Ordenação

Tipo de Verbete

Filtros

Áreas de Expressão
Artes Visuais
Cinema
Dança
Literatura
Música
Teatro

Período

A Enciclopédia é o projeto mais antigo do Itaú Cultural. Ela nasce como um banco de dados sobre pintura brasileira, em 1987, e vem sendo construída por muitas mãos.

Se você deseja contribuir com sugestões ou tem dúvidas sobre a Enciclopédia, escreva para nós.

Caso tenha alguma dúvida, sugerimos que você dê uma olhada nas nossas Perguntas Frequentes, onde esclarecemos alguns questionamentos sobre nossa plataforma.

Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Ana Beatriz Almeida

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 20.11.2024
1987 Brasil / Rio de Janeiro / Niterói
Ana Beatriz Almeida (Niterói, Rio de Janeiro, 1987). Artista visual, pesquisadora, curadora. Desenvolve suas pesquisas e produções artísticas em torno de homenagens àqueles que não sobreviveram ao tráfico transatlântico de escravizados e a pessoas afro-descendentes que foram assassinados e tiveram suas memórias apagadas pelo Estado brasileiro.

Texto

Abrir módulo

Ana Beatriz Almeida (Niterói, Rio de Janeiro, 1987). Artista visual, pesquisadora, curadora. Desenvolve suas pesquisas e produções artísticas em torno de homenagens àqueles que não sobreviveram ao tráfico transatlântico de escravizados e a pessoas afro-descendentes que foram assassinados e tiveram suas memórias apagadas pelo Estado brasileiro.

Formada em tecnologia têxtil e da indumentária pela Universidade de São Paulo (USP), torna-se mestre história e historiografia da arte, em 2020 com a dissertação Contra-Necropoder: uma narrativa da morte sobre a arte, no qual analisa movimentos e manifestações artísticas de comunidades negras como formas de resistência à chamada necropolítica1.

A pesquisa sobre rituais fúnebres da região do Recôncavo Baiano e suas relações com culturas da África Ocidental permeia toda a trajetória de Ana Beatriz. Neste caminho, é em Cachoeira, município da região, que Ana Beatriz apresenta sua primeira performance da série Gunga, projeto no qual se manifesta também a presença e importância do corpo nas manifestações diaspóricas. Realizado entre 2009 e 2019, Gunga é dividido em diferentes etapas rituais: A primeira, a série “Banzo” (Banzo e Banzo Bendita), as performances liminares da série “Kalunga” (Onira, Osalufã e Ibeji) e os ritos pós-liminares na série “Ritual Sobre o Sacrifício" (Tchidohun e O Mercado: A Iniciação). Este trabalho trata-se de um longo rito de passagem em homenagem àqueles que não sobreviveram ao tráfico transatlântico de escravizados sequestrados de diferentes nações africanas.

Além da pesquisa intimamente envolvida com sua produção enquanto artista, Ana Beatriz também atua como curadora da edição 2020/2021 do festival de arte contemporânea Glasgow International e é co-fundadora da plataforma de arte contemporânea 01.01, que tem como objetivo viabilizar um mercado da arte mais consciente e com foco nas produções decoloniais e relacionadas à diáspora.

O trabalho de Ana Beatriz Almeida se constitui em ritos de passagem de longa duração lembrando aqueles que foram mortos por diferentes processos de violência e apagamento de corpos em diáspora e pelo estado brasileiro. O corpo e a manifestação do luto e da memória são suas principais ferramentas.

Nota

1. Necropolítica é um termo cunhado pelo filósofo Achille Mbembe (1957) que busca nomear um processo legitimado de políticas de morte de determinadas comunidades. Não necessariamente diz respeito à morte direta, através da violência levada a assassinatos, mas também a submissão da vida à morte, através de processos massivos de marginalização dos corpos e de políticas de escassez. 

Exposições 2

Abrir módulo

Fontes de pesquisa 7

Abrir módulo

Como citar

Abrir módulo

Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: