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Enciclopédia Itaú Cultural
Teatro

Silvana Garcia

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 08.08.2024
1951 Brasil / São Paulo / São Paulo
Silvana Garcia (São Paulo, São Paulo, 1951). Teórica, ensaísta e professora. Analista voltada para as atividades cênicas paulistas nos anos 1990, dedica-se a perceber o trabalho de grupo continuado junto às pesquisas experimentais e a dramaturgia contemporânea brasileira.

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Silvana Garcia (São Paulo, São Paulo, 1951). Teórica, ensaísta e professora. Analista voltada para as atividades cênicas paulistas nos anos 1990, dedica-se a perceber o trabalho de grupo continuado junto às pesquisas experimentais e a dramaturgia contemporânea brasileira.

Após formar-se em direção teatral na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), em 1973, Silvana inicia uma carreira acadêmica que inclui a dissertação de mestrado Teatro da Militância, sobre o teatro de resistência no período da ditadura, lançada em 1990, e a tese de doutorado As Trombetas de Jericó, em 1997, dedicada ao teatro de vanguarda. Torna-se professora de matérias teóricas na Escola de Arte Dramática (EAD), assumindo sua direção de 1997 a 2000.

Como dramaturgista acumula algumas significativas realizações, como com os espetáculos: Farsas e Improviso de Molière, direção de Beth Lopes (1956), ECA/USP, 1997; Em Lugar Algum, adaptação do livro Tempo de Despertar, de Oliver Sacks, direção de Beth Lopes, ECA/USP, 1998; Luzes da Boemia, de Ramón del Valle-Inclán, direção William Pereira (1962); A Casa de Bernarda Alba, de Federico García Lorca, direção de William Pereira, Projeto Sesc Lorca na Rua, São Paulo, 1998; adapta o romance Viva o Povo Brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro (1941-2014), para o Teatro Vila Velha, do baiano Márcio Meirelles (1954), texto lido em Salvador, 2001.

Sua produção ensaística registra contribuições internacionais importantes, como: ...Yet there is method in't. Ham-let. José Celso Martinez Corrêa (1937), em Gestos. University of California/Irvine, 1995; Vau da Sarapalha: la poética de Guimarães Rosa en escena, em Teatro al Sur, Buenos Aires, 1995;  Jó, su cuerpo y Diós..., em Teatro al Sur, 1996; Éxubérance et pluralité théâtrales. Bilan de la production théâtrale de São Paulo, em Teatro al Sur, edição especial em língua francesa, 1996; Production, Diffusion Et Public Des Spetacles à São Paulo, surgida em La Mediation Théâtrale, Bélgica, 1998; Un homme de spetacle bien brésilien: Antonio Nóbrega (1952), em Teatro al Sur, edição especial em língua francesa/Festival de Avignon, 1999.

Junto às publicações brasileiras possui diversas contribuições, com destaque para De Büchner a Bread & Puppet: Sendas do Teatro Político Moderno, no livro J. Guinsburg: Diálogos sobre Teatro, de 1992;  A Cena Classicista, na obra O Classicismo, de Jacó Guinsburg (1921), de 1999, e Do Sagrado ao Profano: O Percurso do Teatro da Vertigem, uma análise sobre o trabalho do grupo, presente no livro Teatro da Vertigem: Trilogia Bíblica, 2002.

Em 2001, passa a dirigir a Divisão de Pesquisas do Centro Cultural São Paulo (CCSP) e lança, no ano seguinte, Uma Odisséia do Teatro Brasileiro, agrupando depoimentos dos mais expressivos criadores da cena brasileira contemporânea, numa série de encontros promovidos pelo Ágora - Centro para o Desenvolvimento Teatral.

Silvana Garcia é assiduamente convocada como debatedora, curadora e integrante de comissão julgadora de encontros, eventos, festivais, premiações e editais em torno da produção teatral paulista.

Sobre a trajetória da pesquisadora, declara o crítico e teórico Edelcio Mostaço (1949): "Silvana Garcia representa, na vertente das pesquisas contemporâneas, uma presença atenta e inquieta. Seu olhar percorre o panorama internacional (nele fixando o que de modernidade persiste em nosso dia-a-dia) e o nacional (os grupos à margem do mercado, o teatro fora das instituições) com a mesma chama inquieta. Inteligente, gosta de perquirir onde ainda restam traços de um teatro tomado em seu sentido transgressivo e perturbador. Divulga, no exterior, notícias daquilo que entre nós pode se ombrear com a cena mundial; ao mesmo tempo em que, integrando corpos curatoriais ou de arbitragem, leva às discussões novos olhares de apreciação sobre a prática que se faz. Encorpa, assim, a massa crítica indispensável à atividade teatral de nosso tempo, mediada entre as propostas e os resultados que, nem sempre, alcançam um ponto ótimo de realização".1

Nota

1 MOSTAÇO, Edelcio. Depoimento sobre Silvana Garcia para a Enciclopédia de Teatro. Florianópolis, out. 2002.

Espetáculos 6

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Fontes de pesquisa 2

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  • ALBUQUERQUE, Johana. Silvana Garcia (ficha curricular) In: ___________. ENCICLOPÉDIA do Teatro Brasileiro Contemporâneo. Material elaborado em projeto de pesquisa para a Fundação VITAE. São Paulo, 2000.
  • Programa do Espetáculo - Memória da Cana - 2009.

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