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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Festival arte.mov

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 03.03.2021
2006 - 2012
O Festival Internacional de Artes em Mídias Móveis, mais conhecido como Festival arte.mov, estreia em 2006, em Belo Horizonte. Patrocinado pelo Ministério da Cultura e por empresas de telefonia móvel, o evento é batizado de Telemig Celular arte.mov., nome preservado até 2008. A partir da terceira edição, o evento passa a se chamar Vivo arte.mov....

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O Festival Internacional de Artes em Mídias Móveis, mais conhecido como Festival arte.mov, estreia em 2006, em Belo Horizonte. Patrocinado pelo Ministério da Cultura e por empresas de telefonia móvel, o evento é batizado de Telemig Celular arte.mov., nome preservado até 2008. A partir da terceira edição, o evento passa a se chamar Vivo arte.mov. Por sua natureza descentralizada, outras edições são apresentadas em São Paulo, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Goiânia e Recife.

O festival reúne iniciativas em torno do que se compreende como “cultura da mobilidade”: projetos, eventos, colóquios, mostras e exposições que estimulam pesquisa, criação, reflexão e difusão da arte em mídias móveis e locativas. Telefones celulares, aparelhos GPS ou câmeras compactas são os dispositivos de interesse para o evento.

O acesso contemporâneo à informação e à arte se dá com base em experiências de compartilhamento por meio de mídias móveis. O celular, pelos recursos técnicos que oferece, desponta como elemento indispensável dessa prática. Nesse contexto, a importância do Festival arte.mov reside no fato de o evento oferecer plataformas para viabilizar a produção de conteúdo artístico e crítico. A distribuição do prêmio Mídias Locativas consolida o festival nesse segmento. O arte.mov também é importante por priorizar a produção independente e apresentá-la fora dos circuitos convencionais de exibição.

Na primeira edição, o sistema em rede que os dispositivos utilizam é comparado à trama social das cidades. Surgem dessa concepção as chamadas “artes locativas”. Desse modo, o festival de estreia tem como objetivo propor a discussão sobre aspectos da mobilidade e criar diálogo entre pesquisadores e artistas das cidades que sediam o evento, mapeando os trabalhos audiovisuais produzidos em mídias portáteis.

A segunda edição do arte.mov, de novembro de 2007, ocorre durante quatro dias em três instâncias de Belo Horizonte: no Palácio da Artes, no Conservatório de Música da Universidade Federal de Minas Gerais e no Parque Municipal.

A terceira edição do festival tem a programação ampliada, e as atividades acontecem nos meses de novembro e dezembro, distribuídas no Espaço Cultural Vivo e no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo, e no Palácio das Artes, em Belo Horizonte. Além dessas cidades, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre e Recife sediam eventos itinerantes, chamados de circuito Vivo arte.mov. Mais de 600 inscrições são realizadas e 39 trabalhos, selecionados. Essas obras obedecem aos seguintes critérios: duração de 30 segundos a três minutos; produção autoral realizada entre janeiro de 2007 a outubro de 2008; e capacidade de circular em redes – celulares handhelds ou computadores de mão. Os vídeos selecionados participam da Mostra Competitiva e são apresentados no site do evento, com informação sobre os realizadores de cada trabalho.

Em 2010, a quarta edição divulga a produção de filmes de curta ou curtíssima-metragem, produzidos por cineastas amadores ou profissionais. A cidade de Florianópolis passa a fazer parte do roteiro do festival, com apresentações no teatro da Universidade Federal de Santa Catarina durante dois dias do mês de abril. São realizadas na capital catarinense duas mostras audiovisuais, compostas por 47 micrometragens, uma exposição e diversas mesas-redondas sobre mídias locativas e realidade aumentada.

Rio de Janeiro, Curitiba, Recife, Goiânia e São Paulo são as cidades que recebem o festival de 2012. Na quinta edição, o espaço público urbano é apresentado em suas possibilidades de ocupação. Política de rede, tecnologias de mediação, microcinemas e mídias móveis são os temas abordados no evento. 

A competição prevê editais para os segmentos Mostra Competitiva Nacional, com apresentação de obras audiovisuais com duração de 20 segundos a 3 minutos, e Mídias Locativas, com projetos de arte e comunicação para mídias móveis. Entre os participantes, destacam-se: o Coletivo Garapa, formado por Paulo Fehlauer (1982) e Rodrigo Marcondes, ambos de São Paulo; Ricardo Brazileiro (1984), de Recife; Denise Agassi (1975), de São Paulo; a dupla paulista Radamés Ajna e Thiago Hersan; e o cineasta holandês Sander Veenhof (1973). 

Exibição de documentários, fórum de debates, workshops e a mostra Mídias Instáveis para Lugares Instáveis são alguns dos eventos apresentados no Paço das Artes, em São Paulo. Para abrigar oficinas e mostras na periferia da cidade, onde há escassez de oferta artística institucional, os artistas Gisela Domschke (1965) e Lucas Bambozzi (1965) desenvolvem o projeto Labmóvel. Trata-se de um veículo Kombi, modificado, que se desloca pela cidade com o objetivo de expandir os conceitos de arte e cultura para comunidades em áreas desprivilegiadas. Os convidados do Labmóvel – artistas, educadores, pesquisadores – experimentam tanto a criação como a veiculação da produção compartilhada. O Labmóvel também serve de apoio às performances durante a Festa Curto Circuito, no último dia do festival.

Lucas Bambozzi e Rodrigo Minelli (1964-2013) são os criadores do arte.mov. A carreira como artista e curador em novas mídias é reforçada por sua formação na Inglaterra, com pesquisa sobre espaços públicos e sistemas difusos. Seus trabalhos, expostos em mais de 40 países, são premiados e exibidos em festivais que tratam da questão da tecnologia associada ao contexto urbano.

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