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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Karin Lambrecht

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 08.03.2017
21.01.1957 Brasil / Rio Grande do Sul / Porto Alegre
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini/Itaú Cultural

Sem Título, 1996
Karin Lambrecht
Grafite, tinta a óleo e óleo de linhaça sobre papel
97,00 cm x 66,00 cm

Karin Marilin Haessler Lambrecht (Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 1957). Pintora, desenhista, gravadora e escultora. Inicia seus estudos no Ateliê Livre da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, entre 1973 e 1976. Como aluna de Danúbio Gonçalves (1925), estuda litografia entre 1977 e 1978. Gradua-se em desenho e gravura pelo Instituto de Artes d...

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Biografia

Karin Marilin Haessler Lambrecht (Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 1957). Pintora, desenhista, gravadora e escultora. Inicia seus estudos no Ateliê Livre da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, entre 1973 e 1976. Como aluna de Danúbio Gonçalves (1925), estuda litografia entre 1977 e 1978. Gradua-se em desenho e gravura pelo Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IA/UFRGS), em 1979.

Nesse ano, realiza sua primeira individual, no Espaço 542. No início da década de 1980, faz curso de pintura com Raimund Girke (1930 - 2002), na Hochschule der Künste, em Berlim. Em 1986, realiza mostra individual na Galeria Tina Presser, em Porto Alegre. Recebe, em 1988, o Prêmio Ivan Serpa, da Funarte.

Em sua produção dos anos 1980, emprega detritos industriais, dialogando com a arte povera e o expressionismo. Nesse período, dedica-se ainda à pintura, em busca de novas possibilidades formais, elimina chassis e costura pedaços de tela. Na década de 1990, começa a agregar materiais orgânicos, como grãos de terra e sangue, à superfície das telas.

Análise

No início de sua trajetória artística, Karin Lambrecht realiza trabalhos constituídos principalmente por resíduos industriais, em que revela o diálogo com a arte povera e com o expressionismo. Em meados da década de 1980, produz obras compostas por imensos planos recortados e suspensos. A artista reorganiza o chassi em arranjos mais espontâneos, como nota o historiador da arte Agnaldo Farias, e aproxima, assim, suas obras a certas construções toscas, como estandartes e barracas. As pinturas são feitas sobre tecidos queimados e rasgados. Em outros trabalhos, passa a agregar materiais inusitados, como sucata, fragmentos de chapas de metal ou ripas de madeira. Sua obra mantém afinidade, pelo uso de materiais industriais, com os trabalhos de Robert Rauschenberg (1925-2008) e, principalmente, de Joseph Beuys (1921-1986).

A artista, que trabalha predominante com tons de azul, passa a explorar os vermelhos, ocres e amarelos, por meio de pigmentos naturais, que variam desde finas camadas de terra, ao carvão ou ao sangue de animais abatidos. Por vezes, expõe as obras à ação da natureza, como o sol, vento ou chuva, que as modifica e faz com que elementos novos, como folhas de árvores, fragmentos de cascas ou pegadas de animais, sejam agregados à elas.

Para a crítica de arte Ligia Canongia, a idéia do sacrifício, da transitoriedade da vida e da religião está presente na obra de Lambrecht por meio dos materiais com que são compostas as peças, pelo recorrente uso de sinais, como o da cruz, e de palavras que aludem à fragmentação e dissecação dos corpos.

Obras 7

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Reprodução fotográfica autoria desconhecida

A Garganta

Acrílica, pigmento, massa plástica sobre tela e metal
Reprodução fotográfica autoria desconhecida

Do Outro Lado do Horizonte

Acrílica com pigmentos, terra, argila, goma laca, arame e madeira
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini/Itaú Cultural

Sem Título

Grafite, tinta a óleo e óleo de linhaça sobre papel

Exposições 146

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Exposições virtuais 1

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Fontes de pesquisa 6

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  • BIENAL INTERNACIONAL DE SÃO PAULO, 18., 1985, São Paulo, SP. Expressionismo no Brasil: heranças e afinidades. São Paulo: Fundação Bienal, 1985.
  • FARIAS, Agnaldo. Arte brasileira hoje. São Paulo: Publifolha, 2002. (Folha explica, 40).
  • LAMBRECHT, Karin. Karin Lambrecht. Texto Agnaldo Farias, Icléia Cattani, Miguel Chaia; apresentação Fábio Luiz Borgatti Coutinho. Porto Alegre: Margs, 2002. 48 p., il. p&b color.
  • LAMBRECHT, Karin. Nascimento do tempo. Brasília: Espaço Capital Arte Contemporânea, 1986. folha dobrada, il. p&b.
  • LAMBRECHT, Karin. Pintura e objeto. Porto Alegre: Galeria Tina Zappoli, 1990. folha dobrada, il. color.
  • MOSTRA RIO ARTE CONTEMPORÂNEA, 1., 2002, Rio de Janeiro, BENZECRY, Alberto (coord.), SALDANHA, Cláudia (coord.). Violência e paixão. Curadoria Ligia Canongia; apresentação Fábio Ferreira, Ricardo Macieira, M. F. do Nascimento Brito; texto Ligia Canongia. Rio de Janeiro: MAM, 2002. 88 p., il. color.

Como citar

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