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Enciclopédia Itaú Cultural
Teatro

Sábato Magaldi

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 27.08.2024
09.05.1927 Brasil / Minas Gerais / Belo Horizonte
14.07.2016 Brasil / São Paulo / São Paulo
Sábato Antônio Magaldi (Belo Horizonte, Minas Gerais, 1927 - São Paulo, São Paulo, 2016). Teórico, crítico teatral e professor. Pertence ao primeiro escalão intelectual brasileiro, influente pensador ligado a momentos decisivos da história do teatro brasileiro.

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Sábato Antônio Magaldi (Belo Horizonte, Minas Gerais, 1927 - São Paulo, São Paulo, 2016). Teórico, crítico teatral e professor. Pertence ao primeiro escalão intelectual brasileiro, influente pensador ligado a momentos decisivos da história do teatro brasileiro.

Reside no Rio de Janeiro desde 1948. Forma-se em direito, em 1949, pela Universidade de Minas Gerais (faz o último ano no Rio de Janeiro).

De 1950 a 1953, como crítico teatral do Diário Carioca, envia colaboração da França, enquanto lá permanece de 1952 a 1953. Nesse ano recebe o certificado de estética da Sorbonne (Universidade de Paris), sendo seu professor Etiènne Souriau. A obtenção desse certificado exige ainda aprovação nos cursos de psicologia e história da arte moderna.

Regressando ao Brasil, transfere-se para São Paulo, a convite de Alfredo Mesquita, a fim de lecionar história do teatro na Escola de Arte Dramática - EAD, e é redator do jornal O Estado de S. Paulo. Com a criação do Suplemento Literário, em 1956, torna-se titular da coluna de teatro até 1969.

Participa do Seminário de Dramaturgia do Teatro de Arena, em 1958, e dirige nos anos 60 a coleção Teatro Universal, da Editora Brasiliense, e a coleção Teatro Vivo, da Editora Abril, nos anos 70.

Fundada a Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, ECA/USP, em 1967, chega por concurso a professor titular de teatro brasileiro. E recebe o título de professor emérito em 2000.

É o primeiro secretário municipal de Cultura de São Paulo, a convite do prefeito Olavo Setúbal.

Com Maria Thereza Vargas, lança, em 1975, Cem Anos de Teatro em São Paulo, publicação fasciculada destinada a comemorar o centenário do jornal O Estado de S. Paulo e depois editada em livro (Editora Senac São Paulo, 2001).

Doutora-se na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, FFLCH/USP, em 1972, com a tese Teatro de Oswald de Andrade, e faz livre-docência, em 1983, na ECA/USP, defendendo a tese Nelson Rodrigues: Dramaturgia e Encenações. Presta, em 1985, concurso para professor adjunto, tornando-se, em 1988, professor titular de teatro brasileiro. Organiza e prefacia a publicação do Teatro Completo de Nelson Rodrigues (quatro volumes), que se estende de 1981 a 1989.

De 1985 a 1987, leciona na Sorbonne, em Paris, e de 1989 a 1991, na Universidade de Aix-en-Provence. Em 1994 é eleito membro da Academia Brasileira de Letras, ABL. 

Entre os títulos de sua produção destacam-se Panorama do Teatro Brasileiro, 1962; Iniciação ao Teatro, 1965; O Texto no Teatro, 1989; Moderna Dramaturgia Brasileira, 1998; Depois do Espetáculo, 2003; Teatro da Ruptura: Oswald de Andrade e Teatro da Obsessão: Nelson Rodrigues, 2004.

Outras publicações: Temas da História do Teatro, 1963; O Cenário do Avesso, 1977; Um Palco Brasileiro (O Arena de São Paulo), 1984; O Texto no Teatro Moderno Brasileiro, em Literatura Brasileira: Ensaios, Crônica, Teatro e Crítica, 1986; O Papel de Brecht no Teatro Brasileiro: Uma Avaliação, em Brecht no Brasil, Experiências e Influências, de W. Bader; Teoria e Prática da Censura no Brasil Atual, em Le Thêatre sous la Contrainte, 1988; Teatro Brasileiro, em O Teatro através da História (vol.II), 1994; As Luzes da Ilusão (Discurso de recepção na ABL), 1995; O Crítico de Teatro, em Sobre Anatol Rosenfeld.

Em obras de referência e especializadas, é autor do verbete sobre o teatro brasileiro da Enciclopédia Mirador Internacional e do Díctionnaire des Littératures das Presses Universitaires de France. Atualiza verbetes sobre teatro do dicionário Novo Aurélio - Século XXI.

Acumula muitos prêmios ao longo de sua carreira no país. É conselheiro vitalício da Fundação Bienal de São Paulo; torna-se Chevalier des Arts et Lettres, do governo francês, em 1967; e Chevalier de l'Ordre National du Mérite, do governo francês, em 1979.

Avaliando a contribuição de Sábato ao entendimento intelectual e artístico das últimas décadas, salienta o crítico e teórico Jacó Guinsburg: "No processo renovador, um nome que veio a impor-se como dos mais representativos foi o de Sábato Magaldi, seja pela intensidade de sua militância jornalística, seja pela envergadura de sua contribuição ensaística. Por ambas as vias, desenvolveu ele um conjunto de trabalhos que, em forma de monografia ou de publicística, tem hoje um lugar relevante na bibliografia especializada. É o caso de livros como Nelson Rodrigues: Dramaturgia e Encenações, Um Palco Brasileiro - O Arena de São Paulo e O Texto no Teatro, para não mencionar o consagrado Panorama do Teatro Brasileiro, tido como a mais significativa mise au point histórica de nossa arte dramática e primeira visão abrangente de seus desdobramentos na cena contemporânea".1

Notas

1 GUINSBURG, Jacó. Apresentação. In: MAGALDI, Sábato. Moderna dramaturgia brasileira. São Paulo: Perspectiva, 1998. 323 p.

Exposições 1

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Fontes de pesquisa 3

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  • ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Disponível em: http://www.academia.org.br. Acesso em: 15 dez. 2004.
  • ALBUQUERQUE, Johana. Sábato Magaldi (ficha curricular) In: ___________. ENCICLOPÉDIA do Teatro Brasileiro Contemporâneo. Material elaborado em projeto de pesquisa para a Fundação VITAE. São Paulo, 2000.
  • MORRE, aos 89 anos, Sábato Magaldi. O Globo, Rio de Janeiro, 15 jul. 2016. Disponível em: < http://oglobo.globo.com/cultura/morre-aos-89-anos-sabato-magaldi-19720868 >. Acesso em: 15 jul. 2016.

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