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Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Carol Itzá

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 06.08.2024
22.04.1983 Brasil / São Paulo / São Paulo
Carolina Tiemi Takiya Teixeira (São Paulo, São Paulo, 1983). Artista visual. Suas obras trazem a mulher associada à luta política e à resistência. As imagens se inspiram em alegorias que trazem a atmosfera da luta para seus desenhos, especialmente de mulheres periféricas.

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Carolina Tiemi Takiya Teixeira (São Paulo, São Paulo, 1983). Artista visual. Suas obras trazem a mulher associada à luta política e à resistência. As imagens se inspiram em alegorias que trazem a atmosfera da luta para seus desenhos, especialmente de mulheres periféricas.

Forma-se em Ciência Sociais, em 2008 pela Universidade de São Paulo (USP) e torna-se mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Mas sua formação em relação ao graffiti se dá por pedagogias informais, passando pelo contato e experiência com a cultura hip hop.

Em suas obras, figuras femininas aparecem nuas e, no geral, com parte do rosto coberto, sendo os olhos a parte que fica exposta. Essa “máscara” pode ser de algo que parece um tecido ou feita com os próprios cabelos trançados e envoltos na cabeça, como nos graffiti Semillas: onde o Zé Povinho não encosta e Malokêras: “a rua é o meu trabalho sem padrões, a minha casa sem marido, salão de festa colorido”, que trazem também outros signos de luta, como a posição da figura e a presença de um estilingue representando armas.

Segundo a própria artista, sua inspiração de imagens e de seu próprio codinome “Itzá”, tem inspiração latino-americana, resgatando a ancestralidade também em Abya Yala1 e a resistência contra processos de colonização. Sua obra tem o graffiti como grande inspiração e linguagem, mas a artista também transita por outros gêneros da pintura como na obra Vitória e mangue.

Para além do graffiti, Carol também trabalha com outras técnicas e suportes como nas obras da série Morder com força ou viver buscando desaparecidos, na qual a artista utiliza cerâmica, argamassa e coroação de esmalte para criar grandes dentes postos em contato com a terra ou com muros buscando rememorar a história de seu próprio pai e de desaparecidos.

A obra de Carol Itzá traz mulheres em posições de luta e resistência questionando, portanto, os papéis que lhe são tradicionalmente atribuídos, ligados ao cuidado e à reprodução.

Nota
1.
Abya Yala é um termo que tem sua origem na língua do povo Kuna, originários de Serra Nevada (norte da Colômbia) e significa "Terra Viva". O termo tem sido utilizado como uma autodesignação para substituir "América" na nomeação do continente, fruto de um processo de colonização.

Exposições 16

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