Janaína Fontes Leite (São Paulo, São Paulo, 1981). Atriz, diretora, dramaturga. Sua pesquisa teatral é focada no documental e autobiográfico no teatro que não estão focadas apenas na narrativa sobre si, mas no trabalho de articular a medição com o público e os instrumentos cênicos para criar ambientes ligados ao real e não à histórias imaginadas.

Tal perspectiva teatral é tema de sua dissertação de mestrado, intitulada A autoescritura performativa: do diário à cena - As teorias do autobiográfico como suporte para a reflexão sobre a cena contemporânea, defendida em 2014 na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), instituição pela qual também realiza seu doutorado, defendido em 2021, que parte para outro foco investigativo e performático de Janaína, a pornografia. Seu mestrado é publicado no livro Autoescrituras Performativas: do Diário à Cena, no ano seguinte.

Para além de sua tese de doutoramento, intitulada Ensaios Sobre o Feminino e a Abjeção na Ob-scena Contemporânea, na quela articula-se o tema com o debate sobre o feminino e seus papeis na história, a atriz também encena espetáculos nesta mesma temática como Stabat Mater (2019), sua peça de estreia no tema e que foca na relação posta como conflitante entre maternidade e sexualidade e Camming 101 noites (2021), na qual interpreta uma mulher que oferece conteúdo em sites de pornografia ao vivo.

É uma das fundadoras do Grupo XIX de Teatro, companhia paulista que surge no centro de Artes Cênicas da ECA-USP e tem como foco, espetáculos que narram dramas sociais e políticos tendo como pano de fundo a própria cidade e suas construções abandonadas.

Janaína Leite pesquisa e leva à cena trabalhos que borram as fronteiras entre a arte e a vida real, através de performances que tem como temas principais o feminino, a sexualidade e a pornografia.