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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Grupo Seibi

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 16.06.2022
1935 Brasil / São Paulo / São Paulo
Seibi - nome formado pelas iniciais de palavras que, em japonês, significam Grupo de Artistas Plásticos de São Paulo. O grupo, formado em 1935, conta inicialmente com a participação de Tomoo Handa (1906-1996), Hajime Higaki (1908-1998), Shigeto Tanaka (1910-1970), Kiyoji Tomioka (1844-1985), Takahashi (1908-1977), Yuji Tamaki (1916-1979), Yoshiy...

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Seibi - nome formado pelas iniciais de palavras que, em japonês, significam Grupo de Artistas Plásticos de São Paulo. O grupo, formado em 1935, conta inicialmente com a participação de Tomoo Handa (1906-1996), Hajime Higaki (1908-1998), Shigeto Tanaka (1910-1970), Kiyoji Tomioka (1844-1985), Takahashi (1908-1977), Yuji Tamaki (1916-1979), Yoshiya Takaoka (1909-1978) e o poeta e jornalista, Kikuo Furuno. Em 1938, aderem ao grupo Masato Aki e o escultor Iwakichi Yamamoto (1914).

O objetivo dessa reunião de artistas é a criação de um espaço para a produção, a divulgação e principalmente a discussão e a crítica das obras produzidas. Sem uma sede própria, eles se reúnem por um período na residência de Tomoo Handa, na Rua Alagoas 32 e, posteriormente, no porão de uma sociedade beneficente japonesa, situada na Rua Santa Luzia.

Em grande parte, os artistas que compõem o Seibi têm sua formação artística inteiramente realizada no Brasil. Estudam desenho e modelo vivo na Escola de Belas Artes de São Paulo ou frequentam a Escola Profissional Masculina do Brás. Todos são imigrantes japoneses e possuem outro meio de sobrevivência, além do trabalho artístico.

Com obras que se diferenciam da produção acadêmica - tanto pela proposta cromática quanto pela ausência de preocupação em retratar fielmente a realidade -, os artistas japoneses se dedicam principalmente aos gêneros da paisagem, do retrato e da natureza morta. Frequentemente realizam viagens à praia ou saem para pintar nos arredores dos bairros da Aclimação, Cambuci e Liberdade.

Na Escola de Belas Artes, entram em contato com os integrantes do Grupo Santa Helena, em especial com Mario Zanini (1907-1971), Francisco Rebolo (1902-1980), Fulvio Pennacchi (1905-1992) e Clóvis Graciano (1907-1988).

A primeira exposição realizada pelo grupo ocorre em 1938, na sede do Clube Japonês, na Rua Riachuelo 11. Pela pouca divulgação a mostra não tem grande repercussão. A partir de 1942, em decorrência da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), as reuniões e agremiações de japoneses e alemães ficaram proibidas no país. O grupo se dispersa, só voltando a se reunir em março de 1947. Nessa nova fase, outros artistas passam participar, entre eles Manabu Mabe (1924-1997), Tikashi Fukushima (1920-2001), em torno de quem se articulará o grupo Guanabara, Tomie Ohtake (1913-2015) e Flávio-Shiró (1928), entre outros.

Em 1952, é criado o salão Seibi Kai, que se estenderá até 1970, realizando um total de 14 mostras. Esses salões foram de grande importância para a projeção dos trabalhos realizados pelos artistas nipo-brasileiros.

Exposições 1

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Fontes de pesquisa 8

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  • ARTISTAS nipo-brasileiros. São Paulo, SP: MAC/USP, 1966.
  • GRUPO Seibi - Grupo do Santa Helena: década 35-45. Apresentação de Daisy Valle Machado Peccinni. São Paulo: FAAP, 1988.
  • LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988.
  • LOURENÇO, Maria Cecília França. Maioridade do moderno em São Paulo: anos 30/40. 1990. 2 v. Tese (Doutorado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo - FAU/USP, São Paulo, 1990.
  • MORAIS, Frederico. Panorama das artes plásticas: séculos XIX e XX. São Paulo: Instituto Cultural Itaú, 1989.
  • OS GRUPOS: a década de 40. São Paulo: Museu Lasar Segall, 1977. (Ciclo de Exposições de Pintura Brasileira Contemporânea).
  • SALÃO DO GRUPO SEIBI DE ARTISTAS PLÁSTICOS, 10. , São Paulo, 1966. Grupo Seibi de Artistas Plásticos - Sociedade Paulista de Cultura Japonesa. São Paulo: Sociedade Paulista de Cultura Japonesa, 1966.
  • VIDA e arte dos japoneses no Brasil: 80 anos de imigração japonesa no Brasil. Tradução de Antonio Nojiki. Apresentação de Fujio Tachibana e Pietro Maria Bardi. São Paulo: Masp: Banco América do Sul, 1988.

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