Ordenação

Tipo de Verbete

Filtros

Áreas de Expressão
Artes Visuais
Cinema
Dança
Literatura
Música
Teatro

Período

A Enciclopédia é o projeto mais antigo do Itaú Cultural. Ela nasce como um banco de dados sobre pintura brasileira, em 1987, e vem sendo construída por muitas mãos.

Se você deseja contribuir com sugestões ou tem dúvidas sobre a Enciclopédia, escreva para nós.

Caso tenha alguma dúvida, sugerimos que você dê uma olhada nas nossas Perguntas Frequentes, onde esclarecemos alguns questionamentos sobre nossa plataforma.

Enciclopédia Itaú Cultural
Teatro

Adeilton Lima

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 08.11.2019
26.07.1965 Brasil / Amazonas / Manaus
Adeilton Lima da Silva (Manaus, Amazonas, 1965). Ator, poeta, professor, revisor de textos e locutor. Chega a Brasília em 1982, em busca de melhores condições de vida. Seus primeiros trabalhos como ator são em espetáculos do Grupo Ar Cênico, em 1988, e entre eles destaca-se Cães Ataquem, criação coletiva com direção de Heron Santiago. No ano seg...

Texto

Abrir módulo

Adeilton Lima da Silva (Manaus, Amazonas, 1965). Ator, poeta, professor, revisor de textos e locutor. Chega a Brasília em 1982, em busca de melhores condições de vida. Seus primeiros trabalhos como ator são em espetáculos do Grupo Ar Cênico, em 1988, e entre eles destaca-se Cães Ataquem, criação coletiva com direção de Heron Santiago. No ano seguinte, pela primeira vez, além de atuar, dirige o espetáculo Para Acabar com o Julgamento de Deus, de Antonin Artaud. Em 1992, inicia a graduação em Letras na Universidade de Brasília (UnB). No ano seguinte, trabalha como ator no espetáculo Moby Dick com o Grupo Celeiro das Antas. De 1995 a 1997, é pesquisador no Programa de Estudos sobre o Uso da Língua (PEUL), coordenado pela Professora Maria Marta Pereira Scherre, na UnB. Atua e dirige O Poeta Vivo: Quintanares, de 1996 a 1999. Desde 1997 atua no monólogo Diário de um Louco, com direção de Cesário Augusto, baseado no conto homônimo de Nicolai Gogol. Em 1998 conclui a graduação em Letras na UnB e inicia em 1999 Curso de Locução para Rádio e TV no Instituto Pedagógico Profissional do Brasil (IPEP). Em seu CD Raízes da Voz (2002), declama poemas de Carlos Drummond e Garcia Lorca, entre outros. Tem participações como ator em curta-metragens e em Dois filhos de Francisco (2005).

De 2005 a 2007 cursa Mestrado em Teoria Literária na UnB.  Desde 2006 atua em A conferência, primeiro solo com dramaturgia sua. Em O canto dos canários (2011-2012) ele interpreta Charles Darwin, com direção de Leo Sykes. 

Análise

Adeilton realiza principalmente espetáculos solo e afirma que todos seus trabalhos são pautados na ética, no autoconhecimento e no questionamento político-social, frutos de referências estéticas como Artaud, Jerzy Grotowski, Eugenio Barba, Bertolt Brecht, Augusto Boal e Glauber Rocha. Sempre investiga a relação com a poesia – busca encontrá-la e desenvolvê-la no corpo, no texto e na cena1. Para o crítico Marcos Savini, Adeilton é daqueles “atores que privilegiam a interpretação do texto, o peso das palavras, as nuances dos sentidos2.” Sobre seu trabalho em Diário de um Louco, Fernando Marques afirma que Adeilton “possui e emprega os recursos necessários a enfrentar o personagem sem que o interesse caia. [...] Adeilton e o diretor conseguem fazer o público enxergar, por trás da máscara cômica do maluco, o sofrimento do homem sem saída, prensado entre os próprios limites e o mundo absurdo3.” Para o jornalista Cláudio Ferreira, que o chama de ‘Bardo do cerrado”,  Adeilton “conquistou adeptos e desafetos. Adeptos da poesia dita de forma visceral, incontida. Desafetos que vêem exagero na postura4.” É combativo na batalha por políticas públicas de cultura mais inclusivas na capital. Segundo o jornalista José Carlos Vieira, Adeilton Lima pertence àquele “grupo de artistas imprescindíveis para mover as engrenagens culturais de Brasília5.”   

Notas

1. LIMA, Adeilton. Entrevista concedida a esta pesquisadora em 03 de novembro de 2012.

2. SAVINI, Marcos. Devaneio sobre a Morte. Correio Braziliense. Brasília, 18 abril 1997.

3. MARQUES, Fernando. Comédia Amarga é Ótimo Teatro. Correio Braziliense. Brasília, 16 out. 1999.

4. FERREIRA, Cláudio. Bardo do cerrado. Correio Braziliense. Brasília, 23 set. 2002.

5.  VIEIRA, José Carlos. A Voz dos Poetas. Correio Braziliense. Brasília, 30 out. 2004.

Fontes de pesquisa 5

Abrir módulo
  • FERREIRA, Cláudio. Bardo do cerrado. Correio Braziliense. Brasília, 23 set. 2002.
  • LIMA, Adeilton. [Currículo]. Enviado em: 03 de novembro de 2012. Enviado em: 3 nov 2012.
  • MARQUES, Fernando. Comédia Amarga é Ótimo Teatro. Correio Braziliense. Brasília, 16 out. 1999.
  • SAVINI, Marcos. Devaneio sobre a Morte. Correio Braziliense. Brasília, 18 abril 1997.
  • VIEIRA, José Carlos. A Voz dos Poetas. Correio Braziliense. Brasília, 30 out. 2004.

Como citar

Abrir módulo

Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: