Quando o assunto é arte, a palavra “ruptura” se refere a ações que rompem com as regras das produções artísticas de uma época. Modos de criar e realizar uma obra, temas e suportes da arte são deixados de lado, alterados ou invertidos para darem lugar a novos pensamentos e a outras formas de expressão. No início do século XX, foram chamados de modernistas os artistas que colocavam a ruptura como elemento central de suas produções. Ao criar O homem amarelo, Anita Malfatti utilizou cores e pinceladas que não eram comuns nas pinturas brasileiras da época. Nesse período, predominava o modelo clássico ensinado nas escolas de belas-artes: reproduzir a realidade do modo mais fiel possível. A artista vai contra essa tradição: em vez de retratar a realidade visível, ela chama a atenção para o modo menos realista como representa a imagem.