Ordenação

Tipo de Verbete

Filtros

Áreas de Expressão
Artes Visuais
Cinema
Dança
Literatura
Música
Teatro

Período

A Enciclopédia é o projeto mais antigo do Itaú Cultural. Ela nasce como um banco de dados sobre pintura brasileira, em 1987, e vem sendo construída por muitas mãos.

Se você deseja contribuir com sugestões ou tem dúvidas sobre a Enciclopédia, escreva para nós.

Caso tenha alguma dúvida, sugerimos que você dê uma olhada nas nossas Perguntas Frequentes, onde esclarecemos alguns questionamentos sobre nossa plataforma.

Enciclopédia Itaú Cultural
Artes visuais

Melissa Barbery

Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
Última atualização: 06.03.2024
1977 Brasil / Pará / Belém
Melissa Barbery Lima (Belém, Pará, 1977). Artista visual, designer, professora, pesquisadora. Sua produção abarca questões sobre a arte e a tecnologia, fazendo uso de objetos, fotografias, vídeos e instalações para criar possíveis diálogos sobre os modos de vida humano e não humano.

Texto

Abrir módulo

Melissa Barbery Lima (Belém, Pará, 1977). Artista visual, designer, professora, pesquisadora. Sua produção abarca questões sobre a arte e a tecnologia, fazendo uso de objetos, fotografias, vídeos e instalações para criar possíveis diálogos sobre os modos de vida humano e não humano.

Graduada em artes visuais e tecnologia da imagem pela Universidade da Amazônia (Unama) em 2007. Em  2012, obtém o título de mestre em artes pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e em 2017 dá início ao doutorado em artes na mesma instituição. Desde o início de sua carreira, amplifica a reflexão acerca do conceito de natureza, propondo experimentações no campo da arte com o intuito de evidenciar as riquezas amazônicas e das florestas.

A instalação Low-tech garden (2007), composta por pequenos objetos luminosos encontrados no comércio informal, surge do interesse da artista pelo espaço popular, onde há um grande fluxo de venda e pessoas. A convivência visceral com o comércio desperta a necessidade de relacionar a paisagem natural com o tecnológico, instaurando uma denúncia aos processos de modificação na cidade e de consumo e descarte da natureza. Suas intervenções urbanas são cenário de um desfile no São Paulo Fashion Week, em 2008, e estão presentes em acervos como o do Museu de Arte do Rio (MAR), no Rio de Janeiro.

O apagamento e a precariedade do objeto tecnológico criam uma relação com a natureza no que se refere ao ciclo de nascimento e morte. Em seus trabalhos, Barbery desenvolve discussões acerca do ciclo da vida, delineados por suas demandas pessoais. O vídeo Ahora (2007), premiado no 2º Salão Arte Pará, aborda questões da natureza no espaço expositivo. O gesto de retirar as folhas do galho faz alusão à perda da memória, referindo-se à passagem do tempo na natureza e propondo uma metáfora da baixa tecnologia, que reforça o sentido de efemeridade, conceito fundamental em sua produção.

Nesse percurso, a artista paraense busca novas possibilidades de interferir no espaço onde a imagem é instalada, sugerindo formulações simbólicas que se expandem para além do plano bidimensional. O vídeo Vermelho (2006), obra do acervo do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, em Belém, é um registro único de uma formiga – um elemento vivo – que está solta em um microcosmo em que não há limites para o seu movimento. O próprio inseto executa a ação da artista, criando uma pintura a partir de tinta vermelha colocada no piso. Este estudo de observação afirma o interesse no registro do momento, composto pelo acaso e pelo instinto de sobrevivência.

Sua produção, emblemática da linguagem da videoarte paraense, é essencial para o estudo da arte contemporânea em interfaces digitais na Amazônia, afirmando a poética, o conceito e a comunicação mediados pelo aparato tecnológico na arte atual.

Exposições 19

Abrir módulo

Fontes de pesquisa 2

Abrir módulo

Como citar

Abrir módulo

Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: