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Enciclopédia Itaú Cultural
Teatro

Apareceu a Margarida

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 19.07.2021
05.09.1973 - 17.02.1974 Brasil / Rio de Janeiro / Rio de Janeiro – Teatro Ipanema
Registro fotográfico autoria desconhecida

Marília Pêra em cena de Apareceu a Margarida, 1973
Marília Pêra
Acervo Cedoc/FUNARTE

Texto de estréia de Roberto Athayde (1949), que escreve este monólogo aos 22 anos. Apareceu a Margarida é encenado por Aderbal Freire-Filho (1941) e protagonizado por Marília Pêra (1943-2015), com grande sucesso.

Texto

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Texto de estréia de Roberto Athayde (1949), que escreve este monólogo aos 22 anos. Apareceu a Margarida é encenado por Aderbal Freire-Filho (1941) e protagonizado por Marília Pêra (1943-2015), com grande sucesso.

O autor constrói uma imagem cênica pessoal e original em que a metáfora do poder se encarna em Dona Margarida, professora primária que quer educar seus alunos segundo métodos autoritários e bastante violentos. Na crítica ao espetáculo, Yan Michalski (1932-1990) escreve: "Dona Margarida [...] afirma insistentemente querer o nosso bem: 'D. Margarida é uma segunda mãe para vocês'. Mas os métodos de que ela se vale para levar-nos ao paraíso do saber e da boa educação são tão ilógicos e neuróticos que nos sentimos dominados por uma força cega e onipotente, contra a qual não adianta reagir - e, aliás, ela não nos deixa a menor chance de reação. À medida que a aula progride, acabamos mergulhando numa sensação de terror diante do processo irracional do qual estamos sendo passivos objetos, vítimas e hipotéticos - mas implausíveis-futuros beneficiários. [...]

Esse mergulho no terror, entretanto, é realizado pelo autor com um senso de humor que torna a aula extremamente atraente para os alunos-espectadores. O texto de Roberto Athayde é brilhantemente colorido e inventivo, com achados cômicos que se atropelam um atrás do outro, alguns dos quais de uma virulência inesperada. [...]

Ela [Marília Pêra] revela qualidades de atleta, acrobata, palhaço, mulher atraentíssima, monstro, e sobretudo atriz completa: engraçadíssima, comovente, espalhando diante de nós uma fabulosa gama de recursos interpretativos, colorindo seu longo discurso com permanentes e surpreendentes mudanças de tom, tempo e intenção. [...]"1

Apesar de ser o texto de estréia de Roberto Athayde, Apareceu a Margarida, apesar de primeiro, é seu trabalho mais representativo e ganha inúmeras montagens no país e no exterior, sendo encenada em mais de trinta países, e tendo como intérpretes e diretores nomes como Annie Girardot na França, com direção de Jorge Lavelli, 1974; Anna Proclemer na Itália, direção de Giorgio Albertazzi, 1975; Estelle Parsons nos Estados Unidos, com o próprio autor assumindo a direção, 1977; e uma encenação na Grécia assinada por Michael Cacoyannis, 1975.

Nota

1. MICHALSKI, Yan. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 11 set. 1973. Caderno B.

Ficha Técnica

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Autoria
Roberto Athayde

Direção
Aderbal Freire-Filho

Cenografia
Bina Fonyat

Figurino
Bina Fonyat

Elenco
Beth Erthal / substituiu Marilia Pera em excursão
Ivan Pontes
Marília Pêra (Prêmios Molière e Governador do Estado)

Obras 1

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Espetáculos 8

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Fontes de pesquisa 3

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  • APARECEU a Margarida. Rio de Janeiro: CEDOC / Funarte. Dossiê Espetáculos Teatro Adulto.
  • MARINHO, Flávio. O Globo, Rio de Janeiro, 2 fev. 1981. Segundo Caderno.
  • MICHALSKI, Yan. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 27-29 set. 1973. Caderno B.

Como citar

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