeto gráfico Marcelo Drummond; fotografia Romulo Fialdini, Zezinho Faria, Germano Neto. Belo Horizonte: Museu de Arte da Prefeitura, 1995. [47 p. ] il. p. b. color.
  • MILLIET, Maria Alice (org.). O orgânico em colapso. Curadoria Maria Alice Milliet; texto Maria Alice Milliet; versão em inglês Izabel Murat Burbridge. São Paulo: Valu Oria Galeria de Arte, 2002. 40 p., il. p&b color.
  • MUBARAC, Cláudio. Claudio Mubarac. Curadoria Cláudia Saldanha; apresentação Cláudia Saldanha; fotografia João Luiz Musa. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1999. folha dobrada il. color.
  • MUBARAC, Cláudio. Claudio Mubarac. Fotografia João Luiz Musa. São Paulo: Valu Oria Galeria de Arte, 1999. folha dobrada il. color.
  • MUBARAC, Cláudio. Cláudio Mubarac. Texto Sônia Salzstein, Tadeu Chiarelli; apresentação Evandro Carlos Jardim; fotografia João Luiz Musa. São Paulo: Edusp, 1998. 145 p. il. (Artistas da Usp, 5).
  • MUBARAC, Cláudio. Objetos frágeis: a gráfica de Claudio Mubarac. Texto Marcelo Mattos Araújo, Tadeu Chiarelli, Sônia Salzstein, Carlos Scarinci; curadoria Tadeu Chiarelli; tradução John Norman. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 2005. [112] p., il. p&b color.
  • PANORAMA DE ARTE ATUAL BRASILEIRA, 1990, São Paulo, SP. Panorama de Arte Atual Brasileira 1990: papel - desenho, gravura, papel como meio, livro de artista. São Paulo: MAM, 1990.
  • POÉTICA da resistência: aspectos da gravura brasileira. Curadoria Armando Mattos, Denise Mattar, Marcus de Lontra Costa. Rio de Janeiro: MAM, 1994.
  • SALÃO DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE PIRACICABA, 14., 1981, Piracicaba, SP. 14º Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba. Piracicaba: Prefeitura Municipal, 1981.

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