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Enciclopédia Itaú Cultural
Teatro

Nadja Turenko

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 30.04.2024
07.01.1968 Brasil / Pará / Belém
19.09.2016 Brasil / São Paulo / São Paulo
Nadja Santana Turenko (Belém, Pará, 1968 - São Paulo, São Paulo, 2016). Atriz, diretora, preparadora corporal e roteirista. Aos 13 anos, começa a fazer teatro na escola. Participa de cursos e oficinas de artes cênicas, até ingressar no circuito profissional. É cofundadora e atriz da Companhia de Interesses Teatrais (CIT), grupo que, embora de tr...

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Nadja Santana Turenko (Belém, Pará, 1968 - São Paulo, São Paulo, 2016). Atriz, diretora, preparadora corporal e roteirista. Aos 13 anos, começa a fazer teatro na escola. Participa de cursos e oficinas de artes cênicas, até ingressar no circuito profissional. É cofundadora e atriz da Companhia de Interesses Teatrais (CIT), grupo que, embora de trajetória curta, monta dois espetáculos com diretores de destaque no cenário baiano: Microcaosmo (1989), dirigido por Paulo Dourado, e Josefina, a Cantora dos Ratos (1990), por Márcio Meirelles.

Viaja à França para estudar Mímica Corporal Dramática, onde forma-se pela Ecole de Mime Corporel Dramatique de Paris (1990-1995) e, ainda como estudante da instituição, integra a companhia Theatre de l’Ange Fou, com a qual faz apresentações pela Europa e Estados Unidos, de 1992 a 1995, tornando-se mais tarde membro permanente do grupo.

Volta a Salvador e estreia o monólogo O Banquete de Alice, em 1996, inspirado na obra de Lewis Caroll e com direção de Elisa Mendes. No ano seguinte, dirige seu primeiro espetáculo profissional, Clarices, a convite das jovens atrizes Débora Moreira e Maria Marighella. O projeto leva à criação do Núcleo Criativo e Solidário de Produções Artísticas, que inclui a diretora, as atrizes e George Mascarenhas, assistente de direção em Clarices.

Em 1999, atua no monólogo Todas as Horas do Fim e dirige a atriz Rita Assemany em Três Mulheres e Aparecida. As duas atrizes encontram-se no elenco de As Coisas Boas da Vida, dirigido por Ana Kfouri. No cinema, Nadja atua no episódio O Diário de um Convento, dirigido por Edyala Yglesias, que integra o filme 3 Histórias da Bahia (2001). Participa também de Jardim das Folhas Sagradas (2006), de Pola Ribeiro, e Luz nas Trevas – A Volta do Bandido da Luz Vermelha (2009), de Ícaro Martins e Helena Inês, lançado no mesmo ano em que se muda para São Paulo. Nos anos seguintes, compõe os elencos de Tragicomédia de um Homem Misógino (2010) e O Estranho Familiar (2011), ambos com direção de André Guerreiro Lopes. Em 2012, volta a dirigir a atriz Maria Marighella em Ensaio de Casamento.

Análise
A carreira profissional de Nadja Turenko tem como base a Mímica Corporal Dramática, técnica de teatro físico que consiste em aprofundar o movimento do corpo na sua relação com o drama e os elementos da fala, como pausa, hesitação, fluência. Desde 1990, Nadja estuda e tem aplicado tal técnica como ferramenta na construção de seus personagens e como encenadora e preparadora de elenco.

Aliás, outra característica de seu trabalho é a trajetória como atriz e diretora de elenco – atividades que sempre desenvolveu paralelamente.  A alternância de papéis se dá também em outro âmbito: no da experiência com outros artistas. Foi assim, por exemplo, com Rita Assemany, atriz que a dirigiu em Todas as Horas do Fim, espetáculo no qual Nadja realiza um entrecruzamento dramático de falas e escritos tem da cantora norte-americana Janis Joplin e do dramaturgo francês Antonin Artaud. No mesmo ano, Nadja dirige Rita em Três Mulheres e Aparecida, com texto de Aninha Franco.

Todas as Horas do Fim integra o repertório do grupo Teatro por um Fio - Núcleo Criativo e Solidário de Produções Artísticas, cofundado por Nadja, cuja proposta é exatamente a realização de espetáculos com a alternância das funções de direção, atuação e dramaturgia. O projeto nasce depois da bem-sucedida experiência de Clarices, estreia de Nadja como diretora. Ela, o elenco e o assistente de direção George Mascarenhas formam o grupo que dura até 2008 e realiza seis montagens.  

O trabalho do núcleo sublinha o interesse de Nadja em formas narrativas para uma dramaturgia contemporânea, como se vê em alguns de seus projetos: a adaptação de Lewis Carroll para seu primeiro monólogo, O Banquete de Alice, e as contribuições dramatúrgicas para Clarices e Todas as Horas do Fim.

O empenho e os resultados alcançados com a Mímica Corporal Dramática também são outro fator aglutinador do Teatro por um Fio: a técnica passou a ser estudada e aplicada pelos demais membros do grupo. Diplomada pela Ecole de Mime Corporel Dramatique de Paris, os trabalhos e estudos de Nadja Turenko sobre o tema fizeram dela membro permanente da companhia da instituição e colaboram para formatação de um curso regular, quando a escola se transfere para Inglaterra.

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