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Enciclopédia Itaú Cultural
Teatro

Alexandre Gusmão

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 21.03.2024
Alexandre de Gusmão (Santos, São Paulo, 1695 - Lisboa, Portugal, 1753). Filho do médico Francisco Lourenço Jorge e de Maria Álvares, muito jovem é encaminhado ao Colégio de Belém, em Cachoeira, na Bahia, para estudar com o padre jesuíta Alexandre de Gusmão (1629-1724), de quem herda o nome. Ainda adolescente, por volta de 1708, o futuro diplomat...

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Alexandre de Gusmão (Santos, São Paulo, 1695 - Lisboa, Portugal, 1753). Filho do médico Francisco Lourenço Jorge e de Maria Álvares, muito jovem é encaminhado ao Colégio de Belém, em Cachoeira, na Bahia, para estudar com o padre jesuíta Alexandre de Gusmão (1629-1724), de quem herda o nome. Ainda adolescente, por volta de 1708, o futuro diplomata muda-se para Portugal e poucos anos depois, em 1714, para Paris, França. Ingressa na Universidade de Sorbonne, no curso de direito. De lá é enviado em missão diplomática a Roma, Itália, retornando a Portugal em 1730 como secretário particular de d. João V. Um ano depois é eleito membro da Academia Real de História. 

Alexandre de Gusmão, além da carreira diplomática, é reconhecido como escritor, especialmente de poemas e ensaios. Sua produção literária é intensa entre as décadas de 1730 e 1750, compreendendo de textos oficiais a críticas literárias e discursos acadêmicos. Contudo, a obra mais marcante pela qual é reconhecido como principal articulador é um tratado diplomático, o Tratado de Madri, de 1750, acordo negociado com a Espanha que define as fronteiras do território brasileiro. Com a morte de d. João V nesse mesmo ano, o diplomata brasileiro perde poder na corte e é afastado. Em 1841, é lançada em Portugal uma compilação de sua obra, a Coleção de Vários Escritos Inéditos, Políticos e Literários, reeditada em 1943 com o título Obras: Cartas, Poesias, Teatro.

Análise

É na diplomacia que Alexandre de Gusmão se destaca. Conhecedor de várias línguas, sua obra vai além da literatura. Escreve sobre diversas áreas do conhecimento, da matemática à filosofia. O conjunto de ensaios de economia, história e política, porém, é o seu legado mais significativo. Entre os muitos documentos oficiais redigidos durante o período em que participa do governo português, destaca-se a elaboração do Tratado de Madri, sua obra mais duradoura e importante. 

Assim como o padre jesuíta Alexandre de Gusmão, o diplomata brasileiro também está ligado ao barroco brasileiro, apesar de já apresentar forte tendência iluminista, conforme destaca o crítico Péricles Eugênio da Silva Ramos (1919-1992), já que “em suas poesias Alexandre tem notas demonstrativas de que o século da aufklarung (iluminismo) abalava os espíritos”. 

Escreve poesias e peças teatrais reunidas em sua obra póstuma. Nela, está o poema A Seus Dois Filhos Persuadindo-lhes o Conhecimento Próprio, dedicado aos seus filhos Viriato e Trajano. Gusmão também é responsável pela tradução de obras teatrais. É dele a primeira tradução para o português da peça Georges Dandin: O Marido Confundido (1668), do dramaturgo francês Moliére (1622-1673). 

O estilo irônico, encontrado em sua correspondência oficial, é destacado pelo escritor português Camilo Castelo Branco (1825-1890), que ainda o compara, em importância, ao escritor e padre português Antônio Vieira (1608-1697).

Espetáculos 2

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Fontes de pesquisa 4

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  • CORTESÃO, Jaime. Alexandre de Gusmão e o Tratado de Madri. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), 2006.
  • HAICKEL, M.P. O livro na rua: Alexandre de Gusmão. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão: Thesaurus, 2007. (Diplomacia ao alcance de todos, 1).
  • Programa do espetáculo - Apocalipse 1,11 - 2000. Não catalogado
  • RAMOS, Péricles Eugênio da Silva. Alexandre de Gusmão. In: Poesia barroca: antologia. 2 ed. São Paulo: Melhoramentos; Brasília: INL, 1977.

Como citar

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